KERRY KING: “Diabolus in Musica é um dos meus discos de que menos gosto!”; guitarrista explica o motivo

Lançado em 1998, Diabolus in Musica segue como um dos discos mais controversos da discografia do Slayer. Com forte presença de afinações mais baixas e elementos que flertam com o então ascendente new metal, o álbum dividiu opiniões à época e ainda hoje é motivo de debate entre fãs — muitos dos quais torcem o nariz para essa fase da banda. Na edição #285 da revista ROADIE CREW, o guitarrista Kerry King voltou a comentar sobre o trabalho e não mediu palavras ao revelar que Diabolus in Musica está entre seus álbuns menos apreciados dentro do catálogo do grupo.

“Historicamente, eu queria ter prestado mais atenção nos anos 1990, porque nós meio que ficamos na maré baixa durante aquele período. Não tínhamos nada importante a dizer, e você sabe que os anos 1990 foram estranhos, né?” (risos), disse o guitarrista ao repórter Daniel Dutra ao ser perguntado se há algo que ele gostaria de ter feito de forma diferente na carreira, mas não necessariamente um arrependimento. 

Apesar de ter contribuído em várias letras, Kerry King só compôs a faixa “In the Name of God” para o álbum “Diabolus in Musica”; todas as outras são de autoria de Jeff Hanneman

A resposta de Kerry King automaticamente aponta para o controverso Diabolus in Musica, o qual ele admitiu não ter nenhum apreço:

(rindo) Cara, esse é um dos meus discos de que menos gosto! De qualquer maneira, eu não conseguia entender por que as pessoas estavam gostando daquela música, por que elas estavam curtindo tanto aquele lance de new metal, então você pode ver que, pela primeira vez na minha carreira, minha contribuição para um disco do Slayer foi praticamente inexistente. Eu não conseguia entender por que aquele tipo de música ficou tão popular, e isso me deprimia. Além disso, havia pessoas nos pressionando para seguir nessa direção, e eu não queria mesmo seguir naquela direção. Definitivamente há alguma influência de new metal naquele disco, só que em nada do que eu fiz. Jeff (Hanneman, saudoso guitarrista) tentou se envolver, e seis meses depois eu já estava farto daquilo, perguntei a mim mesmo o que diabos eu estava fazendo, por que não havia prestado atenção no que estava acontecendo. Uma das músicas que compus, Scrum, é thrash metal, então eu disse: Foda-se! Vou fazer o que minha música historicamente sempre foi’, então God Hate Us All (2001) foi a reintrodução ao que o Slayer sempre deveria ser e absolutamente tem sido desde então”.

King concordou quando falado que Diabolus in Musica soa moderno demais para os padrões do Slayer:

“E isso me incomoda até hoje, cara! Nós não sabíamos o que fazer no fim dos anos 1990, e realmente há uma influência de new metal naquele disco. Estávamos tentando encontrar nosso caminho naquele período, então eu disse: ‘Não! Nós temos que fazer o que sempre fizemos e seguir em frente’, e foi exatamente isso que fizemos com God Hate Us All.”

 

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Foto: Andre Santos (Roadie Crew)

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