A turnê de despedida do Sepultura trouxe à tona a possibilidade de uma reunião entre a banda e os irmãos Max e Iggor Cavalera, ainda que para um show final. Andreas Kisser não está fechado a isso, mas se depender da relação atual, a situação complica.
Em entrevista ao canal de YouTube 69 Faces of Rock (transcrição via Blabbermouth), o guitarrista foi perguntado se mantém algum tipo de contato com os ex-colegas. A resposta foi sincera.
Ele disse:
“Não existe relação entre nós. Há uma comunicação entre nossos empresários e coisa assim, mas fica nisso. Mantemos respeito mútuo, mas não tem amizade ou comunicação.”
Ainda assim, o guitarrista expressou o desejo de fazer essa reunião para participações em uma performance derradeira. Andreas ressaltou especialmente como existe tempo de sobra para as negociações ocorrerem, dada a duração da turnê de despedida do Sepultura.
“Espero que consigamos fazer acontecer. Sim, seria incrível. Estamos trabalhando nisso. E acho que o plano é continuar até 2026. Queremos ir pra tudo quanto é lugar, explorar todas as possibilidades nesse adeus. E se tudo der certo, no show final, que será no Brasil, tenhamos a participação de todos os ex-integrantes, incluindo os irmãos, é claro. Isso seria ótimo para os fãs e todo mundo envolvido. Tomara que consigamos celebrar todos juntos essa história incrível.”
Kisser também afirmou que, embora não ache possível reconstruir a amizade com os irmãos Cavalera, a relação entre os integrantes atuais do Sepultura é bem forte. A banda completa por Derrick Green (voz), Paulo Xisto (baixo) e Greyson Nekrutman (bateria) passa tempo junto fora dos palcos e, de acordo com o guitarrista, não deixa que egos atrapalhem o equilíbrio geral.
MAX CAVALERA sobre o fim do SEPULTURA
Enquanto Andreas Kisser discute a possibilidade de forma pública, Max Cavalera revelou recentemente que não recebeu convite algum ainda. Em entrevista de junho ao Rock Hard Greece (via Blabbermouth), o vocalista e guitarrista compartilhou sua opinião a respeito do fim do grupo que integrou da fundação até 1996.
Antes, ao ser perguntado se participaria de algum show da turnê de despedida dos ex-colegas, respondeu:
“Não fui chamado. Na verdade, acho que vi uma coisa que Andreas disse, tipo: ‘Por que vamos convidar eles [Max e Iggor]? Eles vão estragar a festa’. É muito típico de Andreas dizer isso [risos]. Mas não sei. Vou deixar as coisas acontecerem do jeito que vão acontecer.”
O músico completou:
“Não vou forçar nada, e se chegar um momento em que sentirmos que deveríamos fazer uma reunião – ok, tudo bem, contanto que façamos da maneira certa. Assim como aconteceu com essas regravações. Acho que fizemos da maneira certa – honesto, adequado, com o coração. Então, no momento, não estou pensando em reunião.”
Quanto à decisão de encerrar as atividades do Sepultura, Max disse não compreender os motivos por trás. O músico afirmou que tocar ao vivo é algo essencial para ele, logo, é incapaz de pensar em aposentadoria.
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