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AC/DC – POWER UP [10/10]

“O álbum é basicamente uma homenagem a Malcom, meu irmão. É um tributo a ele assim como Back in Black foi um tributo a Bon Scott”, disse Angus Young à Rolling Stone. Não é o caso de comparar um disco a outro, uma vez que somente o tempo é capaz de dar status de clássico a um trabalho, mas a verdade é que Power UP – ou PWRUP ou PWR/UP ou PWRϟUP, como queira – é AC/DC clássico. E se isso pode fazer com que alguns torçam o nariz com a máxima de que é “mais do mesmo”, por outro é exatamente o que os fãs querem. E o que banda faz melhor.

Mas não bastava, obviamente, que o quinteto se mantivesse fiel às próprias raízes. Ao longo dos seus 47 anos de história, o AC/DC nunca lançou um disco ruim, mas tem alguns que não acompanham a sua grandeza. Não é o caso de Power UP, porque o 17º álbum de estúdio do grupo é a maior bênção que o rock’n’roll poderia nos dar neste pavoroso 2020. E se tem algo que o AC/DC, a trilha sonora da felicidade, sabe fazer muito bem é colocar um sorriso no rosto do fã. E fazer isso depois dos acontecimentos que começaram em 2014 e terminaram em 2017 é ainda mais louvável.

Malcom Young foi diagnosticado com demência, e o sobrinho Stevie Young novamente ocupou seu posto; Phil Rudd teve problemas com a Justiça, e o velho conhecido Chris Slade foi chamado de volta; Rock or Bust (2014) foi lançado, e Brian Johnson, com perda de audição, foi substituído por Axl Rose durante a turnê; Cliff Williams confirmou sua aposentaria ao fim do último show; e Malcom, a melhor mão direita do rock em todos os tempos, nos deixou no fim de 2017. Mas Angus superou tudo isso, reuniu a turma e fez mesmo uma homenagem à altura do irmão.

Power Up é um dos melhores discos de 2020, mesmo, e um dos trabalhos mais inspirados do AC/DC com Brian Johnson (vocal), Cliff Williams (baixo) e Phil Rudd (bateria) na formação. Tudo sob a batuta de Angus e a bênção de Malcom. E Há 12 razões para você acreditar nisso e agradecer aos deuses do rock por esse presente chamado AC/DC. A saber:

1. Realize (3’37”)
Um arrasa-quarteirão como cartão de visita, com aquele bumbo-caixa-bumbo-caixa maravilhoso que só o AC/DC sabe fazer. Os riffs nervosos mostram por que Angus revirou o baú para trabalhar em várias ideias deixadas por Malcom, coautor de todas as músicas. Parece não ter sido à toa que letra tenha um “I’m gonna take you to paradise” no início e termine com “I’m gonna make you fly”. É para cantar com vontade e se esgoelar no refrão.

2. Rejection (4’06”)
Uma bem-vinda dose de groove para você mexer os pés involuntariamente. Novos riffs sensacionais, e uma ponte para o refrão simplesmente maravilhosa! Mete um sorrisão no rosto e o deixa com vontade de sair cantando.

3. Shot in the Dark (3’06”)
Alguém aí falou em mais do mesmo que o fã adora? O primeiro single é rock’n’roll alto astral, com direito a slide no solo e um baita refrão grudento. É para a massa pular no show.

4. Through the Mists of Time (3’32”)
Mais radiofônica e com um clima meio Who Made Who, a faixa-título do álbum lançado em 1986 e que foi trilha sonora do filme “Comboio do Terror”, do escritor Stephen King. Há um belíssimo refrão, e as duas guitarras trabalham riffs que você pode cantar, porque soam como melodias.

5. Kick You When You’re Down (3’10”)
Que música absurdamente maravilhosa! Para cantar, bater o pé, acompanhar o ritmo com a cabeça e cantar o refrão até perder a voz. E o riff principal é não menos que sensacional, diga-se.

6. Witch’s Spell (3’42”)
Sabe aquela levada reta típica do AC/DC, tão bem conduzida por Rudd? Está aqui. Contagiante, até mesmo suingada, e dando segurança a um trabalho de guitarras cheio de nuances. Aliás, é interessante ouvir o CD com fones de ouvido, para ouvir Angus em um canal e Malcom no outro. Além disso, conta com mais um dos solos rock’n’roll de Angus e outro refrão bom demais de cantar.

7. Demon Fire (3’30”)
O início remete a Whole Lotta Rosie, e é preciso ser muito de mal com a vida para ouvir e reclamar. E quem não ficar com vontade de sair pulando, ou não conseguir controlar os movimentos dos pés e da cabeça, é porque está mesmo de mal com a vida. E o horroroso 2020 não serve de desculpa. Que groove! Que refrão! E mais um trabalho de guitarra que joga por terra qualquer simplicidade.

8. Wild Reputation (2’54”)
Mais cadenciada e suingada, com mais um refrão bom de cantar e uns coros legais durante o solo, daqueles que colocam um estádio para soltar a voz. E quem gosta de sempre associar o AC/DC a mais do mesmo tem razão aqui: novamente, as guitarras de Angus e Stevie fazem ao mesmo tempo trabalhos distintos que são maneiríssimos.

9. No Man’s Land (3’39”)
O som lindão de bateria, com aquele bumbo na medida, ressalta a produção impecável de Brendan O’Brien e a engenharia de som de Mike Fraser, dupla que trabalhou com o AC/DC também em Black Ice (2008) e Rock or Bust. Acento mais blues nas guitarras, outro baita refrão, incluindo os backings (muito bons em todo o disco, diga-se), e uma melodia vocal acentuada pela interpretação única de Brian Johnson.

10. Systems Down (3’12”)
Um dos melhores riffs do disco, sendo que o baixo de Cliff Williams é igualmente protagonista aqui. Música empolgante para os pés e para a cabeça, e refrão matador!

11. Money Shot (3’05”)
Está de mau humor? Meu amigo, o riff de Money Shot transborda alto astral. Fica a dica. Mas você ainda encontra uma levada cativante e, principalmente, uma melodia vocal depois do último refrão que é simplesmente espetacular.

12. Code Red (3’31”)
Para encerrar o disco, um híbrido de Emission Control, de Rock or Bust, e a faixa-título de Black Ice, com novos riffs sensacionais e uma das melhores melodias vocais do disco. A interpretação empolgante de Johnson ainda torna o refrão mais delicioso. Ouça sem moderação.

AC/DC
AC/DC 2020: Cliff Williams, Phil Rudd, Angus Young, Brian Johnson e Stevie Young (Foto: Josh Cheuse/Divulgação)


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