Por Fernando Queiroz
Com a volta do Twilight Aura, em 2020, e o recente lançamento do segundo álbum com a atual formação — que conta com Daísa Munhoz nos vocais —, o guitarrista André Bastos, conhecido por ser, segundo ele mesmo, o “primeiro ex-integrante do Angra” refletiu sobre a decisão, na época, de deixar a banda que veio a se tornar uma das mais importantes do metal nacional. Em entrevista à ROADIE CREW, o músico diz não se arrepender da decisão, e que ele “não tinha o que o Angra precisava naquele momento”.
“Como sempre digo, eu sou o primeiro ex-membro do Angra! Tem outros, eu sou o primeiro. Mas eu também sou o primeiro fã do Angra. Porque antes de eu entrar na banda, antes do Rafael (Bittencourt) me chamar, eu já era fã de cada um daqueles caras nas suas bandas. Eu viajava para ver o Luís (Mariutti) tocar com o Firebox, eu via o Rafael e o Marco (Antunes, primeiro baterista do Angra) tocarem juntos em uma banda chamada Kentucky, e eu não perdia um show! Eu adorava aquilo. E o Andre (Matos), sem comentários. Embora ele fosse só sete meses mais velho que eu, era meu ídolo. Eu entrei na Faculdade Santa Marcelina de música porque ele estudava lá. E eu não tenho nenhuma vergonha de dizer isso. Sabe aquela coisa de ‘nunca conheça seus heróis’? Para mim, não! Foi ali que vi mais ainda o que aqueles caras podiam fazer. E quem entrou no meu lugar na época foi o André Hernandez, o ‘Zaza’, e eu curtia tanto o cara, que eu fui fazer aula com ele, e depois de um tempo mandei todos os meus alunos para fazerem aula com ele também. Então nunca me passou nenhum tipo de arrependimento de ter saído, porque eu sabia que eu não tinha o que o Angra precisava naquele momento. O que o Angra precisava foi o que eles tiveram com o Zaza, e depois com o Kiko. Então para mim é um orgulho, tanto que até hoje eu e o Rafael somos muito amigos, muito próximos! Inclusive, tenho tudo deles, comprei todos os CDs, singles. Sou muito fã até hoje!”
André Bastos foi o primeiro guitarrista do Angra, antes mesmo de gravarem sua primeira demo, Reaching Horizons, em 1991. Bastos foi substituído por André Hernandez — também posteriormente guitarrista da banda solo de Andre Matos —, para enfim a chegada de Kiko Loureiro, que se firmou como um dos membros da chamada “formação clássica” da banda brasileira. Após sua saída, ele formou o Twilight Aura, que ficou em atividade de 1992 a 1997, voltando em 2020, reformulado e já com dois discos lançados, sendo o último, intitulado Believe, em junho de 2025.
A entrevista completa, onde André fala sobre o novo álbum, a formação atual da banda, sua carreira e a participação póstuma de Andre Matos, ao lado de seu irmão Daniel, você pode conferir em breve na revista ROADIE CREW, em formato impresso e digital.
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