O Sepultura ajudou a revolucionar o metal especialmente nos anos 1990, introduzindo elementos que levaram ao desenvolvimento de uma nova sonoridade mais híbrida. Entretanto, eles também influenciaram artistas lendários, para surpresa dos próprios integrantes.
Em entrevista à Metal Hammer, Andreas Kisser conversou sobre a turnê de despedida da banda e relembrou alguns momentos chave da carreira. Um deles foi um encontro com Glenn Tipton, do Judas Priest.
Ele comentou:
“Quando o Judas Priest tocou no Brasil, Glenn Tipton me falou que Sepultura tinha influenciado eles, e eu respondi: ‘O quêêê?’.”
Era algo inimaginável para Kisser, que apontou como era difícil para qualquer artista ter sucesso fora do Brasil naqueles tempos. Principalmente quando o assunto era metal.
“Lá atrás em 1984 era impossível para uma banda como a nossa sequer tocar fora do país, mas passo a passo realizamos nossos sonhos. Não tínhamos clipes do Slayer ou do Metallica para assistir; só dava pra imaginar a música que a gente queria tocar. Talvez seja por isso que funcionou.”
O “azarão” Sepultura
Segundo o guitarrista, esse espírito de “azarão” foi muito importante para estabelecer o legado do Sepultura no cenário mundial. Isso serviu de exemplo para outros músicos e ajudou a abrir os olhos da indústria.
“Ninguém achava que a gente era capaz de ir além do Brasil com letras que ninguém entendia. Mas Max, Paulo, Igor e eu fomos muito persistentes. Max arrumou uma passagem para Nova York e levou uma cópia do Schizophrenia com ele. A Roadrunner assinou a gente e tudo foi adiante a partir dali. Nós nos tornamos uma banda internacional.”
Andreas Kisser ainda foi questionado sobre rumores de uma participação dos irmãos Cavalera na turnê de despedida do Sepultura. Segundo o guitarrista, existem conversas em curso entre os empresários de cada lado. Ainda há um caminho longo a ser percorrido, porém a possibilidade está lá.
- Clique aqui para receber notícias da ROADIE CREW no WhatsApp.