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ACCEPT & GRAVE DIGGER – Curitiba (PR)

Por Marcelo Gomes
Fotos: Isabela Lopes

Com a realização do Summer Breeze em São Paulo, algumas cidades puderam receber algumas atrações do festival. Uma delas foi Curitiba (PR), que abrigou a Summer Tours com uma verdadeira invasão teutônica, representada pelos alemães do Accept e Grave Digger. O show aconteceu no dia 27 de abril no Tork N Roll e teve um excelente público.

O show anunciado inicialmente para 19h e depois para 20h30, acabou tendo seu inicio às 20h, o que pegou muita gente de surpresa. Aliás, muitos estavam chegando quando a introdução do Grave Digger começou. A mascote da banda, Reaper, subiu ao palco para saudar o público e logo deu espaço para Chris Boltendahl (vocal), Axel Ritt (guitarra), Jens Becker (baixo) e Marcus Kniep (bateria) fazerem o que sabem de melhor. Abrem com paulada, “Lawbreaker” e já ganham uma boa resposta do público logo de cara.


“É muito bom estar na bela cidade de Curitiba, curtam o verdadeiro metal alemão”, diz o vocalista Chris. E ele não estava brincando, do álbum mais recente, “Symbol Of Eternity” (2022) tocam “Hell Is My Purgatory”, que comprova que os alemães não perderam sua essência. Ao final, ganham um recepção calorosa com os curitibanos cantando o coro de “olê, olê, olê, Digger, Digger”. Seguem com “Ballad of a Hangman” para todo mundo cantar o refrão junto. A poderosa “Dia De Los Muertos” veio a seguir e contou com a presença do Reaper vestido a caráter, mantendo a tradição mexicana com sua roupa de caveira e tocando cowbell.


Mais uma vez ovacionados, os alemães não escondem a satisfação de estarem em Curitiba depois de alguns. “The House” vem acompanhada pelas palmas e é seguida pela “The Dark Of The Sun”. Em “Highland Farewell”, a gaita de fole inicial logo dá espaço a poderosos riffs de guitarra. Aliás, o Axel Ritt vem fazendo um excelente trabalho com banda, pois, além de experiente, é um músico altamente performático e que, aliado ao carisma do vocalista Chris Boltendahl, fazem do show, um espetáculo contagiante e cheio de energia.


A empolgação continua em “Healed By Metal”, na qual o Grave Digger permanece fiel as suas origens fazendo um som poderoso e sem frescuras. O público responde à altura. Na mesma pegada, tocam a fenomenal “Excalibur”. De pé, o baterista Marcus Kniep começa uma marcha seguido por um improviso de Axel até que o  vocalista começa a proferir os versos de “Rebellion (The Clans Are Marching)”, que é cantado por todos de imediato. A euforia dos fãs atingiu seu auge com o épico refrão que foi entoado pelos devotos de forma contagiante. No meio da música,  Reaper volta ao palco com sua gaita de fole para executar seu solo e fazer uma dança tradicional. Que momento épico! O show vai chegando ao fim com um clássico da banda, “Heavy Metal Breakdown”, uma verdadeira explosão sonora fazendo todos baterem cabeça, fechando com chave de ouro essa celebração ao metal.


A atração principal da noite, Accept, levou 1 hora para subir ao palco. Mesmo com tudo pronto, o show demorou para começar porque o guitarrista Philip Shouse não estava se sentindo bem. Durante a turnê latino-americana, o baterista Christopher Willians e Philip tiveram intoxicação alimentar, o que refletiu na indisposição no dia. A banda liderada por Wolf Hoffmann decidiu começar sem o companheiro. Já era 22h quando Wolf subiu ao palco acompanhado por Mark Tornillo (vocal), Uwe Lulis (guitarra), Martin Motnik (baixo) e Chistopher Willians (bateria) para dar início ao show.

Fazendo parte da turnê Too Mean To Die, os alemães começaram mandando dois sons do novo álbum. Foram “Zombie Apocalypse” e “Symphony of Pain”, na segunda, o guitarrista Philip Shouse surgiu no meio da música e conseguiu seguir até o fim do show. O novo trabalho foi muito bem recebido e logo tocam dois clássicos, “Restless and Wild” e “London Leatherboys”. Do debut de Mark Tornillo na banda, “Blood Of The Nations” (2010), escolhem a sombria “The Abyss”. O vocal de Mark continua forte e a performance excelente; só nos resta dizer que sua escolha há mais de uma década foi acertada. O show segue sem pausas com “Objection Overruled” e “Overnight Sensation”, essa última mais uma ótima faixa de “Too Mean To Die”. Mesmo com as mudanças de formação, o Accept consegue manter sua essência.


Com tantos discos na carreira, fica difícil escolher um setlist que agrada a todos. A solução foi fazer um medley muito legal com “Demon’s Night” / “Starlight” / “Losers and Winners” / “Flash Rockin’ Man”. E funcionou muito bem  ao vivo. Não para por aí, já que a banda tem um vasto material e não tem medo explorá-lo. Assim, faz uma sequência matadora com “Breaker”, “Undertaker” e “Shadow Soldiers”. Não importa a fase, tudo tem o DNA que consagrou a banda. Não precisou muito, já nas primeiras notas de “Princess of The Dawn” os fãs já estavam cantando e assim se seguiu por toda música. Claro que a teve aquele parada para que todos cantassem o solo, teve roda e tudo que precisa para uma noite épica de metal.


A clássica introdução com música folclórica alemã entregava o que estava por vir, “Fast As A Shark” teve seu início com o clássico grito interpretado de forma visceral por Mark Tornillo seguido pela poderosa bateria, toda a fúria das guitarras e baixo. Com tamanha empolgação, os ânimos na plateia infelizmente se exaltaram. Um princípio de briga na pista vip. O resultado foi uma pessoa caída tendo que ser carregada e atendida. Enfim, cenas lamentáveis que só servem para manchar a imagem da música pesada.

O show tem que continuar e sem pausa para respirar, mais um clássico, dessa vez “Metal Heart” cantada por todos, até o famoso solo, o publico não deixou passar batido. Mas não parou por aí, pois ainda teve tempo para “Teutonic Terror” e “Pandemic”, duas de “Blood of the Nations” (2010), que agitaram muito e já são consideradas clássicos da fase Tornillo.


Após uma breve pausa, os incansáveis guerreiros do Accept se mostraram satisfeitos com a calorosa recepção dos fãs e deram inicio ao famoso “bis”.  Mas antes, Mark provoca o público dizendo que teriam que superar a Argentina. A casa em pesso começou a gritar o nome da banda e a pedir por mais um som.  A primeira foi “Hung, Drawn and Quartered” de “Stalingrad” (2012). Então, Wolf vai ao centro do palco e para delírio de todos, inicia o riff de “Balls to the Wall”. A histeria toma conta da casa, afinal é um clássico absoluto do Accept. Encerram com “I’m a Rebel” e os fãs ainda tiveram gás para abrir a última roda da noite, fazendo a festa. Com quase duas horas de show, os alemães se despediram dos devotos fãs curitibanos. A sensação é que não foi um show mas sim uma aula de metal. A banda estava super entrosada e entregaram o mais puro e tradicional metal alemão que lavou a alma dos fãs curitibanos.

Grave Gigger – setlist:
01) Lawbreaker
02) Hell Is My Purgatory
03) Ballad Of A Hangman
04) Dia De Los Muertos
05) The House
06) The Dark Of The Sun
07) Highland Farewell
08) Healed By Metal
09) Excalibur
10) Rebellion (The Clans Are Marching)
11) Heavy Metal Breakdown

Accept – setlist:
01) Zombie Apocalypse
02) Symphony of Pain
03) Restless and Wild
04) London Leatherboys
05) The Abyss
06) Objection Overruled
07) Overnight Sensation
08) Demon’s Night / Starlight / Losers and Winners / Flash Rockin’ Man
09) Breaker
10) The Undertaker
11) Shadow Soldiers
12) Princess of the Dawn
13) Fast as a Shark
14) Metal Heart
15) Teutonic Terror
16) Pandemic
17) Hung, Drawn and Quartered
18) Balls to the Wall
19) I’m A Rebel

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