Antes de se tornar ator em Law and Order: Special Victims Unit e estrela de reality show com sua esposa, Ice-T era visto como um dos músicos mais perigosos do planeta. O maior exemplo disso é seu trabalho com a banda de metal Body Count, cuja canção “Cop Killer” (1992) virou alvo de polêmica no período.
Em entrevista ao The Guardian, o rapper refletiu sobre a polêmica em torno da faixa, composta em resposta a incidentes de brutalidade policial no início da década. O único arrependimento dele foi em relação às ramificações que afetaram outras pessoas.
Ele disse:
“Eu nunca me questionei, mas começou a dar m#rda quando mandaram ameaças de bomba para a Warner Bros (gravadora). Eu atirei a pedra; a responsabilidade é minha. Mas quando outras pessoas podem se machucar, isso é estressante.”
Além disso, o músico jogou um balde de água fria naqueles que acham polêmica algo bom para negócios. Segundo o frontman do Body Count, o caso dele provou o contrário.
“Tenho notícias para as pessoas: qualquer um que acha que controvérsia é um jeito de fazer grana, não é. Você ganha atenção, mas aí precisa de advogados. Então não fale algo estúpido e depois volte atrás. Se é pra falar algo, assuma os riscos.”
Body Count e “Cop Killer”
“Cop Killer” fez parte do álbum de estreia do Body Count, homônimo, lançado em março de 1992. A canção cita por nome o comissário de polícia de Los Angeles, Daryl Gates, e Rodney King, um homem negro que foi filmado sendo espancado por oficiais do departamento.
Logo após o disco sair, os envolvidos no caso foram absolvidos na Justiça. Isso deu início a quase dois meses de protestos violentos nas ruas da cidade.
Na esteira de tais acontecimentos, sindicatos de policiais nos Estados Unidos iniciaram uma campanha para a Warner Records retirar o álbum do Body Count das lojas por causa da canção “Cop Killer”. Até o presidente da época, George H.W. Bush, se manifestou contra a faixa
Após a Warner receber ameaças de bomba, Ice-T resolveu retirar a canção de cópias futuras do álbum. A gravadora decidiu ir além e remover cópias do disco contendo a música de todas as lojas. O rapper rescindiu seu contrato com o selo em 1993 após divergências relativas ao trabalho solo Home Invasion.
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