O mestre do shock rock Alice Cooper, de 72 anos, disse em entrevista ao Arizona Republic estar ansioso devido ao tempo de inatividade, depois que sua turnê pela América do Norte foi adiada por conta da pandemia do COVID-19.
“Para mim e (minha esposa) Sheryl, dois meses de folga são ótimos”, disse o cantor. “Estamos em casa, e os campos de golfe estão abertos, o que é ótimo para mim. Você tem aqui a Netflix e o Hulu. Não tivemos nenhum problema em conseguir comida ou algo assim”.
Alice afirmou também se sentir “menos vulnerável” em sua casa do que em um hotel diferente a cada dia. “Você não sabe quem esteve por lá, nem no que eles tocaram”, explicou. “Quando eu estava na Europa, passava o dia todo lavando as mãos com Purell (marca de álcool). Toda vez que você tocava em algo, percebia: ‘bem, como você sabe que não está infectado?’.
Em relação ao perigo de contrair o COVID-19, Tia Alice – como também é historicamente conhecido -, comentou: “Não tenho medo dessa coisa… Porém, você precisa considerar todo mundo. Você nunca sabe quais são os problemas de saúde do cara ao lado”.
Quanto ao período de confinamento, Cooper falou à revista Rolling Stone que iria usar o tempo de inatividade após o adiamento de sua turnê para trabalhar em novas músicas: “Enquanto nossos gerentes trabalham para reprogramar os shows adiados, vou terminar o trabalho para o meu próximo álbum, que já está quase pronto”, revelou. “Pelo menos agora eu não estarei nas sessões de gravação vocal nos dias de folga entre os shows. Não gosto de muito tempo livre, como qualquer um que vê minha agenda já sabe, mas um pouco de tempo extra em casa pode equivaler a uma reenergização”.
O último trabalho lançado por Alice Cooper foi o EP Breadcrumbs, que saiu em setembro de 2019, pela earMUSIC. O material é uma homenagem aos heróis do garage rock de sua cidade natal, Detroit. Breadcrumbs traz os covers East Side Story (Bob Seger), Sister Anne (MC5), Your Mama Won’t Like Me (Suzy Quatro) e Devil with a Blue Dress on (Mitch Ryder & The Detroit Wheels), além de uma regravação de Detroit Rock, do álbum The Eyes of Alice Cooper (2003), e uma faixa inédita, chamada Go Man Go, que foi co-escrita com Wayne Kramer.
