Enquanto aguarda o lançamento do novo álbum do Accept, Too Mean to Die, que acontecerá no dia 15 de janeiro, via Nuclear Blast, o guitarrista Wolf Hoffmann concedeu entrevista à Alison Booth, da Metal Shock Finland e da TotalRock Radio. O ponto alto da conversa foi quando Hoffmann comentou a saída de Peter Baltes da banda, ocorrida em novembro de 2018.
“Sobre Peter, é simplesmente triste. Isso me matou na época, mas meio que agora superei, porque depois de todos esses 40 anos (de banda), foi uma partida triste”, lamentou. “Mas tenho que respeitar isso. As pessoas seguem em frente, e ele tomou a decisão de que não quer mais estar na banda, e o que eu posso fazer? Apenas seguir em frente e continuar”.
Too Mean to Die será o primeiro álbum do Accept sem Baltes. Em seu lugar entrou Martin Motnik. Hoffmann analisou o atual baixista e a adição de um terceiro guitarrista, Philip Shouse, que entrou no lugar de Uwe Lulis durante a turnê “Symphonic Terror” e acabou sendo oficializado. “Sim, é uma loucura – perdemos um cara, porém ganhamos dois novos”, disse.
“Eu não diria que Martin seguiu seus passos (de Peter Baltes) – isso seria ridículo, porque, ei, toquei com Peter por 40 anos -, mas tenho que dizer que Martin está realmente dando o seu melhor e está fazendo um tremendo trabalho preenchendo (a vaga de Baltes)”, continuou. “Ele é ótimo. E ele até contribuiu muito para a composição, o que me pegou completamente de surpresa. Ele compôs algumas ótimas músicas para este álbum, e isso foi uma benção, foi incrível. Eu realmente não queria que o álbum fosse só meu, meu, meu… Eu não queria que fosse como um álbum solo, então, recebi bem a opinião de todos. E Martin foi o cara que deu um passo à frente e realmente entregou algumas coisas legais”, revelou.
Sobre o novo guitarrista, Wolf disse: “Nós descobrimos que grande músico e cara legal, fácil de lidar e perfeito para se encaixar na banda Phil é. Quando excursionamos com ele nessa turnê de orquestra, “Symphonic Terror Tour”, descobrimos que cara legal ele é, e nós basicamente não queríamos deixá-lo ir embora depois dessa tour – simples assim. E decidimos, ‘por que não termos três guitarristas?’. Fizemos alguns shows juntos e funcionou de forma brilhante. Devo dizer que não tinha cem por cento de certeza de que seria tão bom quanto está sendo, como parece e como funciona bem no palco. Há uma boa camaradagem na banda. E, sim, é apenas mais um cara. Ele toca vários solos no álbum também, então deliberadamente abrimos espaço suficiente para ele estar no álbum, e especialmente com isso em mente para shows ao vivo, demos a ele bastante espaço para fazer solos e trocar licks, e nós fazemos um monte de solos gêmeos juntos. Portanto, há muito espaço para Phil neste álbum”.
Ainda sobre o que Hoffmann sentiu quando Baltes deixou o Accept, em 2019 o guitarrista havia dito ao canal Pomelo Rocker que “ainda não entendeu o motivo da saída do baixista”. “Infelizmente, quando alguém deixa a banda, eles meio que somem, desaparecem… É muito triste. Eu não queria que fosse desse jeito, já que fomos amigos por tanto tempo. Mas a verdade é que eu não tenho notícias dele. Mesmo assim, tentei contato, mas parece que ele quer desaparecer ou sumir do mundo da música”, revelou.
“É triste, e eu meio que não entendi o que aconteceu. Mas as coisas são como são, e nós seguimos em frente”, concluiu.
O mencionado novo álbum do Accept foi gravado em Nashville, Tennessee. Para a produção, novamente a banda contou com o talento do britânico Andy Sneap (Judas Priest, Megadeth), parceria que dura desde 2010.
Além de Hoffmann, Shouse, Lulis e Motnik, a atual formação do Accept é completada por Mark Tornillo (vocal) e Christopher Williams (bateria). Saiba mais sobre Too Mean to Die aqui.
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