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10 bandas que precisam lançar um novo álbum de estúdio

Convenhamos, o ano de 2019 foi um daqueles que nos permitiu sonhar. Afinal, quantos ótimos nomes apareceram com novos álbuns, quantas boas músicas descobrimos, e quantos nomes lendários do heavy rock resolveram reaparecer com novos trabalhos de inéditas nas prateleiras (e plataformas de streaming) após tantos anos sem apresentar novo material? Apenas para ilustrar a situação, vamos relembrar algumas ótimas surpresas de 2019: TOOL – Fear Inoculum (13 anos após 10,000 Days), RAMMSTEIN – Rammstein (10 anos depois de Liebe Ist Für Alle Da), SACRED REICH – Awakening (23 anos depois de Heal), EXHORDER – Mourn The Southern Skyes (27 anos depois de The Law), ACID REIGN – The Age Of Entitlement (29 anos depois de Obnoxious), XENTRIX – Bury The Pain (23 anos após Scourge) e claro, POSSESSED, que finalmente lançou Revelations Of Oblivion, nada menos do que 33 anos depois de seu último álbum completo de estúdio, Beyond The Gates. E, como disse antes, isso só para começar, pois a lista ainda é muito mais variada e extensa. Com tudo isso, sim, podemos sonhar. Podemos imaginar que, mesmo com uma formação diferente, algumas das nossas bandas favoritas poderiam juntar seus nomes a lista dos ‘novamente efetivos em estúdio’ em 2020. Não custa torcer, certo? Então, vamos lá, eis aqui 10 bandas que adoraríamos ouvir um novo álbum completo de estúdio:

10 – CEPHALIC CARNAGE

Surgidos em meados dos anos 90 nos EUA, no auge do brutal death metal, eles marcaram seu nome primeiro como uma banda associada ao grindcore, e que rapidamente evoluiu para as trincheiras do technical death metal. A discografia é sólida, além de vários splits, EP’s e demos, eles contam com seis álbuns completos de estúdio. O primeiro, Conforming to Abnormality foi lançado em 1998, e o mais recente, Misled by Certainty, lançado em 2010. Ou seja, lá se vão dez anos desde que ouvimos o último registro do Cephalic Carnage. Enquanto esperamos por algo que nem sabemos se um dia acontecerá (vale lembrar que a banda nunca anunciou a dissolução), que tal mergulharmos em um de seus álbuns mais louvados, o célebre Anomalies, de 2005?

9 – CATHEDRAL

Certo, aqui temos um daqueles casos que julgamos um tanto mais complicados. Afinal, você vai lembrar que em 2013 o Cathedral lançou o álbum The Last Spire, e, levando o título da obra extremamente à sério, a banda se dissolveu logo em seguida. E nem vale querer citar o split Happy Fucking Birthday de 2018, pois ali, além de termos apenas uma única música, continuamos com uma banda inativa, e com seus membros mais proeminentes envolvidos em outros projetos que aos poucos vão revelando bons frutos (você já ouviu o álbum Rotting Civilisation, do SEPTIC TANK, banda reativada pelo vocalista Lee Dorian e o guitarrista Jaz Gannings após uma eternidade? Vale muito a pena). O caso é complexo, mas torcer pelo retorno (ao menos discográfico) de um dos maiores nomes da história do doom metal é quase que uma obrigação. E se esse retorno for nos moldes lentos e malditos de Forest Of Equilibrium (1991), ou com a levada mais psicodélica de The Carnival Bizarre (1995), pouco importa. Você sabe, esses caras não costumavam errar.

8 – DEFIANCE

Muitas coisas são importantes no mundo do metal, mas o que determina se uma banda terá ou não todo o sucesso que merece, isso é quase impossível determinar. E determinar o motivo disso acontecer ou não, é tão difícil quanto. No caso dos thrashers californianos do Defiance, é muito provável que um dos motivos para eles não terem atingido os postos mais altos do estilo foi o momento em que apareceram para o mundo. Depois de uma década de 1980 propícia para o cenário, a entrada nos anos 1990 foi bastante complicada, e o thrash metal já não era mais a ‘menina dos olhos’ das grandes gravadoras. Só isso para explicar a razão de uma trilogia tão forte quanto Product Of Society (1989), Void Terra Firma (1990) e Beyond Recognition (1992) não ter alçado esses caras ao posto de lendas do thrash. Após anos de inatividade, eles voltaram a ativa em 2005, e até lançaram um novo álbum, The Prophecy, em 2009, antes de novamente encerrarem atividades. Porém, ano passado eles retomaram a carreira mais uma vez, então, que tal cruzarmos os dedos?

7- DEEDS OF FLESH

Assim como mencionamos anteriormente com o Cephalic Carnage, o Deeds Of Flesh também surgiu durante o auge do brutal death metal. A diferença é que o DoF logo de cara lançou um dos álbuns mais venerados do brutal/technical death metal, o célebre Trading Pieces, de 1996. E eles não pararam no tempo, lançando em pouco mais de dez anos outros sete álbuns de inéditas, entre eles, um dos meus discos favoritos de todos os tempos, o pútrido e maldito Path Of The Weakening, que celebrou dez anos em 2019. Mas, o incrível ritmo demonstrado no início da jornada não foi mantido, e em 2013 eles lançaram aquele que é o seu último álbum, o ótimo Portals To Canaan. Desde então, pouco se sabe sobre a banda californiana. Na verdade, sequer sabemos se eles continuam na ativa. Ou seja, que bela surpresa seria um novo álbum surgindo assim, do nada, sem anúncio…

6 – SADUS

Certo, isso aqui é quase que uma questão pessoal para este que vos escreve. Como pode que uma banda tão fundamental para o estabelecimento e evolução do metal extremo esteja sem lançar um novo álbum desde 2006? Como isso é possível? Tá certo, digamos que o fato do baixista Steve DiGiorgio estar tocando em outras duas mil bandas não ajuda, e talvez o fato de uma dessas duas mil bandas ser o TESTAMENT… Ok, nós entendemos, mas isso não é desculpa. Afinal, quem lançou uma pedrada suja, crua e maldita como Swallowed In Black (1990) certamente pode trazer um pouco mais de thrash para nós, certo? Claro que adoraríamos ouvir um novo A Vision Of Misery (1992), aceitaríamos sem questionamento um novo Elements Of Anger (1997), e, a essa altura, até um Out For Blood (2006) seria encarado como um Reign In Blood (o exagero é intencional, quem sabe assim convencemos eles?!). Estamos com saudades, caras…

5 – GREAT VAST FOREST

Se Santa Catarina se tornou um Estado prolífico para o metal extremo, muito se deve ao fato de bandas pioneiras terem iniciado e pavimentado o caminho durante os anos 90. De uma maneira bastante geral, todos devem aplausos ao lendário Orquídea Negra. Quando olhamos para o metal extremo, os black metallers do Great Vast Forest são um nome essencial. Basta uma ouvida incidental no clássico debut Battletales and Songs of Steel (2002) para entender a grandeza e o diferencial que a banda trazia para o cenário, e um ouvido mais disposto a perceber os detalhes, certamente os colocaria muito rapidamente entre suas bandas favoritas. Em sua longa jornada, eles ainda contam com a coletânea The Years of Cold Winter and Darkness (Tapes Compilation), e seu álbum mais recente, o imperdível From the Dark Times to the Black Metal Legions, lançado em 2017. Certo, não é tanto tempo assim, mas seria o justo e o necessário para todos celebrarmos juntos a jornada desta banda, que comemora seus 25 anos.

4- BOLT THROWER

Com a morte do guitarrista Martin Kearns em 2015, o Bolt Thrower foi oficialmente dissolvido em 2016. Mas lembre-se, eles já não lançavam novo material de estúdio desde Those Once Loyal, de 2005. Durante muitos anos, um novo álbum foi esperado, em certo momento ele chegou até a ser realmente considerado, e então desmentido já que a banda preferia apenas lançar um disco que acreditasse ser superior ao seu último. Uma pena. Além disso tudo, com o vocalista Karl Willetts e o baterista Andrew Whale unidos e muito bem sucedidos no ótimo Memoriam, ficou ainda mais difícil imaginarmos um novo álbum do Bolt Thrower. Porém, quem de nós não adoraria ouvir um pouco mais do baixo pulsante de Jo Bench, e um pouco mais daqueles riffs beligerantes que só Gavin Ward e Barry Thomson conseguem criar? Pode ser difícil acreditar, mas se nos últimos anos assistimos até inimigos confessos se reunirem sob uma mesma bandeira nos palcos (é, você sabe de quem estou falando), o que custa acreditar que nossos velhos heróis de guerra poderão um dia se reunir?

3 – MERCYFUL FATE

Depois de muito tempo separados (a banda foi oficialmente dissolvida em 2011), e já sem o hoje saudoso baixista Timi Hansen (falecido em novembro de 2019), o Mercyful Fate anunciou no ano passado o seu retorno aos palcos, desta vez com o baixo de Joey Vera (Armored Saint, Fates Warning). E é isso. Ao menos até agora esse é o plano, retornar aos palcos. E, considerando que estamos em tempos de Covid-19, nem isso temos como saber ao certo como acontecerá. Enquanto esperamos novidades, vale lembrar que o vocalista King Diamond está chegando com um novo álbum de sua banda solo, e mais uma bela história de terror nos aguarda em cada letra de The Institute, que deverá ser lançado ainda em 2020. O que poderia ser melhor do que um álbum do Mercyful Fate para acompanhar?

2 – DISMEMBER

A história é quase a mesma do Mercyful Fate, mas com alguns importantes detalhes diferentes. Inativo desde 2011, o Dismember anunciou seu retorno aos palcos em janeiro de 2019. Com isso, uma das formações mais ameaçadoras (e fundamentais) do death metal sueco estava novamente reunida: Richard Cabeza (baixo), Robert Sennebäck e David Blomqvist (guitarras), Fred Estby (bateria) e Matti Kärki (vocal), time responsável por clássicos como Like An Everflowing Stream (1991), Indecent And Obscene (1993) e Massive Killing Capacity (1995). Mais legal ainda do que isso, a apresentação do Dismember no Scandinavia DeathFest foi registrada para lançamento, o que nos faz pensar que ao menos um novo material ao vivo de um dos pioneiros do death metal escandinavo será lançado ainda em breve. Considerando o talento do time, a vontade de lançar algo novo, e o fato do álbum mais recente (Dismember, 2008) ter sido lançado há 12 anos, quem ainda duvida que um novo trabalho de estúdio pode estar vindo por aí?

1 – MUTILATOR

Se a ‘cereja no bolo’ de 2019 foi o novo álbum do Possessed, a única chance de 2020 não ficar acanhado no cantinho da vergonha é a possibilidade do lendário Mutilator lançar um novo álbum de estúdio. É isso, sem meias palavras e sem enrolação. Depois que a banda mineira anunciou sua nova reunião em 2018, e apareceu com a incrível versão para Nuclear Holocaust (que apareceu originalmente na lendária coletânea Warfare Noise I, de 1986), tive a chance de tietar, ou melhor, de entrevistar os caras, e mais do que rápido fui logo perguntando se existia a possibilidade de um novo álbum. E, se você quer saber, eles não negaram. Na verdade, eles pareciam até muito dispostos, então, hoje estou aqui para cobrar, ‘pague o aluguel, Sr. Madruga’. Immortal Force (1987) e Into The Strange (1988) jamais sairão dos nossos ouvidos, e restarão eternamente como exemplos da perfeição no thrash metal. E eles merecem muito uma continuação. Vamos lá, Mutilator!

E você, que outras bandas gostaria de ver nesta lista? Vamos lá, monte sua lista e compartilhe conosco, estamos curiosos? Mas, lembre-se, não vale colocar bandas que já anunciaram detalhes de um novo álbum.

 

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