O ano de 2018 marcará o início de mais uma era na história do ANGRA. Aos 26 anos de idade, a banda mostra vontade e força nunca antes vistas. Nem mesmo a trajetória muitas vezes incerta foi capaz de tirar o foco, determinação e inspiração do quinteto liderado – e fundado – por Rafael Bittencourt, e formado ainda por Felipe Andreoli (baixo), Fabio Lione (voz), Marcelo Barbosa (guitarra) e Bruno Valverde (bateria). “ØMNI” é o 9º disco de estúdio do ANGRA, resultado de meses de dedicação intensa, suor e sangue.
O álbum pode ser adquirido na loja virtual da Shinigami Records (https://www.lojashinigamirecords.com.br/ ) nos formatos Jewelcase (acrílico) e Digipack.
O álbum foi gravado mais uma vez na Suécia, com o mesmo produtor do disco anterior (“Secret Garden”), Jens Bogren, e repete a excelente química de três anos atrás. A sonoridade, ao mesmo tempo que é totalmente contemporânea, tem um caráter orgânico e respeita muito as diferentes nuances e dinâmicas dos instrumentos. Entre os diversos músicos convidados, destacam-se a vocalista do Arch Enemy, Alissa White-Gluz e a cantora brasileira Sandy, que emprestam suas vozes de características totalmente opostas à faixa ‘Black Widow’s Web’. Muitos foram os músicos envolvidos no processo, que envolve desde a percussão da Bahia até os arranjos orquestrais da Europa, e estes ajudam a dar ao disco suas diferentes e importantes texturas.
Mesmo em um ambiente cultural cada vez mais estéril e desfavorável para a música com alma e identidade, a banda foi capaz de reunir onze faixas completamente distintas entre si, mas que ao mesmo tempo contam uma estória concisa, e passeiam por todos os estilos e nuances que tornaram o ANGRA referência mundial. Uma formação muito entrosada pessoal e musicalmente, transbordando criatividade, foi o combustível necessário para dar vida a essas canções, que estão sem dúvida entre as melhores da discografia da banda.
Como marca registrada, temos muito forte a brasilidade misturada à música clássica e o heavy metal, fórmula que se soma a diferentes influências como Rock Progressivo, Thrash Metal, música latina, Djent, etc., para tornar o som ao mesmo tempo moderno e familiar. Os diferentes climas e dinâmicas fazem do disco praticamente uma trilha sonora para as letras, e trazem ao ouvinte a sensação de imersão nos diferentes momentos da estória.
“ØMNI” é um álbum conceitual, um conjunto de contos de ficção científica que acontecem em vários lugares no tempo, simultaneamente. A espinha dorsal da trama se baseia na ideia de que em 2046 seria criado um sistema de Inteligência artificial que mudaria a percepção e cognição humana, pois este sistema permitiria a comunicação consciente entre os seres humanos do presente com os do futuro. Viajantes do tempo, homens da caverna, guerreiros, entre outros personagens, ajudam a contar esta estória.
O disco pretende também conectar os conceitos de álbuns anteriores (“Holy Land”, “Rebirth”, “Temple of Shadows”) a um sistema principal, ØMNI, que é uma palavra do latim e significa “tudo”. É como se tudo o que aconteceu antes tivesse evoluído para o que a banda é hoje. Portanto, “ØMNI” celebra e une toda a história do ANGRA ao excelente momento que o conjunto vive.
A arte da capa foi desenhada à mão por Daniel Martin Diaz, um artista único de origem norte-americana que dedica sua vida a misturar conceitos científicos e filosóficos, como Anatomia, Ciências da Computação, Matemática, Cosmologia, Geometria Sagrada, simbolismo e esoterismo. O designer Gustavo Sazes foi o responsável por integrar esta arte tão orgânica ao conceito visual do restante álbum.
“ØMNI” será certamente um marco, não só na história da banda, mas também para metal brasileiro e seu reconhecimento mundo afora.
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