Este é o veterano Black Rose, oriundo da fase mágica da NWOBHM que, após singles e um EP, estreou com álbum Boys Will Be Boys (1984) e fazia um som calcado no hard’n’heavy – mais para o hard, se pegarmos de base o segundo full, Walk It How You Talk It (1987). Agora, 12 anos após Cure for Your Disease, o grupo retorna com WTF.
O título, por sinal, se traduz por ‘What the Fuck’ (‘Que porra é essa?’) e é proposital, pois foi “dedicado” a um jornalista que os chamou de velhos ao resenhar um show do grupo no “Hammerfest” (ING). Surpresa maior, no entanto, é o estilo musical adotado, já que o lado hard rock deu espaço para o peso, com resquícios do estilo aparecendo somente nas faixas Pain e Never Take Me Alive.
As palhetadas abafadas surgem em profusão no repertório, com um bom desempenho dos fundadores Kenny Nicholson e Steve Bardsley – este último gravando também os vocais, mas depois deixando a função para Ash Robertson. Exceto pela produção e a sonoridade digital da bateria, o som vai agradar quem curte metal tradicional com peso, como o Tokyo Blade fez em Dark Revolution (2020), por exemplo.
Ao colega inglês que tirou a banda de velha, a resposta é ‘WTF is old but good!’ e os destaques vão para a agressiva Twist the Knife, Tattoos & Lipstick, Crazy Mental Bad e a faixa-título.