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APRIL 21ST: EXPOENTE DO METALCORE NACIONAL

O contrato assinado com o selo Eclipse Records e a ótima recepção do segundo e mais novo EP, Courage Is Born from Fear, são as mais recentes conquistas do April 21st. E é apostando em um metalcore versátil, com letras fortes e muito capricho em trabalhos audiovisuais que Lucas Akira (vocal), Herbert (guitarra), Helbert Collyn (baixo) e August Nery (bateria) usufruem do atual momento enquanto aguardam a hora de mostrar esse arsenal musical nos palcos.

Helbert Collyn, Lucas Akira, Herbert e August Nery destilam letras fortes sob uma trilha pesada e melódica | Foto: Felipe Cavalieri

Três anos se passaram desde o EP Remains (2018) e a banda está de volta com Courage Is Born from Fear. De que forma definiriam o período entre os dois EPs?

Herbert: Remains foi o início de tudo para a banda. A primeira experiência em estúdio, o primeiro lançamento para o público e que rendeu as primeiras postagens em redes sociais, além da produção de vídeos para o canal da banda no YouTube. Não foi um processo fácil, pois a banda ainda não tinha uma formação definida. Após as gravações e o lançamento do primeiro single do EP (In Your Destiny), tivemos uma formação definida. E foi nesse momento também que o August entrou. Ao longo do tempo tivemos outras mudanças no line-up até que, no início de 2019, Lucas Akira e Helbert Collyn entraram. A partir desse momento, tivemos uma melhor definição em nosso processo de composição, afinal, é difícil trilhar um caminho quando você passa por muitas mudanças. O single Resilience, lançado em 2019, foi o primeiro trabalho da nova formação e marcou uma nova era para a banda nos quesitos composição e, principalmente, produção musical.

O April 21st está completando cinco anos e tem na bagagem esses dois EPs, além de singles e videoclipes. Esse trabalho árduo os levou a assinar com a Eclipse Records. Todos os objetivos traçados ao longo desses anos foram alcançados ou os resultados superaram as expectativas? O quanto a parceria com a Eclipse vem rendendo frutos para vocês?

Herbert: Acreditamos que ter o suporte de um selo pode fazer muita diferença em como a banda consegue se posicionar no mercado, dentre outras coisas, e sempre tivemos isso como o grande objetivo inicial. O trabalho da Eclipse tem contribuído e muito para o crescimento da banda. Temos ganhado cada vez mais espaço em mídias importantes do meio, como a ROADIE CREW, além do crescimento de nossa base de fãs. Dá para fazer isso de forma totalmente independente? Até acredito que sim, mas sinceramente acho muito mais complexo e demorado, principalmente em se falando de metal. Há um relacionamento muito direto e aberto com a gravadora. Temos outros objetivos para a banda que foram adiados em 2020 e 2021 por conta da pandemia, como turnês no Brasil e na América do Sul, assim como a criação de um festival de metal próprio em nossa cidade de origem, Belo Horizonte. Esperamos que tudo isso passe logo e em 2022 a gente possa voltar aos palcos e seguir com outros planejamentos.

Além da sonoridade, o April 21st se notabiliza por letras fortes, com temas como depressão, tristezas e a luta do indivíduo na sociedade. Como é trazer essas mensagens à tona e como vem sendo a repercussão junto aos fãs?

Lucas Akira: Acho muito importante trazer composições com esses temas, pois ainda sinto que poucas pessoas falam de depressão de forma mais aberta, por exemplo. A intenção das letras sempre foi motivar e passar uma mensagem positiva. Falando por mim, escuto e sigo muitas bandas que, através das letras, me ajudaram a passar por momentos difíceis. Portanto, sinto uma responsabilidade enorme com os fãs que se identificam com o som e a mensagem.

Um dos produtos audiovisuais é Decision, lyric vídeo produzido por Lucas Akira, também responsável pela arte da capa e que codirigiu Healing My Wounds. Ter Lucas na banda, imagino eu, se tornou um dos diferenciais, principalmente, claro, pelos vocais variados dele. Mas tê-lo em outras frentes também é um acréscimo e tanto, certo?

Herbert: Sem dúvida. Lucas também produziu os vídeos dos singles Coldest July e We Are the Difference, além de inúmeros outros trabalhos audiovisuais. A contribuição dele é gigante, certamente um grande diferencial nosso hoje. Quando o convidei, na época em que estávamos sem vocalista e enfrentando mais uma transição na formação, eu conhecia apenas um pouco do vocal dele. Lembro que ele me enviou um vídeo com alguns berros de bandas que ele gosta e confesso que fiquei muito surpreso, pois não sabia que ele tinha esse range de voz tão amplo. No dia seguinte, ele gravou um áudio cantando uma das músicas do Remains. Quando mostrei ao August, ele disse na hora: ‘Tem que trazer esse cara aí para a banda urgente, mano!’

Falem do trabalho desempenhado por Arthur Damásio e Bruno Barros e o quanto cada um deles acrescentou nesse processo de gravação, produção e mixagem.

Helbert: Os dois nos fazem pensar fora da caixa. Às vezes, alguns elementos sugeridos por eles, como forma de preenchimento nas músicas, não parecem fazer tanta diferença à primeira vista, mas logo em seguida a gente vê o resultado final e tudo se encaixa. Trabalhar com os profissionais do Sonasterio (estúdio em Nova Lima) é um privilégio. Os caras entendem exatamente o som, o timbre que queremos chegar. Graças a todo esse esforço conjunto, conseguimos resultados extremamente satisfatórios.

A respeito do cenário do metalcore, não só no mundo, mas também no Brasil, qual o balanço que vocês fazem dele nesses últimos anos? O estilo vem ganhando força, precisa se renovar, segue da mesma forma que uma década atrás…?

Herbert: Nos últimos tempos, vimos bandas mais antigas e consagradas no meio lançarem álbuns aclamados pela crítica, como August Burns Red, Parkway Drive, Trivium, Bullet for My Valentine, Bring Me the Horizon e Asking Alexandria, dentre outras, além do retorno do As I Lay Dying. No decorrer da última década, vimos também o surgimento e a ascensão de bandas como Falling in Reverse, Bury Tomorrow, Miss May I e por aí vai. Sem dúvida o estilo passou por mudanças, se adaptou, evoluiu, ganhou novos elementos e continua atraindo um público mais jovem. Não acredito em prazo de validade na música. Existe o boom inicial como todo novo estilo do momento, porém, uma vez consolidado, ele permanece. A gente levanta a bandeira do metalcore. Temos nossas convicções e acreditamos no futuro do estilo. No Brasil, temos várias bandas legais no cenário underground que flutuam pelo metalcore. Nossa cena tem muito talento, mas acho que ainda precisamos de uma melhor profissionalização em todas as áreas, melhor infraestrutura de shows etc.

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