Após várias indicações em anos anteriores, em 2017 finalmente Dave Mustaine conseguiu alcançar um grande objetivo de carreira, conquistar um Grammy Awards com seu Megadeth. O lendário grupo americano de thrash metal foi premiado na categoria “Melhor Performance de Metal” com a faixa-título de Dystopia. O álbum marcou a estreia de Kiko Loureiro e teve a bateria gravada por Chris Adler, do Lamb of God, que sempre foi fã confesso do Megadeth. Após as gravações, Adler caiu na estrada com o Megadeth, porém em meio a turnê, bem antes da premiação do Grammy, optou por deixar a banda e então passou as baquetas para o belga Dirk Verbeuren, então baterista do Soilwork. E foi com Verbeuren que o Megadeth compareceu à premiação.
Em parte da série “My 3 Questions to”, de Jonathan Montenegro, Adler foi perguntado sobre o motivo de não ter ido receber o prêmio com a banda. “A cerimônia em si, eu não participei. Essa foi uma decisão boa e mútua, pois Dave e eu concordamos que para Dirk sentir que ele era parte da banda e Dave apoiar isso, ele deveria estar lá. E eu não tive nenhum problema com isso”, admitiu. “Na verdade, fui eu quem recomendou Dirk para o cargo. Então eu achei ótimo. E eles foram legais o suficiente para me enviar o meu próprio (troféu) com o meu nome. Então é uma coisa boa o tempo todo. Claramente, fiquei muito feliz com isso”, disse Adler, mostrando que não havia motivos para ressentimentos.
Há dois anos, em entrevista ao Saint Vitus Bar, Adler relembrou o quão especial foi o momento em que ele foi convidado para tocar em sua banda favorita. “Estou em L.A., estou gravando a bateria (para o álbum VII: Sturm Und Drang, do Lamb of God). Estávamos em turnê em 2005 com o Megadeth. E recebi uma ligação bem cedo na manhã – tipo, seis da manhã. E era o (antigo) técnico de guitarra de Dave Mustaine, um cara chamado Willie G., com quem me tornei um bom amigo ao longo da turnê; um cara legal. E Willie, disse, ‘Ei, seu telefone vai tocar em cerca de cinco minutos, e você deve respondê-lo’. E eu fiquei, tipo, ‘Ok, claro.’. E o telefone toca em cinco minutos, e é Dave. E Dave disse, ‘Ei, gostei da turnê com você. (Rolavam) Boas conversas de vez em quando’. Ele não é um cara particularmente sociável em turnê, mas nós saímos algumas vezes para tomar café da manhã ou algo assim. ‘Eu realmente gostaria de voltar e fazer um álbum bem doentio de thrash, e estou interessado em ter você fazendo parte disso, se você quiser’. E foi um momento tipo ‘câmera escondida’. ‘Está rolando alguma coisa?’. Realmente, foi a banda que mudou minha vida, e agora estou em uma ligação que está prestes a mudar minha vida novamente”.
Desde 2020, Chris Adler, que atualmente não toca mais no Lamb of God, tem lançado regularmente uma série de singles com sua nova banda, Firstborne, que, curiosamente, conta com James LoMenzo, do próprio Megadeth, no baixo.