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ANNEKE VAN GIERSBERGEN & DANNY CAVANAGH

O projeto de Anneke van Giersbergen e Danny Cavanagh, que fizeram história a partir de seus trabalhos com The Gathering e Anathema respectivamente, veio ao Brasil pela segunda vez. Num Manifesto abarrotado de fãs de ambos, era notório que muitos acompanham seus trabalhos há anos, alguns inclusive, que viram Danny com o Anathema num longínquo 1994, quando o Anathema divulgava seu recém-lançado (no Brasil) “Serenades”. As décadas passaram e muito pouco do que ambos faziam nessa época permanece em seus respectivos trabalhos. Mas parece que nada disso é capaz de afastar os fãs do que eles têm feito ultimamente, por mais saudosos que sejam de suas breves passagens pelo Doom Metal.

O primeiro a aparecer foi Danny. Munido de seu violão e com um humor muito mais afável em comparação ao seu show de 2010, o inglês não ousou muito no set escolhido, baseando sua apresentação em canções do Anathema em sua versão mais progressiva. A primeira executada foi “Fragile Dreams”, que já deu o tom do que seria a noite. Peças acústicas sendo acompanhadas pelo público do começo ao fim. Seguiram-se “Deep”, “Untouchable Pt. 1”, a aclamada “Are You There?”, seguida por “Flying” e o indefectível cover do Pink Floyd, a grandiosa “High Hopes”, presente no último disco lançado por David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason em 1994, “The Division Bell”.

Anneke entrou mais ovacionada no palco do que seu companheiro e nisso não há demérito nenhum em relação a Danny. Anneke como sempre chegou esbanjando simpatia e provou ter o público nas mãos e mais naturalidade ao lidar com alguns erros que aconteceram durante sua performance ao violão. Ela começou sua apresentação executando um dos sons mais emblemáticos de sua passagem pelo The Gathering. “My Electricity”, do disco “How to Measure a Planet” (1998) e manteve o padrão de recepção do público, que durante toda a apresentação cantou as músicas da holandesa. Foram mescladas músicas de sua ex-banda, como “Locked Away”, com outras de sua carreira solo, como “Beautiful One” e “My Mother Said”. E ao contrário de Danny, apresentou mais covers, como “Time After Time” (Cyndi Lauper) e “Drowning Man” (U2), além de uma música de sua autoria do projeto Lorrainville, “4 Years”.

Mas o ápice da apresentação sempre se dá quando os dois dividem o palco, quando as performances mais poderosas tem vez. A primeira da apresentação conjunta foi a magnífica “Teardrop”, composição do Massive Attack que ficou mundialmente famosa na abertura do seriado House, seguida por uma das músicas mais aclamadas do Anathema, a profunda “A Natural Disaster”, que parece ter ganhado mais vida com a interpretação de Anneke. O The Gathering voltou a ser tema da dupla com a emblemática “Leaves”, uma das primeiras a chamar a atenção do mundo para a voz de Anneke com sua antiga banda.  Depois tivemos uma sequência de sons do Anathema com “Parisienne Moonlight”, “Temporary Peace” e “Everwake”, originalmente lançada no EP “Crestfallen” (1992) e que ganhou uma versão com a própria Anneke no álbum “Falling Deeper” (2011).

O fenomenal entrosamento da dupla faz com que essa parte do show pareça ser composta apenas por músicas feitas para serem tocados apenas pelos dois, mais do qualquer artista que as tenha executado anteriormente, como pôde ser visto em “Wonder”, “Untouchable Pt. 2” e na manjada “The Blower’s Daughter”, de Damien Rice e que ficou mundialmente conhecida na trilha do filme “Closer”. No Brasil, a música foi agraciada com versões catastróficas e fez a festa em salas de espera de consultórios país afora. Após uma breve pausa, a dupla voltou ao palco para tocar a animada “Jolene”, música da cantora country Dolly Parton.

Excetuando-se alguns tontos que puderam ter seus comentários babacas ouvidos por todos em um show praticamente acústico, a segunda vinda de Anneke van Giersbergen e Danny Cavanagh ao Brasil foi muito positiva e provou que a dupla tem potencial para levar um razoável publico em várias cidades, mas deixou claro que uma mudança no setlist também seria bem vinda, pois não houve mudanças significativas no repertório apresentado na última turnê, que continuou baseado no CD ao vivo lançado pela dupla, In Parallel (2009).

Após o show, todos que se dispuseram a aguardar a descida de Anneke, foram presenteados com a simpatia e a cordialidade da cantora, que atendeu a todos amavelmente, cena que se repete desde a primeira vez que ela veio ao país, ainda com o The Gathering, em 2006.

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