Na noite da última quinta-feira, 09, os integrantes da banda de death/thrash/groove metal Alekto, Will (vocal), Woesley Johann (guitarra), Cauê de Marinis (baixo) e Jhoka Ribeiro (bateria), receberam a imprensa no Presley Pub, bar localizado no tradicional e movimentado bairro da Vila Madalena, em São Paulo, para coletiva e ‘listening session’ de seu álbum de estreia, “The Unpleasant Reality”, que está sendo lançado em formato digital, CD e vinil, via Atração Fonográfica. O evento aconteceu através da ação da The Ultimate Music e foi transmitido ao vivo na página oficial da banda no Facebook.
Bem humorados e felizes com o resultado do álbum, os músicos deram início falando sobre o começo da banda, que foi formada em meados de 2015, de maneira descompromissada. Eles afirmaram que isso aconteceu independentemente da paralisação do Krow, banda de death metal de Jhoka, Woesley e Cauê, que vinha em processo de ascensão nacional e internacional, e que deu uma pausa nas atividades depois que o vocalista/guitarrista Guilherme Miranda ingressou no lendário grupo sueco Entombed D.C.: “Não foi um caso pensado, do tipo, ‘vamos fazer um projeto depois do Krow’, porque quando o Alekto começou, o Krow ainda estava rolando”, explicou Cauê. “Foi algo muito natural, que eu e o Will queríamos fazer, com uma sonoridade que a gente curtia. Tem bastante mistura de Death e Thrash Metal, porque foi bem livre e natural o processo. Não nos prendemos a nada e nem quisemos fazer algo diferente do Krow. Foi uma coisa paralela e bem independente do Krow”, complementou o baixista.
Durante a coletiva, o quarteto deu seu ponto de vista a respeito de assuntos referentes à política no heavy metal, a existência das mais diversas plataformas para as bandas divulgarem sua música atualmente, o heavy metal em algumas regiões do Brasil e mais coisas relacionadas ao Alekto, como o próprio nome do grupo: “Alekto é uma das erínias (N.R.: personificações da vingança), que na mitologia grega é responsável por castigar os mortais por delitos morais como soberba, ira e etc. A linha geral do álbum foi feita com base na realidade que a gente vive hoje em dia e eu tentei abordar muitos aspectos que existem na humanidade, como exploração de recursos naturais, por exemplo, o caso de Mariana (MG), escravidão moderna, sendo que hoje existem 28 milhões de pessoas escravizadas, e até assuntos comportamentais como hipocrisia, traição e outros mais. Eu quis mostrar no álbum que isso é uma realidade desagradável, mas que existe e é uma hipocrisia querer esconder isso”, disse Will. “Nas letras eu falo da verdadeira guerra que acontece que é entre duas pessoas conversando e não… O campo de batalha e as pessoas se matando é uma consequência disso e o que a gente vê é um reflexo dessa realidade. O nome da banda, sugerido pelo Jhoka ao ler as letras e entender o que eu estava querendo dizer, é como se fosse um castigo a nós humanos pelos delitos que cometemos, e tem conexão, inclusive, com o nome desse nosso primeiro álbum”, finalizou o vocalista.
Agora o Alekto começa as preparações para o início de sua turnê nacional e também para embarcar em novembro para a Europa, quando fará shows pelo velho continente.
Confira a edição #218 (março) da ROADIE CREW, que traz entrevista completa com o grupo.