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ALICE IN CHAINS

A exemplo de Iron Maiden, Ghost, Slayer e Bon Jovi, o Alice In Chains também fez em São Paulo uma apresentação extra à sua performance no Palco Mundo do Rock In Rio 2013. O Espaço das Américas foi o local sabiamente escolhido para essa apresentação. Muito bem localizado – tanto para quem é da capital como para os que vêm do interior do estado – o Espaço das Américas só acaba sendo uma casa grande demais para alguns artistas, afinal, sua capacidade é de 8 mil pessoas!

Surpreendeu-me o fato de ver a casa tão cheia de velhos e novos fãs do Alice In Chains. Prova de que a banda não vive apenas de um sucesso pretérito. Desde que o grupo se reuniu em 2005 com o novo vocalista William DuVall – em substituição ao falecido Layne Staley – o Alice In Chains continua fazendo shows tão bons quanto fazia na década de 90 durante a explosão do movimento grunge, além de ter lançado dois excelentes álbuns de estúdio, Black Gives Way To Blue (2009) e o mais recente e protagonista dessa turnê, The Devil Put Dinosaurs Here.

Seatle está longe da Grã-Bretanha, mas o compromisso com a pontualidade deve ser o mesmo por lá. Exatamente às 21h30, sem um minuto de atraso (no Rock In Rio também mantiveram a mesma pontualidade), o quinteto subiu ao palco com Them Bones e Dam That River, a dobradinha que abre o álbum de maior sucesso da banda, Dirt de 1992. A pesadíssima Hollow do novo álbum The Devil Put Dinosaurs Here é uma das várias músicas do Alice In Chains que os colocam com sobras dentro do gênero “heavy metal”. Em sua versão ao vivo, quase derrubou a casa!

Check My Brain de Black Gives Way To Blue parece ter se tornado um novo clássico do Alice In Chains. Desde o lançamento do álbum ela tem impreterivelmente estado nos setlists da banda. O mesmo acontece com Again do álbum Alice In Chains de 1995, que sempre tem sido tocada pela banda mesmo não sendo uma das mais populares.

Aliás, o fato do Alice In Chains até então só ter se apresentado em festivais no Brasil, fez com que o setlist dos shows fosse deveras reduzido até então. Dessa vez, com mais tempo de show, todo fã aguardava por uma música em especial. Se Man In The Box cumpriu deveres burocráticos, o mesmo não se pode dizer de It Ain’t Like That e We Die Young – todas do debute Facelift de 1990 -, que foram grandes surpresas. Já Last Of My Kind e Your Decision provam que o Alice In Chains atual pode ser tão bom, ou até melhor, se comparado com sua formação clássica com Layne Staley. Não há argumentos que ofusquem o brilhantismo do falecido vocalista. As harmonizações de voz que Staley e Jerry Cantrell tinham era algo incomum e dificilmente encontraremos tal entrosamento na atual historia do rock, entretanto, o Alice In Chains com DuVall tem uma energia diferente, até mais positiva, digamos, que acaba contrapondo à natural atmosfera sombria das músicas do Alice In Chains, especialmente as mais antigas, repletas de experiências paranóicas do abuso de drogas.
Outras surpresas no set, Sludge Factory e Grind poderiam ter sido substituídas, diriam alguns, por outras faixas como Down In A Hole ou Rain When I Die – sorte dos que puderam ver a performance da banda no Festival SWU em 2011 e assim ter um espectro mais amplo de como soam algumas músicas do Alice In Chains ao vivo.

Momento de emoção, Nutshell foi dedicada aos dois ex-membros do Alice In Chains já mortos – além de Staley, o ex-baixista Mike Starr morreu em março de 2011. Camisas da seleção brasileira taticamente personalizadas com “9 – Layne” e “2 – Starr” foram fixadas ao fundo do palco.
Após um curto intervalo, Cantrell, DuVall, além do baterista Sean Kinney retornaram ao palco usando camisetas da seleção brasileira. Só Mike Inez não compartilhou da atitude diplomática – pela troca de olhares no palco, ficou claro que o baixista esqueceu do combinado.

Would? foi cantada em uníssono. Todas as pessoas da platéia transformaram-se numa só entidade que celebrou cada sílaba e nota dessa que pode ser o maior clássico do Alice In Chains e o hino de toda uma geração. Rooster veio em seguida para ser a cereja do bolo de uma apresentação de uma hora e 15 minutos. Se o Alice In Chains é grunge ou heavy metal, essa definitivamente não é mais a questão. Sua música transcende rótulos, vence os grilhões do tempo e sobrevive a tragédias. O Alice in Chains não tem mais nada a provar pra ninguém. E você a eles? Would?

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