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BURLESCA, TREZZY E MATTILHA

Com a missão de animar o Halloween da noite paulistana, as bandas Burlesca, Trezzy e Mattilha aproveitaram o espaço oferecido pelo Manifesto Bar para bandas autorais para divulgar os seus mais recentes (e futuros) trabalhos.

A abertura ficou por conta do Burlesca, liderado pelo baterista Ivan Copelli e que ainda conta com Mig Lagôa e Judaz Mallet nas guitarras, Rosalem Oliveira no baixo. Para os vocais foi especialmente escalado o vocalista Jedai Rocha, já conhecido na noite paulistana por ser o vocalista da banda Fever (Official Aerosmith Cover). Segundo Ivan, o agora ex-vocalista Lucas Pacin resolveu saiu por razões, segundo ele, “desinteressantes” e por isso haveria muitos covers no repertório. Assim, o show começou com “Woman” (Wolfmother), seguido por “Detroit Rock City” (Kiss) até que foi anunciada a primeira autoral, “Deu A Hora”, que contém um excelente refrão e agitou bem a plateia.

Quem estava assistindo pela primeira vez e não sabia que Jedai era apenas um substituto, teve a impressão de que ele estava na banda há anos, tamanha a presença e interação com os outros integrantes da Burlesca. O show seguiu com dois covers, com “20th Century Boy” dos pioneiros do Glam Rock T.Rex e “Highway To Hell” do AC/DC, que sempre é um sucesso. Mas a autoral “Fazer Acontecer” também foi bem aceite a, ao final, Ivan agradeceu Jedai por estar cobrindo esse show junto com a Burlesca, já que em menos de uma semana ele tirou, além das covers, algumas autorais da banda. Jedai agradeceu e pediu, na frente de todos, permissão para entrar na banda!

Após Mig, Judaz, Rosalem e Ivan concordarem, o show continuou, agora com Jedai assumindo definitivamente o posto de vocalista e frontman da Burlesca. Nessa toada de covers e autorais vieram “Living On The Edge”, “Immigrant Song”, “Freak”, “SMEGMA”, “Man In The Box”, “All My Life” e a ótima “Ver De Novo”, que contém grandes riffs. Jedai mostrou mais uma vez que foi a escolha certa para assumir os vocais. Para finalizar o show eles escolheram um clássico dos anos 90, “Killing In The Name”, do Rage Against The Machine. Sob muitos aplausos o Burlesca deixa o palco.

Após uma arrumação chegou a vez do Trezzy, formada por Joonior Joe, Jack Fahrer, Mau Amaro, Roger Benet, Dinho Milano estrear nos palcos. A faixa escolhida para iniciar a estreia foi “Tente Entender”, que possui uma sonoridade moderna, mas sem deixar de lado o bom e velho Hard Rock dos anos 80 e que fará parte do futuro EP da banda. Na sequência tivemos uma versão de “Rebel Yell” de Billy Idol, mesclando riffs cadenciados com outros acelerados na hora do refrão. Joonior Joe conversa com o público e frisa a dificuldade de viver apenas do som próprio no Brasil, por isso algumas versões foram escolhidas para intercalar o repertório da noite, A seguir mais uma brilhante faixa autoral, “Redenção”, que possui uma letra forte e uma levada mais pesada. Então veio uma impressionante versão de “Strangelove” do Depeche Mode, definitivamente a melhor feita pela banda, pois a música ganhou um instrumental totalmente novo – riffs pesados combinados com a voz grave de Joe deram a esse clássico da música Pop uma nova vida.

Mais uma vez Joonior ressalta o problema de viver de som próprio no país fazendo com que todos os outros membros do Trezzy tenham empregos paralelos, o que gera dificuldades para marcar ensaios e gravações. Frisou o amor de todos os integrantes pela música, agradeceu a cada um dos que lá estavam pela presença e, inclusive, aos membros de outras bandas de estilos diferentes: “O som supera tudo, estilo, ego, tudo!”, disse antes de anunciar a faixa “Manipula”, para qual será gravada o novo clipe da banda. “Summertime Blues”, faixa que ganhou inúmeras outras versões de bandas como The Beach Boys, The Who, T.Rex, Joan Jett e mais recentemente uma do The Black Keys, veio na sequência.

Joe anunciou uma faixa ainda sem nome, mas que por soar como uma ‘baladinha dos anos 80’ eles a estão chamando temporariamente de “Balada”. Aí vieram versões para “Charlie Brown’s Parents” e “Crazy Bitch”, mais parecidas com as originais. “Ninguém Vai Nos Salvar”, faixa que se tornou o primeiro clipe do Trezzy veio depois e muitos dos presentes acompanharam a letra, mostrando que a banda já começou a criar seu próprio público. O encerramento veio com mais uma brilhante versão, dessa vez para um clássico do grupo inglês Tears For Fears, “Shout”. O andamento acelerado e o peso fizeram o público agitar até o final. Assim, o Trezzy vai à frente do palco e agradece a todos.

Então chega a hora da última banda da noite, era a vez do Mattilha, que fez um set composto em sua maioria por sons próprios e apenas alguns covers. Vale ressaltar que a banda trouxe um público fiel para assisti-los! O show começou com uma rápida introdução com riffs de guitarra seguido pela faixa “Sem Hora Marcada”. Foi aí que esse público que o Mattilha trouxe simplesmente deu um show à parte. Todos acompanharam junto com a banda a letra não só dessa, mas de todas as músicas que foram executadas na sequência, como “Feita pra Mim”, “Filho da Pompéia” e “Blues pra Acalmar” essa última contou com a participação de Paulo Coruja na gaita, da banda de Southern Rock Cracker Blues. “Wanted Dead Or Alive” foi o primeiro cover a ser executado pela banda e manteve o fiel público inflamado.

O set ainda contou com “Duro de Dizer”, “I Believe In Miracles” dos Ramones, que ganhou uma introdução com riffs lentos, “Pronto pra Rodar” e “Ninguém é Santo”. A conhecida “Noites no Bar”, que contém um engraçado clipe que tem feito muito sucesso no mundo virtual, foi a última do show. A banda deixa o palco sob uma chuva de aplausos do público, que naquele momento era composto não só pelos fãs, mas também pelos integrantes de todas as bandas que tocaram durante a noite.

Lembrando o que Joonior Joe falou (“O som supera tudo, estilo, ego, tudo!”), imagine se uma pequena porcentagem desse grande número de músicos frequentasse o show de outras bandas,  independentemente do estilo. Acredito que não teríamos mais shows de bandas autorais vazios e as oportunidades para tocar em casas noturnas em fins de semana com toda certeza aumentariam. O resultado seria uma cena fortalecida. Como seria bom se ao final dos shows pudéssemos observar o que vimos nesta noite: integrantes das outras bandas aplaudindo e apoiando a última banda que se apresentou. Bem, nem tudo está perdido. Há uma união na cena e esperamos que isso possa se alastrar e que, em algum momento, para algumas pessoas ela realmente supere ego e as questões de estilo dentro do Rock.

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