Vamos combinar que a magia e as raízes do futebol se perderam pelo caminho nos últimos anos. Faz muito tempo que o futebol brasileiro se vê escasso de craques, porém sobra ausência de técnica e de habilidade dos coadjuvantes. Isso sem contar que a graça tem se evaporado por conta das determinações ultrapassadas dos engravatados que comandam o esporte, que têm proibido os atletas de comemorarem o gol, ou uma vitória, de uma maneira mais descontraída, ou com ‘dancinhas’, ou com máscaras e por aí vai. Isso sem contar a violência nos estádios, que tem impossibilitado clássicos estaduais, por exemplo, contarem com duas torcidas rivais – apenas a do time mandante da partida exerce o direito de estar presente e conferir o espetáculo. Bem, na verdade, é um exagero chamar o que vemos hoje em dia de espetáculo.
Nesses tempos cavernosos que o futebol atravessa, agravados pela pandemia do Coronavírus, que faz com que nem saibamos como os campeonatos seguirão acontecendo no país, sorte a nossa que temos o YouTube, que nos proporciona assistir programas feito o Desempedidos, que, como num papo de boteco, fala de futebol da forma que gostamos: com bom humor e ‘zoeira’. Há anos o canal Desempedidos tem sido sucesso não só entre o público mais jovem, como também conquistou os próprios envolvidos com o futebol, ou seja, jogadores, técnicos e afins. Um dos quadros de maior destaque do canal é o Bolívia Talk Show, em que semanalmente o misterioso apresentador mascarado Bolívia entrevista uma personalidade do esporte. Na última quinta-feira (25), porém, o programa quebrou o protocolo e, através de uma live, contou com o guitarrista do Sepultura Andreas Kisser. Apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube, Andreas foi sabatinado com perguntas sobre futebol e, obviamente, sobre heavy metal.
Andreas respondeu perguntas engraçadas dos seguidores do programa, escolhidas por Bolívia, que é baixista e fã de heavy metal. Entra elas: ‘O que é pior, discutir com corintiano ou com “viúvas” dos irmãos Cavalera?’ / ‘Com quem você sentaria para tomar uma cerveja, com Cafú e Raí, ou Tony Iommi e Jimmy Page?’. Também rolou perguntas bastante interessantes como sobre como ele fazia para acompanhar o time do São Paulo no início dos anos 90, em que o clube estava conquistando muitos títulos, ao mesmo tempo em que a carreira do Sepultura estava bombando no Brasil e no exterior. O guitarrista também falou de sua discussão acalorada com o baixista Paulo Xisto, apaixonado pelo Atlético Mineiro, e também sobre seu fanatismo pelo São Paulo e a atual situação do time, além de sua relação com o futebol de modo geral.
Assista por aqui o episódio completo:
