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BIOHAZARD, PROJECT46 E WORST

O Biohazard volta ao Brasil para a tour nacional de divulgação de seu mais recente disco, “Reborn in Defiance” (2012), passando por várias capitais, entre elas, Manaus, Belo Horizonte e Porto Alegre. Bem diferente de 2008 quando Billy Graziadei, vocal e guitarrista, fazia mais um show explosivo de sua banda principal numa noite e apresentava a outra, Suicide City, na noite seguinte durante a primeira edição do “Maquinaria Festival” em São Paulo – ou então de 2010, quando a formação ainda contava com o baixista Evan Seinfeld.   Numa sexta-feira chuvosa, a expectativa dos fãs era tão grande quanto a fila que já estava formada do lado de fora do Via Marquês. E nem o atraso entre o horário previsto para a abertura da casa e o início do show diminuiu a empolgação.

Quem deu início aos trabalhos foi o Project46. Além das pedradas do álbum “Doa a quem doer” que, a cada show, ficam ainda melhores ao vivo, fizeram algo que não costuma ser habitual deles, já que, acertadamente, preferem usar o tempo para privilegiar os sons próprios. Levantaram a galera tocando o cover de “War Ensemble” do Slayer com a participação de Antônio Araújo, guitarrista do Korzus.

Worst veio na sequência para deixar o público mais preparado para a sessão hardcore quebra espinha que viria em seguida. A banda paulistana continua na divulgação de seu primeiro disco “Te desejo todo o mal do mundo”, que segue disponível para download gratuito no site oficial. Com letras em português e sem covers, fizeram um show curto, mas pegado e agressivo, do jeito que o povo que se aglomerava na pista gosta.

O atraso de uma hora do horário inicialmente divulgado para o início do Biohazarddeixou a galera ainda mais ansiosa para ver/rever os nova-iorquinos em ação. Com pano de fundo, pouca luz e muitos flashs de câmeras, depois de uma pequena intro a banda chega chutando a porta com um dos clássicos deles, “Shades of Gray” do “Urban discipline” (1992). A pista pega fogo. Logo no primeiro som a galera também começa a subir sem tumulto no palco para dar o mosh. O fato sempre deixa, às vezes sem a menor necessidade, seguranças desesperados em “manter a ordem”, algo que não combina definitivamente com shows de hardcore. E, sejamos francos, com o cada vez mais frequente número de shows acontecendo por aqui, é algo que eles, “seres treinados”, deveriam saber. Billy termina dizendo um “Vamo quebrá tudo São Paulo”. Gritaria e agitação geral e já no segundo som a presença de fãs ficou mais frequente. E bem, a cada som o “desentendimento” entre segurança e público ficou maior. Isso chegou a incomodar a banda que não estava se sentindo nenhum pouco ameaçada com os fãs por perto. Billy chegou a intervir em vários momentos e ia ganhando cada vez mais o público que aplaudia e cantava junto em todos os sons.

O set teve os sons mais recentes, mas privilegiou músicas dos antigos álbuns como “What Makes Us Tick”, “Five Blocks to the Subway” e “Tales from the Hard Side”. O apropriado nome do mais recente disco de estúdio trouxe a banda de volta à velha forma e sons dele como “Come Alive” e a já hit “Vengeance is mine” comprovaram isso ao vivo. Rolou até o cover de “We´re only gonna die” do Bad Religion, gravado por Billy e cia em 1992.

Scott Roberts, apesar de assumir o baixo e o backing tem pouco tempo, está bastante a vontade na banda e foi um dos destaques da apresentação. Outros bons momentos foram o circle pit divertido que Billy pediu para que torcedores do São Paulo, Palmeiras e Corinthians formassem na pista e o “parabéns a você” que cantaram para a sua filha, Isabela. Ele é casado com uma brasileira que conheceu numa passagem da banda pelo país em 2001. Daí também se explica sua desenvoltura em (arriscar) falar português.

O show terminou com total interação entre banda e público com muitos fãs em cima do palco. As últimas foram as aguardadas “Punishment” (clássico máximo que também tocaram ao vivo no programa “Agora é tarde” da Band dias antes do show em SP) e “Hold my own”.
A apresentação foi bem curta para quem esperava por mais sons. Mais foi intensa como se imaginava que seria. Foi pouco, mas como disse Bily, “fez barulho, São Paulo”, além de deixar fãs com sorrisos, hematomas e com alguns litros de suor perdidos. Satisfação que o hardcore dá e seguranças jamais entenderão.

 

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