Na última segunda-feira (27), aconteceu no Japão o emocionante e tão aguardado reencontro ao vivo entre Marty Friedman e o Megadeth. Em show realizado na arena Budokan, em Tóquio, o guitarrista surgiu no decorrer da apresentação do Megadeth e após 23 anos de sua saída do grupo se uniu a Dave Mustaine no palco, participando das músicas Countdown to Extinction – que não era tocada desde 2013 -, Tornado of Souls e Symphony of Destruction. Esse ‘reunion’ fez a alegria não só dos 8.000 fãs que estiveram no local, como também de milhares de pessoas espalhadas no mundo que pagaram para assistir a transmissão em tempo real. Passada a reunião de Marty com seu velho parceiro Dave Mustaine, em companhia dos membros atuais – Kiko Loureiro, James LoMenzo e Dirk Verbeuren -, comentários e especulações inundaram as redes sobre um possível retorno do virtuoso guitarrista à banda que o consagrou. Muitos fãs empolgados vislumbraram inclusive o Megadeth como quinteto, com Mustaine, Friedman e Kiko Loureiro formando um poderoso trio de guitarras. Em entrevista concedida nesta terça-feira (28) ao site Consequence, Marty falou de sua participação no show e não fugiu da conversa quando questionado sobre a possibilidade de retornar ao Megadeth em algum momento futuro.
“Foi como um ponto de exclamação perfeito sobre tudo o que tínhamos feito juntos até este momento. Não se poderia escrever uma maneira melhor para a coisa toda se desenrolar (como foi). Foi simplesmente um momento perfeito, apenas uma maneira muito natural e orgânica de acontecer”, disse Friedman.
Sobre sua relação atual com Dave Mustaine, Marty Friedman foi só elogios e ressaltou que nunca houve cara fechada de uma parte para a outra: “É ótima (nossa relação). Sempre foi ótima. Acho que se houve alguma coisa, algum tipo de estranheza, provavelmente estava nas mentes das pessoas que são fãs ou apenas pessoas que estão lendo coisas da mídia. Conversamos de vez em quando e é sempre muito bom. Não temos… Talvez, na época em que eu deixei a banda, possa ter havido alguns sentimentos estranhos entre nós, mas acho que naquele tempo Dave entendeu por que eu saí. E na época entendi por que eu coloquei a banda em uma situação difícil possivelmente. Mas isso foi há muito tempo. Desde então, não houve nada além de contato amigável e normal – e, ocasionalmente, falaremos sobre algo que talvez precisemos que o outro comente. Mas absolutamente nada além de completa simpatia”.
Agora vamos ao que você leitor está mais interessado em saber. Questionado sobre se voltaria ao Megadeth caso houvesse essa abertura, Friedman respondeu de forma que certamente fará com que as especulações aumentem nas redes e nas mesas de bar: “Sim, a porta está aberta. Acho que a porta sempre esteve aberta. É realmente apenas uma questão de fazer algo que tenha significado para tal. Significado para eles e uma coisa boa para mim e que agregasse valor a isso, então sou totalmente a favor”. No entanto, Friedman fez questão de enfatizar que enxerga o Megadeth vivendo uma grande fase e que por agora a banda não necessita de seus serviços: “No que me diz respeito, a banda deles está simplesmente detonado atualmente, não posso imaginá-los precisando de mim para nada (risos)”. Entretanto, Marty deixou algo para o futuro no ar: “O Budokan foi maravilhoso. Há outras coisas no futuro. Minha porta está aberta, estamos em ótima sintonia e eu amo todos os caras da banda. É (algo) muito casual”.
Em 2015, antes de Kiko Loureiro e Chris Adler entrarem na banda e gravarem o álbum Dystopia, ventilou-se a oportunidade de a formação clássica do Megadeth – Mustaine, Friedman, David Ellefson e Nick Menza – se reunir, no entanto, na ocasião Friedman não viu sentido em ganhar menos dinheiro no Megadeth do que ganha como um artista solo renomado no Japão (onde vive há 20 anos). Menza também recusou os termos e no ano seguinte acabou falecendo.
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