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BRITISH LION: 11 de novembro de 2018, São Paulo/SP

Por Nelson Souza Lima

O acanhado Cine Joia, encravado no centrão, próximo à Praça da Sé, foi o local escolhido em São Paulo para receber o British Lion. O espaço, com capacidade para pouco menos de mil pessoas, é apropriado ao intuito da nova empreitada do baixista Steve Harris, pois, desde que formou a banda há pouco mais de seis anos, o mandachuva do Iron Maiden objetivava ir na contramão do que faz na Donzela de Ferro. Enquanto com o Maiden, gigante do heavy metal, lota estádios ao redor do mundo, no British Lion Harris quer tocar em lugares menores, que não exigem toda a parafernália técnica e pirotecnia de grandes eventos. O que isso proporciona? Com certeza, a proximidade com o público que tem o ídolo praticamente ao alcance da mão. Outra vantagem do Cine Joia é a altura do palco, que permite ver a movimentação do grupo sem ter que ficar desviando de quem está na frente. O público não chegou a lotar a casa, pois dava pra ver “uns brancos” no meio da galera. Porém, quem compareceu sacou que o grupo é coeso, mostrando, com propriedade, sua mistura de hard/metal/pop rock.

Fazendo jus à pontualidade britânica, os músicos começaram a apresentação às 19h30. O som mecânico foi cortado de repente, luzes se apagaram e a banda entrou aos poucos. Primeiro foi o guitarrista Grahame Leslie, seguido pelo vocalista Richard Taylor. Para histeria geral, Steve Harris entrou na sequência, seguido do baterista Simon Dawson e do guitarrista David Hawkins. Taylor saudou os fãs com um “Alô, São Paulo” em português, dando início a porradaria. Mandaram de primeira “This Is My God” e “Lost Worlds”, músicas que abrem “Bristish Lion”, até então o único álbum do quinteto, lançado em 2012. Aliás, metade do repertório veio desse disco, que teve oito de suas canções tocadas – as outras sete devem constar no novo trabalho, prometido ainda para este ano.

Com direito a muitas palmas, “oh, oh, oh” e bate cabeça, a banda alternou músicas inéditas com antigas. Dentre as que devem constar no segundo disco, mandaram “Father Lucifer”, “Bible Black”, “Lightning”, “Spitfire” e “The Burning”.

Como o Cine Joia não permite efeitos pirotécnicos e visuais mais elaborados, lá estavam só o jogo de luzes e a banda mandando ver. Harris que, assim como no Maiden, é o autor da maioria das músicas, canta todas com fúria e, claro, detona suas cavalgadas no contrabaixo – o cara não para e toca com fôlego de garoto! Mas a banda não deixa por menos. O trabalho das guitarras é bem homogêneo. Dawson segura muito bem o ritmo e o vocalista Richard Taylor, além de ter uma voz legal, tem o público na mão. Não é para menos, pois ele parece uma mistura de Michael Stipe do R.E.M com trejeitos de Morrissey e Renato Russo. Não para no palco.

Às 20h55, a banda encerrou o set com “A World without Heaven” e “Eyes of the Young”. Uma apresentação relativamente curta, mas que agradou o público. Aquela tradicional foto com a galera, saudações aos fãs, distribuição de palhetas e inúmeras declarações de amor a Steve Harris. Não teve nenhuma do Iron e também não teve bis, mas ninguém reclamou. O Leão Britânico mostrou as garras, evidenciando que ainda deve durar muito tempo.

 

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