A máquina de fazer death metal, que atende por Cannibal Corpse, um dos nomes lendários da famigerada região da Flórida (EUA), já está trabalhando em seu novo álbum, sucessor de Red Before Black (2017). O material deverá ser lançado ainda em 2020. No último domingo, o ‘big neck’ George “Corpsegrinder” Fisher postou uma foto em seu Instagram, usando fones de ouvido dentro do Mana Recording Studios, situado em St. Petersburg. Na legenda, o vocalista indagou seus seguidores: “Adivinha o que estou fazendo?”.
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Além de George Fisher, a formação do Cannibal Corpse conta com o exímio baixista Alex Webster, o baterista Paul Mazurkiewicz e os guitarristas Rob Barrett e o polêmico Pat O’Brien, que em 10 de dezembro de 2018 foi preso por roubo, invasão à casa de um vizinho e agressão contra policiais, enquanto sua casa na Flórida pegava fogo. Na ocasião, os policiais encontraram um verdadeiro arsenal bélico na residência de O’Brien: cofres trancados e possíveis dispositivos explosivos, incluindo 50 espingardas, 20 semi-automáticas, duas armas de fogo estilo Uzi, 20 pistolas e dois lança-chamas. Nesse episódio bizarro, o guitarrista teve fiança condicionada em 50 mil dólares, desde que passasse por exames toxicológicos. De acordo com os registros da delegacia de Hillsborough County, O’Brien foi solto após pagamento de fiança. Uma campanha chegou a ser criada para arrecadar fundos para ajudar o músico em sua recuperação, já que o mesmo não tinha seguro e perdeu tudo no incêndio de sua casa.
No ano seguinte, em entrevista ao podcast The Jast Show, do vocalista do Hatebreed, Jamey Jasta, Fisher falou sobre o processo contra seu companheiro de banda e afirmou que ele conta com o apoio de todos os integrantes do Cannibal: “Nós o amamos. O queremos de volta. Mas, cara, quando eu o vi no tribunal com aquela jaqueta anti-suicida, tive que chorar. Desejamos à ele o melhor e temos que ver o que acontece. Ele ainda tem muito tempo para se livrar dessas questões legais, que estão além do nosso controle. Nós o apoiamos 100%. Estamos 100% com ele”.
Enquanto esteve impossibilitado de tocar com o Cannibal Corpse, Pat O’Brien foi substituído por Erik Rutan (Soilent Green, Belphegor e Hate Eternal), que foi produtor e engenheiro de som de Red Before Black, além de ter trabalhando também nos álbuns Kill (2006), Evisceration Plague (2009) e Torture (2012). Rutan estreou ao vivo com o Cannibal Corpse no show de abertura da “Decibel Magazine Tour”, em fevereiro de 2019, em San Antonio, Texas.
Em 2017, Mazurkiewics, em entrevista à Aesthetic Magazine, comentou a longevidade do Cannibal Corpse: “É por conta do amor pela música. Temos muita sorte de termos começado há 30 anos e obtido sucesso logo de cara, onde tudo estava indo bem. Todos adoramos tocar e compor músicas, e depois de catorze discos, queremos seguir em frente e sentimos que a popularidade cresce com a banda. Adoramos criar e compor a música brutal perfeita do death metal do Cannibal Corpse e acho que, obviamente, devemos ter conseguido isso para ter esse tipo de longevidade”.
Paul também falou da evolução musical do Cannibal Corpse: “Se você ouvir os primeiros dias dos três primeiros álbuns, ainda somos o Cannibal Corpse, mas éramos muito mais crus. Todos nós nos tornamos músicos muito melhores dessa maneira e acho que você entendeu, porque nosso novo álbum meio que culmina nossa carreira. Você pega o começo e transporta para o nosso 13° álbum, e você tem o melhor do Cannibal Corpse em Red Before Black, e é como se aquela selvageria tivesse uma precisão que não existia tecnicamente nos primeiros dias”, concluiu o baterista.