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CHILDREN OF BODOM

Embora tenha surgido há mais de dez anos, e combine elementos de diversos estilos clássicos de Metal – NWOBHM, Thrash e, principalmente, o Death Metal Melódico amplamente difundido na Suécia dos anos 90 –, os finlandeses do Children Of Bodom atraem na Austrália uma gama jovem de fãs, notadamente aqueles ligados ao Deathcore e Metalcore e outras vertentes dos anos 2000. Por consequência, o público que foi ao Palace Theatre neste dia era bastante jovem – embora fosse possível achar os mais calejados em meio a multidão. Uma coisa interessante dos shows na Austrália e que geralmente se divulga na casa, e muitas vezes antecipadamente na Internet, os horários de entrada de cada banda, rigidamente respeitados. Isso faz com que se tenha um grande fluxo de pessoas entrando logo antes do início de cada apresentação.

A casa abriga cerca de duas mil pessoas e não estava completamente lotada quando os Australianos do Harlott abriram a noite às 20h30, empolgando o público com seu Thrash altamente influenciado pelo Metallica da era Cliff Burton – precisa dizer mais? Após um breve intervalo – as bandas de abertura compartilharam a mesma bateria, e a do Children of Bodom estava montada atrás, o que permitiu a rápida troca de bandas – entraram os também australianos (oriundos da cidade de Perth, Oeste da Austrália) do Voyager, que tem um estilo de Metal Progressivo bem interessante: combinam vocais guturais (do também baixista Alex Cânion) e vocais “limpos” no estilo Iron Maiden/Helloween, a cargo do ‘frontman’ e também tecladista Daniel Estrin. Completam a banda os jovens guitarristas Simone Dow e Scott Kay, e o baterista Mark Boeijen. Em pouco mais de quarenta e cinco minutos, despejaram técnica e empolgação contagiante, correspondida pelo público, e calcaram seu set no mais recente trabalho The Meaning Of I de 2011. Outro aspecto dessa banda foi a inclusão de covers inusitados no seu set list, em forma de ‘medley’ – começando pela ovacionada introdução de Highway To Hell to AC/DC (carinhosamente chamado pelos Australianos de “acca dacca”), seguida de Jump do Van Halen. Depois, mudaram de forma inesperada para Scatman (Ski-Ba-Bop-Ba-Dop-Bop), do falecido Scatman John, seguida dos temas de Ghostbusters (ao melhor estilo Xentrix) e Power Rangers (!)… O público saudou com “chifres duplos”e bangueou do mesmo jeito.

Por volta das 22h as luzes se apagam e sem anúncio nem frescura entrou no palco o Children of Bodom, descendo a pancada com Relentless Reckless Forever, do recente álbum de mesmo nome, imediatamente seguida de Are You Dead Yet. Na primeira interação com o público, o vocalista e malabarista da guitarra Alexi Laiho agradeceu a forte presença, disse que não dormia há dias por conta do fuso horário, e pediu constante participação do público por meio de rodas, “chifres” no ar e o que mais fosse possível.

A banda é de uma qualidade técnica notável, mas é nitidamente centrada no seu talentoso ‘frontman’, que realmente dá um show a parte: canta no meio do palco com o pé na caixa de retorno e a guitarra – alterna entre ESPs em “V” customizadas com as marcações dos trastes em lilás, ou em amarelo, fosforescentes – apoiada na perna na posição quase vertical. Uma combinação de performance e apresentação visual realmente únicas. Ele até caminha pelo palco, interage com os outros músicos – principalmente com o tecladista Janne Wirman – e até parece dar espaço aos mesmos, mas acaba ficando aquela impressão que é “ele e mais quatro” na banda…

Foram então despejando petardos de toda sua carreira, tais como Not My Funeral, Kissing The Shadows, Living Dead Beat e Roundtrip To Hell And Back, com o público correspondendo a altura e agitando como se fosse tudo uma música só – já que a banda não dava trégua.

Originária de Espoo, na Finlândia, a banda tem seu nome inspirado em assassinatos ocorrido no local Lago Bodom. E o interessante nome (que aqui na Austrália é pronunciado “bou-doum”) aparece em diversas músicas da banda aqui lembradas: a homônima Children Of Bodom – a primeira a relembrar os discos iniciais da banda, Bodom After Midnight e Bodom Beach Terror, intercaladas com Hate Me! – do magistral trabalho Follow The Reaper – e Shovel Knockout.

Único integrante da banda a conversar com o público, Alexi agradeceu pela empolgação, pediu mais “chifres duplos” e coro do público, colocou a guitarra na emblemática posição de novo e mandou In Your Face, Angels Don’t Kill, e voltounovamente aos primórdios ao tocar Downfall, do álbum Hatebreeder.

Outro aspecto interessante da banda é que ela flertou com diversos estilos de Metal extremo ao longo de sua carreira (Thrash Metal, Death Metal Melódico e Black Metal) mas, ao vivo, mesmo com um repertório não cronológico. Isso tudo soa de maneira muito uniforme e peculiar, como se estivéssemos ouvindo um único disco, tamanha a competência técnica dos caras.

Saíram do palco para um rápido intervalo e voltaram como se estivessem iniciando o show naquela hora, despejando Blooddrunk e a aguardada Hate Crew Deathroll… Sim, ficou o chamado “gostinho de quero mais”, já que a banda não tocou Needled 24/7, imortalizada no documentário “Metal – a Headbanger’s Journey” (2005)… Mas fica pra outra vez!

A conclusão é que a técnica apurada aliada a brutalidade ouvida nos discos funciona muito bem ao vivo, empolga o público, e deve garantir aos jovens dessa banda um futuro ainda mais brilhante. Sorte dos brasileiros, que também poderão ver “The Ugly World Tour 2011”, em show a ser realizado no dia 4 de dezembro (domingo), no Carioca Club (SP).

Set list:
Relentless Reckless Forever
Are You Dead Yet?
Not My Funeral
Kissing The Shadows
Living Dead Beat
Roundtrip to Hell and Back
Children Of Bodom / Deadnight Warrior
Hate Me!
Shovel Knockout
Bodom After Midnight
Bodom Beach Terror
In Your Face
Angels Don’t Kill
Downfall
Blooddrunk
Hate Crew Deathroll

Para informações do show no Brasil, clique AQUI.

 

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