Uma notícia pesada abalou os fãs de Marilyn Manson nesta segunda-feira, 1 de fevereiro. Praticamente simultaneamente através do Instagram, ao menos cinco mulheres acusaram o performático cantor americano de assédio sexual e estupro. Entre essas mulheres está a atriz Evan Rachel Wood, de 33 anos, que há muito tempo é ativista da causa.
Em sua postagem contra Brian Hugh Warner (nome verdadeiro do famoso artista), Wood escreveu:
“O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido mundialmente como Marilyn Manson.
Ele começou a me assediar quando eu ainda era uma adolescente e abusou terrivelmente de mim por anos.
Fui submetida à lavagem cerebral e manipulada à submissão.
Cansei de viver com medo de retaliação, calúnia ou chantagem.
Estou aqui para expor esse homem perigoso e convocar as muitas indústrias que o capacitaram, antes que ele arruíne mais vidas.
Estou com as muitas vítimas que não ficarão mais caladas”.
Conhecida por protagonizar a série “Westworld”, Evan Rachel Wood viveu um longo relacionamento com Manson até se comprometerem oficialmente em 2010, ano em que também terminaram.
Oito anos depois, Wood se manifestou em uma comissão no Congresso americano que tratava da violência doméstica e abuso sexual, falando que também foi vítima de abusos. No entanto, na ocasião ela não citou o nome de Manson como seu abusador.
Quanto as outras mulheres que também acusam Manson, elas dizem terem tido envolvimento sentimental com o cantor e afirmam terem sido vítimas também de manipulação, assédio, abuso e ameaças. Além disso, uma delas o acusa de cometer vários estupros. Sarah McNeilly afirmou que Manson a jogou contra uma parede e ameaçou acertá-la com um taco de beisebol, acrescentando que ela sofre de problemas de saúde mental e PTSD. Outra mulher chamada Gabriella alegou que Manson iria amarrá-la e estuprá-la, e forçou-a a tomar drogas que eram “mais do que meu corpo poderia suportar”. Já Ashley Morgan acusou Manson de “abuso, violência sexual, violência física e coerção”.
Mediante a tais acusações, poucas horas depois a gravadora Loma Vista Recordings, com a qual Manson e sua banda vinham trabalhando desde 2015, quando lançaram o álbum The Pale Emperor, rompeu com o cantor, de acordo com a Variety.
Em comunicado oficial, a gravadora explicou sua dura decisão: “À luz das alegações perturbadoras de Evan Rachel Wood e de outras mulheres, nomeando Marilyn Manson como agressor delas, a Loma Vista deixará de promover seu álbum atual (N.R.: We Are Chaos, de 2020), com efeito imediato. Devido a esses desenvolvimentos preocupantes, também decidimos não trabalhar com Marilyn Manson em quaisquer projetos futuros”.
O contrato assinado entre as partes em 2015 permitia ao músico reter os direitos de sua música enquanto a Loma Vista cuidava da distribuição. O acordo permaneceu semelhante durante os dois álbuns seguintes, Heaven Upside Down (2017) e We Are Chaos, com Manson mantendo os direitos autorais enquanto concedia a Loma Vista uma licença exclusiva.
Até o momento, nem o cantor e nem seus advogados e assessoria se manifestaram sobre as acusações.
Curiosamente, em 2017 o próprio Manson demitiu de sua banda seu parceiro de longa data Twiggy Ramirez, após o baixista ter sido acusado por sua ex-namorada, Jessika Adams, da banda Jack Off Jill, de abuso sexual e psicológico.
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