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BRING ME THE HORIZON

Aclamados pela crítica, ganhando prêmios de melhores de ano, divulgando disco novo, eles são sempre assunto seja fora ou em cima do palco com shows lotados e ingressos esgotados ao redor do globo. Esse histérico cenário não foi diferente na passagem da nova tour do Bring Me The Horizon pela América do Sul. Além de Chile, Argentina, México, as capitais brasileiras Rio de Janeiro e São Paulo fizeram parte das datas de divulgação de “That’s the Spirit”, quinto álbum da banda que, apesar de fazer barulho desde o primeiro lançamento, ainda espanta a velha guarda do Metal quando bota uma legião de fãs em seus shows e, como no caso da capital paulista, tem show extra.

Por aqui, ambos os dias, foram com público eufórico e ensurdecedor. A fila gigante formada na porta do Carioca para a segunda apresentação(reza a lenda ) contava com fãs que tinham virado a noite ou madrugado para conseguir um lugar mais próximo. Era até difícil crer que todo aquele amontoado de gente coubesse no mesmo espaço. E rolou. Estrumbado, suado e quente, mas rolou. Alguns repetiam a dose da noite anterior conferindo a segunda apresentação e outros ainda contando a glória do sorteio para o Meet & Greet gratuito, realizado pela banda com poucos e felizardos fãs sorteados. 

Na noite anterior, a banda de abertura foi o Paura. No sábado foi o quinteto de São Paulo Nothing in Between que teve a missão de aquecer as caixas, já que todo o resto parecia derreter tamanho o calor. Eles tocaram as faixas do primeiro EP, homônimo e recém-lançado, enquanto ainda compõem as músicas do primeiro full lenght. Show curto, mas que deu para mostrar potencial, com um som mais voltado para o Hardcore melódico que agradou os muitos presentes.

Com os ventiladores não dando conta, um pequeno atraso na preparação do palco da atração principal agitava ainda mais o público. A casa, como era previsto, quase veio abaixo quando a banda entrou e, com o set fixo para a tour, abriu com uma das faixas novas. “Doomed” era quase inaudível pela banda com o coro da galera. As músicas de “That´s the spirity” estiveram presente entre as quatorze programadas e, claro, o público cantou junto e tão intensamente quanto os grandes hits.Na sequência veio o grande hit deste novo disco. “Happy Song” também foi cantada em uníssono pelo público e toda vez que o refrão “But if you sing along a little fucking louder” era pronunciado, a galera enlouquecia e gritava mais quanto humanamente possível.

O vocalista Oli (Oliver) Sykes é mesmo o centro das atenções e o grande mentor do grupo, principal letrista, dita o visual, comando o público, mas é notório que a sonoridade da banda apresentou algumas mudanças gritantes com os novos sons. E o repertório já não é aquele barulhento do começo da década com urros e guitarras distorcidas do Death/Metalcore, estilo que são figuras centrais, mas justamente pelo novo álbum estar muito mais focado em vocais limpos e uma pegada mais Pop, melódica e cada vez mais contando com o uso dos sintetizadores. Ao vivo a psicodelia das imagens do telão, o uso de recursos técnicos chega a ser em excesso, encobrindo o retorno do instrumental e vocal. Sinal dos tempos? Bem, se a ideia era dar um refresh no público não deu certo. A horda de, principalmente, meninas ensandecidas ainda é a mesma, inclusive, numa pesquisa rápida pela pista, aquela que comparece neste mesmo Carioca desde 2011 para vê-los.

Apesar de elogiado e ser um dos mais baixados no ano passado em serviços de música streaming como o iTunes, para quem curte um som mais pesado, não é dos discos mais fáceis de digerir. Ao vivo é ligeiramente mais pesado. Mas como a maioria presente está nem aí para essa análise, o show continuou com “Throne”, “Shadow Moses” com sua intro épica e um coro de vozes de arrepiar e “Sleepwalking”. Oli falava com a galera, dizendo que amam o Brasil, mas foi possível ouví-lo com mais nitidez mesmo em “True Friends”, outra das novas, e um dos melhores momentos do show.

Na pista, os fãs agitavam e cantavam sem parar. Mas por falta de entendimento ou por espaço físico mesmo a maioria não atendeu aos pedidos do vocal para fazer o wall of death entre as faixas “Follow you”, “Can you feel my heart” e “Antivist” que fecharam a primeira parte do set.

Voltaram para o bis com o jogo ganho, mas ainda tinha mais momentos áureos reservados para os fãs. “Blessed with a course” do primeiro disco foi a primeira do bis. Para fechar, o Carioca virou um resumo do Wembley Arena naquele videoclipe gravado em 2014 com fãs ensandecidos e cantando junto em “Drown”, faixa que encerrou esta segunda apresentação em São Paulo.

Há quem diga que em cinco anos de diferença deste para o show de 2011 a banda mudou muito, especialmente o vocalista que anda perdendo a potência da voz ao vivo devido aos excessos fora dos palcos. Se nesse quesito alguém tem dúvidas, ele pode sim ser um bom substituto para os ídolos do passado que se não estão mortos, seguem em vias de se aposentar. Certo é que os fãs continuam presentes, felizes com o reencontro e mais seguidores do que nunca. O que é fato e óbvio é: o público cresceu em número e em exigência e o Carioca ficou pequeno para o BMTH.

Set List:
Doomed
Happy Song
Go to Hell, for Heaven’s Sake
The House of Wolves
Chelsea Smile
Throne
Shadow Moses
Sleepwalking
True Friends
Follow You
Can You Feel My Heart
Antivist
Bis:
Blessed With a Curse
Drown

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