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Conheça e ouça as bandas que tocarão no Summer Breeze Brasil em 2023

Nos dias 29 e 30 de abril de 2022, acontece a primeira edição do Summer Breeze Brasil. Esta é a primeira vez que um grande festival europeu de rock e heavy metal desembarca no Brasil trazendo toda a excelência e grandiosidade de uma marca como a do Summer Breeze Open Air, construídas em 25 anos de existência.  

Bandas tarimbadas como Blind GuardianLamb of GodParkway DriveTestament, KreatorStone Temple Pilots, AvantasiaStratovariusSkid Row, Napalm DeathAcceptGrave DiggerSepulturaKrisiunThe Winery Dogs, H.E.A.T. e Vixen se juntam a vários outros nomes ilustres, além de uma homenagem ao maestro e eterno ídolo do metal no Brasil Andre Matos, feita pelas bandas em que o vocalista atuou, ViperShaman Angra – essa representada por Rafael Bittencourt e Felipe Andreoli.

Os ingressos estão à venda e você pode adquirir o seu em www.ticket360.com.br

Acesse www.summerbreezebrasil.com 

Para lhe deixar preparado para o festival, montamos uma playlist com as mais de 30 bandas que marcarão presença no Summer Breeze Brasil. Confira: 

 

BLIND GUARDIAN

Oito anos após a última vinda, o grupo alemão Blind Guardian retornará ao Brasil em grande estilo, com a produção de palco completa, para apresentar aos fãs no “Summer Breeze” os clássicos e faixas de sua mais nova obra, The God Machine (2022), que marcou o retorno do grupo alemão ao seu metal característico.

No início, ainda como Lucifer’s Heritage, o grupo praticava um som cru, pesado e agressivo, mesclando power, speed e thrash metal. Após os álbuns “Battalions of Fear” (1988), “Tales from the Twilight World” (1990) e “Somewhere Far Beyond” (1992), o sucesso veio com “Imaginations from the Other Side (1995). “Demos um grande passo ao apresentar músicas de certa forma agressivas, mas explorando ainda mais os elementos melodiosos. Não importa qual música do ‘Imaginations from the Other Side’ que toquemos ao vivo, elas sempre serão bem recebidas”, ressaltou o vocalista Hansi Kürsch.

 

PARKWAY DRIVE

Se antes formações como AC/DC, Rose Tattoo, INXS, Midnight Oil, Silverchair, Deströyer 666, entre outras, representavam o rock australiano, mais recentemente o cenário vem destacando nomes como Airbourne, Wolfmother, Hands Like Houses e Parkway Drive, que atualmente divulga o álbum “Darker Still” (2022). Com sete álbuns completos, um EP, dois DVDs, diversos videoclipes, um split e até um livro, “Ten Years of Parkway Drive”, o grupo surgiu em 2002 na cidade de Byron Bay. Assim, Winston McCall (vocal), Jeff Ling e Luke “Pig” Kilpatrick (guitarras), Jia “Pie” O’Connor (baixo) e Ben “Gaz” Gordon (bateria) farão um show especial como um dos headliners do “Summer Breeze”.

Globalmente elogiado por seu poderoso show, o Parkway Drive participa há tempos com destaque dos maiores festivais do mundo e foi a atração principal do Wacken Open Air, Summer Breeze, Bloodstock, Resurrection e Hellfest, além de constar no cast de dezenas de outros importantes eventos pelo mundo, incluindo Welcome to Rockville (EUA), Aftershock (EUA), Carolina Rebellion (EUA), Rock Am Ring (ALE), Rock Im Park (ALE) e Download Festival (ING). Agora é a vez de o grupo provar o seu valor na edição brasileira do “Summer Breeze”. Alguém duvida que será um grande show?

 

LAMB OF GOD

O grupo americano Lamb of God fará a sua quinta passagem pelo Brasil no “Summer Breeze”. Randy Blythe (vocal), Mark Morton e Willie Adler (guitarras), John Campbell (baixo) e Art Cruz (bateria, Winds of Plague) atualmente promovem o álbum “Omens” (2022), que destacou participações de Jamey Jasta (Hatebreed) em “Poison Dream” e Chuck Billy (Testament) em “Routes”. Criado em 1990 na cidade de Richmond/Virgínia (EUA) ainda com o nome Burn The Priest, com o qual lançou um álbum homônimo em 1999, o grupo estreou ao vivo em fevereiro de 1995. 

Os mais recentes trabalhos, “Lamb of God” (2020) e “Omens” (2022), seguem mantendo o Lamb of God numa posição de destaque. “Quando tocamos uma música nova ao vivo e ela se sai bem, tenho a certeza de que as pessoas gostaram. Não me importo com a opinião dos outros, mas se a música não funcionar ao vivo eu coloco outra no lugar. A gente começou esta banda porque queria fazer música, não para impressionar as pessoas ou algo assim. Acho que todas as bandas de verdade começam assim. Se alguém começa uma banda porque quer ser um rockstar, ter vários fãs ou ser famoso está fazendo pelas razões erradas”, conclui o vocalista.

 

STONE TEMPLE PILOTS

Sinônimo de rock dos anos 90, o grupo americano Stone Temple Pilots conta atualmente com Jeff Gutt (vocal), Dean DeLeo (guitarra), Robert DeLeo (baixo) e Eric Kretz (bateria). A banda, que virá ao Brasil pela quarta vez e será um dos headliners do “Summer Breeze”, promove o álbum “Perdida” (2020). Criado na cidade de San Diego, que costuma revelar grandes nomes do cenário rock’n’roll desde os anos 60 com Iron Butterfly, passando pelo Ratt na década de 80 e As I Lay Dying nos anos 2000, o Stone Temple Pilots foi criado no final dos anos 80 como Mighty Joe Young, praticando um estilo que tinha um lado funky aflorado. Com o som adotado no debut “Core” (1992), a banda agradou em cheio aos fãs de Pearl Jam, Mother Love Bone e Alice in Chains, que faziam parte da cena de Seattle.

Em seus shows, o STP, que fez muito sucesso com o vocalista Scott Weiland e que posteriormente contou também com o frontman Chester Bennington (Linkin Park) – ambos já falecidos -, costuma apresentar músicas como “Plush”, “Vasoline”, “Down”, “Wicked Garden”, “Big Empty”, “Interstate Love Song”, “Crackerman”, “Dead & Bloated”, “Trippin’ on a Hole in a Paper Heart” e “Sex Type Thing”.

 

AVANTASIA

O audacioso projeto Avantasia, capitaneado pelo vocalista do grupo alemão Edguy, Tobias Sammet, teve início em 2000 – o nome veio da junção de “Avalon” e “fantasia”. Sempre contando com convidados especiais, estreou com as duas partes de “The Metal Opera”, lançadas em 2001 e 2002, que se tornaram grande sucesso mundial. 

“A Paranormal Evening with the Moonflower Society”, mais recente trabalho do Avantasia, é um projeto ambicioso que se tornou realidade através da mente, criatividade e empenho de Tobias Sammet, que se apresentará no Brasil ao lado de Sascha Paeth (guitarra), Andre Neygenfind (baixo), Felix Bohnke (bateria), Miro (teclado) e, claro, vários vocalistas convidados, entre eles Bob Catley, Eric Martin, Ralf Scheepers, Herbie Langhans, Adrienne Cowan, Ina Morgan e Oliver Hartmann.

 

KREATOR

Contando atualmente com os fundadores Mille Petrozza (vocal e guitarra) e Jürgen “Ventor” Reil (bateria), além de Sami Yli-Sirniö (guitarra solo) e Frédéric Leclercq (baixo), o Kreator, um dos pioneiros do thrash metal, retorna ao Brasil para promover o seu 15º álbum de estúdio, “Hate Über Alles” (2022). Apontado como o mais completo da carreira, engloba diversos momentos da musicalidade da banda, criada em 1982 em um dos templos do thrash alemão, a cidade de Essen. Mais que uma referência, o Kreator, que inicialmente adotou nomes como Metal Militia, Tyrant e Tormentor, ajudou a pavimentar o terreno para o metal extremo e, não por acaso, é citado como influência para formações de death e black metal espalhados pelo mundo, inclusive para o Sepultura. 

Promover “Hate Über Alles” no “Summer Breeze” significa para o Kreator voltar a ver os fãs brasileiros, algo que Mille & Cia. nunca deixaram de exaltar, tanto que 17 faixas do ao vivo “Live Kreation” (2003) foram registradas em São Paulo, a 1º de setembro de 2002. “Nossos mais ardorosos fãs são os brasileiros. (…) Veja, é bem legal ter fãs no mundo todo, mas os brasileiros estão acima, pois têm um entusiasmo dobrado e gritam bem alto. As pessoas aí são selvagens, no bom sentido, e apreciam música. Não são modistas, gostam mesmo das bandas de metal”, diz Mille Petrozza.

 

THE WINERY DOGS

Quase dez anos depois da primeira aparição do The Winery Dogs no Brasil, o supergrupo formado por Richie Kotzen (vocal e guitarra, ex-Mr. Big, Poison e Stanley Clarke), Billy Sheehan (baixo, ex-Mr. Big, David Lee Roth e Talas) e Mike Portnoy (Sons of Apollo, Transatlantic, Liquid Tension Experiment, ex-Dream Theater e outros) retornará para uma apresentação no “Summer Breeze”. 

O trio lançou seu primeiro disco, autointitulado, em 2013, trazendo uma pegada mais crua e próxima do classic rock, mas mantendo o talento e a criatividade dos músicos em evidência. A turnê rendeu um álbum ao vivo, “Unleashed in Japan 2013” (2013), mas havia grande expectativa para o segundo álbum de estúdio. “Hot Streak”, lançado em 2015, pareceu mostrar que o trio tinha vindo para ficar. Mais entrosados após mais de cem shows ao redor do mundo, apresentou uma musicalidade de alto nível. Em 2017, saiu mais um ao vivo, “Dog Years: Live in Santiago & Beyond 2013-2016”. O trio deu uma pausa nas atividades em abril de 2017 e retornou para uma turnê pelos EUA em 2019. Recentemente, o grupo informou que já está trabalhando em seu novo álbum de estúdio, que será lançado em 2023. Os músicos estão sedentos para voltar aos palcos e o “Summer Breeze” será perfeito para isto.

 

ACCEPT

A banda alemã Accept tem diversos trunfos em sua extensa carreira, iniciada ainda em meados da década de 70. Um deles, incontestavelmente, é a qualidade de suas apresentações. Em todas as passagens pelo Brasil, o grupo entregou o que promete e que os fãs esperavam. Assim, ver o Accept se torna uma experiência marcante e é o que o grupo, atualmente formado por Mark Tornillo (vocal), Wolf Hoffmann, Uwe Lulis e Philip Shouse (guitarras), Martin Motnik (baixo) e Christopher Williams (bateria), vai mostrar no “Summer Breeze”. Promovendo o álbum “Too Mean to Die” (2021), 16º de sua discografia, o grupo de Solingen fez a sua estreia em 1979 com o álbum “Accept”. Porém, foi a partir de seu terceiro trabalho, “Breaker” (1981), que começou a cunhar clássicos absolutos do heavy metal. “Em ‘I’m The Rebel’ (1980) ainda buscávamos um estilo próprio, mas foi com ‘Breaker’ que o som e o estilo do Accept nasceram”, afirmou o agora ex-vocalista da banda, Udo Dirkschneider. 

Em fevereiro de 2022, o Accept anunciou que havia assinado um contrato mundial com a Napalm Records e, meses depois, Hoffmann anunciou que a banda havia começado a trabalhar em novo material para o sucessor de “Too Mean to Die” (2021). Sim, eles ainda têm muito fôlego e criatividade. “Sei que existe uma parcela dos fãs que só quer ouvir principalmente o material antigo. No nosso caso, no entanto, penso que fizemos o impossível: não apenas conseguimos competir com o passado, ou com nossos dias de glória, como muitas vezes conseguimos superá-lo desde que voltamos”, concluiu Hoffmann.

 

STRATOVARIUS

Existem certas bandas da cena do heavy metal que caem no gosto dos brasileiros, como a inglesa Iron Maiden, a alemã Helloween e a finlandesa Stratovarius, formada atualmente por Timo Kotipelto (vocal), Matias Kupiainen (guitarra), Lauri Porra (baixo), Rolf Pilve (bateria) e Jens Johansson (teclado), que promovem o mais recente álbum, “Survive” (2022). Fundada em 1984 por músicos da região de Helsinque – o baterista e vocalista Tuomo Lassila, o baixistaJohn Vihervã e o guitarrista Staffan Strahlman –, sob o nome Black Water, a banda consolidou-se no ano seguinte, quando ocorreu a chegada do guitarrista e vocalista Timo Tolkki e a mudança de nome para Stratovarius, uma junção de Stratocaster e Stradivarius. Os primeiros trabalhos, “Fright Night” (1989), “Twilight Time” (1992) e “Dreamspace” (1994), não obtiveram reconhecimento mundial, mas quando Tolkki decidiu que seus dias como vocalista tinham chegado ao fim, Timo Kotipelto assumiu o posto de ‘frontman’. Assim, o Stratovarius começou a decolar.

Em 2000, saiu “Infinity”, também muito bem recebido pelos fãs. Os lançamentos seguintes, “Elements Part 1 e 2” (2003), vieram em um período de incertezas e problemas internos, especialmente com Timo Tolkki, que estava psicologicamente abalado. Os anos de 2004 e 2005 foram turbulentos para o grupo, que inclusive chegou a anunciar o seu fim. Mas o período de desentendimentos e separações deu lugar à conciliação e o Stratovarius deu a volta por cima com o sólido álbum auto-intitulado, lançado em 2005. O material foi seguido por uma turnê que passou por vários lugares do mundo, inclusive o retorno ao Brasil, onde registrou um DVD gravado em São Paulo (SP). Em maio de 2008, Tolkki cedeu os direitos do nome e a banda seguiu com Timo Kotipelto, Jens Johansson e Jörg Michael. Contando com Matias Kupiainen no posto de Tolkki saiu “Polaris” (2009), seguido por “Elysium” (2011), que conquistou a primeira posição nas paradas da Finlândia, algo que não ocorria desde “Infinite”. Como a fase era boa e promissora, veio o ao vivo “Under Flaming Winter Skies – Live in Tampere” (2012), último trabalho com Jörg Michael, substituído por Rolf Pilve, que estreou com “Nemesis” (2013) e seguiu em “Eternal” (2015).

 

TESTAMENT

A sexta passagem da banda americana de thrash metal Testament pelo Brasil terá um atrativo a mais, pois a participação no Summer Breeze contará com a presença do baterista Dave Lombardo (ex-Slayer), que retornou para o grupo no posto que era ocupado por Gene Hoglan. Atualmente promovendo o álbum “Titans of Creation” (2020), Chuck Billy (vocal), Eric Peterson e Alex Skolnick (guitarras), Steve Di Giorgio (baixo) e Lombardo mostrarão por que o Testament é considerado uma das maiores lendas do thrash metal em todos os tempos. 

Com treze álbuns de estúdio, coletâneas e diversos EPs, o Testament surgiu em meados de 1983 na Bay Area de São Francisco, ainda sob o nome Legacy, lançado a Demo-Tape, “Demo: 1”, em 1985. A impressão foi das melhores, mas em 1986 o vocalista Steve “Zetro” Souza seguiu carreira com o Exodus em substituição ao saudoso Paul Ballof. Com isso, o Legacy passou a adotar o nome Testament, iniciando os trabalhos para o disco de estreia, “The Legacy”, com o vocalista Chuck Billy. Em seus shows, o Testament costuma apresentar faixas mais recentes e os grandes clássicos, como “Into the Pit”, “Practice What You Preach”, “The New Order”, “Electric Crown”, “First Strike Is Deadly” e “Over the Wall”.

 

MARC MARTEL

O canadense Marc Martel impressionou o mundo ao cantar clássicos do Queen como se fosse uma reencarnação de Freedie Mercury. Heresia? Longe disso, pois muito antes de seus vídeos no YouTube se tornarem virais, gerando uma aparição no “The Ellen DeGeneres Show” e uma apresentação com os membros sobreviventes do Queen no “American Idol”, o artista iniciou sua carreira em 1999 com a banda de rock Downhere, com direito a turnês em vans apertadas pelas estradas da América do Norte. “Quando eu era do Downhere fazia de tudo para não parecer com Freddie Mercury, mas era inevitável: muitas pessoas me comparavam com ele e senti que estava até prejudicando o grupo”, lembra Martel.

Ser chamado de a “reencarnação de Freddie Mercury” não é pouco e o canadense voltará ao Brasil prometendo emocionar os fãs de Queen no “Summer Breeze”. No espetáculo “One Vision Of Queen”, apresenta alguns dos hinos do rock mais icônicos de todos os tempos com um estilo de performance teatral e produção de arregalar os olhos. O show traz os maiores sucessos do Queen, como “Bohemian Rhapsody”, “We Will Rock You”, “We Are The Champions”, “Another One Bites The Dust”, “Under Pressure”, “Somebody To Love” e “Crazy Little Thing Called Love”, entre outros. Sim, é de tirar o fôlego.

 

SKID ROW

Por mais que seguisse firme na estrada, até muito pouco tempo atrás o Skid Row sofria com a falta de seu ex-vocalista, Sebastian Bach. Foram diversas tentativas de um recomeço com substitutos para voltar ao estrelato que obteve no final dos anos 80 até meados da década de 90. Do saudoso Johnny Solinger passando por Tony Harnell (TNT) até ZP Theart (Tank, Dragonforce). Nem o fã mais otimista poderia pensar que a banda americana de hard rock voltaria aos holofotes. Porém, a entrada do sueco Erik Grönwall (ex-H.E.A.T) mudou completamente o panorama.

Ainda é cedo para constatar se “The Gang’s All Here”, novo álbum da banda, já incluído em diversas listas dentre os melhores álbuns de 2022, irá rivalizar com obras definitivas e clássicos do hard rock como “Skid Row” (1989) e “Slave to the Grind” (1991). No entanto, alterou o patamar, animou os velhos seguidores e vem atraindo a atenção de novos fãs. Se você é fã, não se preocupe. O repertório dos shows ainda traz os grandes clássicos, como “18 and Life”, “Piece of Me”, “I Remember You”, “Youth Gone Wild”, “Monkey Business”, “Slave to the Grind”, “The Threat”, “In a Darkened Room”, “Riot Act” e outros. A reestreia de uma banda que era gigantesca e promete reconquistar seu espaço no Brasil está marcada para abril de 2023 no “Summer Breeze”. Aguarde para ver Erik Grönwall (vocal), Dave “Snake” Sabo e Scotti Hill (guitarras), Rachel Bolan (baixo) e Rob Hammersmith (bateria) em ação.

 

GRAVE DIGGER

A ligação da banda alemã de heavy metal Grave Digger com os fãs brasileiros data ainda da década de 80, quando seus dois primeiros álbuns, os hoje clássicos do heavy metal “Heavy Metal Breakdown” (1984) e “Witch Hunter” (1985), foram lançados em vinil pela Woodstock Discos. Caminhando para abril de 1997, enfim o vocalista e fundador Chris Boltendahl & Cia. aportaram para apresentações no Brasil. Desde então, realizam shows com frequência para os fãs brasileiros. A interação é tanta que a banda chegou a gravar um DVD/CD duplo ao vivo em São Paulo quando se apresentou, em 7 de maio de 2005, no extinto DirecTV Music Hall (Palace) durante a “The Last Supper World Tour”.

Com seu mais recente álbum, “Symbol of Eternity”, o grupo, formado atualmente por Chris Boltendahl (vocal), Axel Ritt (guitarra), Jens Becker (baixo e teclados) e Marcus Kniep (bateria), retornou ao mundo dos cavaleiros templários que bem retratou em “Knights of the Cross” (1988). Até o momento são 21 discos de estúdio e diversos outros clássicos, como os épicos “Tunes of War” (1996), “Knights of the Cross” (1998) e “Excalibur” (1999), por exemplo. No entanto, o grupo teve seus momentos de baixa na trajetória, especialmente após “Witch Hunter” (1985) e “War Games” (1986), quando adotou o nome Digger e partiu para o hard rock mais comercial com “Stronger Than Ever”. Isto ocasionou um hiato que foi quebrado em grande estilo com o retorno em “The Reaper” (1993), seguido por “Heart of Darkness” (1995).

 

H.E.A.T

Criado em 2007 na cidade de Upplands Väsby e baseando sua musicalidade no hard, AOR e melodic rock, o grupo sueco H.E.A.T fará a sua estreia em solo brasileiro. Voltando a contar com quase todos os integrantes originais – Kenny Leckremo (vocal), Dave Dalone (guitarra), Jimmy Jay (baixo), Don Crash (bateria) e Jona Tee (teclado) –, o grupo atualmente promove o álbum “Force Majeure” (2022), seu sétimo de estúdio. O vocalista Kenny Leckremo, que registrou os dois primeiros álbuns, “H.E.A.T” (2008) e “Freedom Rock” (2010), havia deixado a banda em sua fase de maior expansão, já que em 2009 tocara no “Melodifestivalen”, a qualificação sueca para o festival Eurovision, chegando à rodada final com a música “1000 Miles”. Naquela fase, inclusive, o H.E.A.T realizou uma turnê com a banda solo do saudoso Andre Matos na Europa. 

Quando Leckremo saiu, o grupo partiu em busca de um substituto. Assim, em 21 de agosto daquele ano, confirmou a entrada de Erik Grönwall – hoje no Skid Row -, vencedor da versão sueca do talent show “Ídolos” e tido como um grande astro na Suécia. Gröwnall gravou quatro álbuns com a banda, que, na pandemia, teve que cancelar datas no Japão e, posteriormente, também no Reino Unido e em toda a Europa. Depois disso, o H.E.A.T pegou todos de surpresa com o anúncio da saída de Erik Grönwall, que vinha passando por problemas de saúde e deixou a banda em comum acordo durante o seu tratamento para leucemia. Então, em 30 de outubro de 2020, veio o anúncio de que Kenny Leckremo seria o substituto de Grönwall. Leckremo fez a sua reestreia com “Force Majeure”, lançado em 2022.

 

BENEDICTION

Com o mais recente álbum em mãos, “Scriptures”, o grupo inglês Benediction, formado atualmente por Dave Ingram (vocal), Peter Rew e Darren ‘Daz’ Brookes (guitarras), Dan Bate (baixo, Monument, ex-Omicida) e Giovanni Durst (bateria, Monument, ex-White Wizzard), segue entregando músicas com a mesma pegada que tornou o death metal um gênero proeminente na década de 90. Criado no início de 1989 das cinzas de Stillborn, primeira formação trazia Barney Greenway (vocal), Brookes e Rew (guitarra), Paul Adams (baixo) e Ian Treacy (bateria), músicos que registraram a demo “The Dreams You Dread”, hoje um clássico no mundo do death metal. Barney continuou a trabalhar com o Napalm Death, o que conflitou com agenda do Benediction. O vocalista decidiu deixar o grupo. Um encontro casual no Costermongers Pub, em Birmingham, entre Dave Ingram e Peter Rew reudeu uma audição para o cantor, que ficou com a vaga e estreou em “The Grand Leveller”, de 1991.

Depois de vários anos lutando no underground e uma formação estável, vieram “Transcend the Rubicon” (1993) e o não tão violento “The Dreams You Dread” (1995), culminando com o ápice em “Grind Bastard” (1998). Porém, este acabou sendo o último com Dave Ingram, que saiu por motivos pessoais. Assim, a banda trouxe Dave Hunt, que estreou em “Organised Chaos” (2001). Porém, após “Killing Music” (2008) o Benediction só voltou a lançar um álbum em 2020, com “Scriptures”, que marcou o retorno de Dave Ingram aos vocais.

 

SEPULTURA

Essa dispensa apresentações. Depois de dois anos de pandemia, o álbum “Quadra”, lançado em 7 de fevereiro de 2020, pode viajar pelo Brasil e pelo mundo para ser apresentado ao vivo pelo Sepultura. O disco “Quadra” foi inspirado no antecessor “Machine Messiah”, lançado em 2017, considerado um disco diferente na história do Sepultura, com o uso de elementos inusitados. O guitarrista Andreas Kisser pontua que “Quadra” é a consequência do crescimento do Sepultura como banda e que esse álbum permitiu explorar novas possibilidades. “O lado A é mais tradicional, thrash metal, que representa o discurso do Sepultura, mas com elementos novos; o B é mais percussivo, com ritmos brasileiros; o C vai um pouco mais além com o violão, tem o instrumental como característica geral; e o D é aquela coisa mais ‘groovada’, lenta, com melodia”, explica.

Em 2021, o Sepultura lançou o álbum “SepulQuarta”, nascido a partir de um quadro semanal criado pela banda em seu canal do YouTube. A banda tinha encontro marcado com os fãs e trazia convidados especiais a cada quarta-feira para bate-papos e jam sessions virtuais. Em “SepulQuarta”, o grupo, que já soma mais de 35 anos de estrada, revisitou seu repertório clássico, mas também tocou músicas que não costumam figurar em setlists. Tudo isso foi feito contando com participações especiais de nomes como João Barone (Os Paralamas do Sucesso), Matt Heavy (Trivium) e Scott Ian (Anthrax), entre outros. Apesar da turnê focada em “Quadra”, Andreas garante surpresas: “Vamos tocar também músicas mais antigas que fazem parte da nossa carreira”.

 

PERTURBATOR

O nome James Kent pode não ser conhecido, mas seu nome artístico, Perturbator, sim. Kent é um músico francês de synthwave que começou tocando guitarra em bandas de black metal. Porém, desde 2012, produz música eletrônica inspirada na cultura cyberpunk e em filmes como Akira, Ghost in the Shell e The Running Man. “Eu amo que a música seja, de certa forma, como uma pequena história, em que dentro de uma faixa você tem altos e baixos diferentes”, afirmou Kent, que usa uma variedade de sintetizadores de software em suas produções, como os emuladores de sintetizadores antigos como o OB-X ou o CS-80.

“É meio difícil colocar um nome ou como um nome de gênero para isso”, observa Kent sobre o estilo do Perturbator. “Basicamente, se tornou uma mistura das influências que tenho, sejam trilhas sonoras, música eletrônica, música gótica, música ambiente, muito industrial e outras. É como um caldeirão de tudo isso. Não é experimental a ponto de ser difícil de digerir.” Se prepare para sentir novas emoções ao vivo com Perturbator e o baterista Dylan (Hyard) no palco, pois eles estão conseguindo colocar até os mais carrancudos fãs de metal para dançar. “O público do Perturbator é basicamente um monte de fãs de rock e metal, então faz sentido eu tocar nesses festivais”, refletiu Kent em entrevista à Kerrang sobre shows no Hellfest, Download, Roadburn, Rock Am Ring e outros. Some agora nessa lista o “Summer Breeze” no Brasil.

 

BURY TOMORROW

Com seis álbuns lançados e já preparando “The Seventh Sun” para 2023, o Bury Tomorrow é sinônimo de metalcore de qualidade na Inglaterra. Com “Black Flame”, de 2018, que o sexteto hoje formado por Daniel Winter-Bates (vocal), Kristan Dawson (guitarra solo), Ed Hartwell (guitarra), Davyd Winter-Bates (baixo), Adam Jackson (bateria) e Tom Prendergast (teclado e vocal) obteve a confirmação de era uma formação consolidada. Este foi o terceiro trabalho consecutivo no Top 40 do Reino Unido.

A banda foi formada em 2006 em Hampshire (ING) e, embora alguns descrentes achassem que o metalcore não revelaria mais nada de impacto, o Bury Tomorrow provou que estavam errados. O metalcore ainda era relevante. O novo álbum, “The Seventh Sun”, vem sendo descrito como “uma prova dos laços e da crença necessários para moldar uma nova realidade, um novo som e um novo futuro” para os ingleses. Se os singles independentes “Death (Ever Colder)” e “Life (Paradise Denied)”, lançados com pouco mais de um mês de diferença no início de 2022, deram um primeiro vislumbre do que estava por vir, “The Seventh Sun” equivale à gloriosa chegada a um destino nesta nova era. Também não é o destino final do Bury Tomorrow, mas encarna seu presente revivido, enquanto oferece mais elementos de um futuro não escrito.

 

APOCALYPTICA

Diversidade musical é um dos elementos-chave do “Summer Breeze”. Assim, a presença do Apocalyptica mostra outro lado da moeda. Muitas bandas de heavy metal ficam famosas por adicionar elementos sinfônicos em sua musicalidade, enquanto os finlandeses fizeram o inverso. Moldaram a carreira adicionando o metal em seus violoncelos, além de trazer novas roupagens para clássicos do estilo. Após obter sucesso regravando clássicos de bandas como Metallica, Sepultura e Faith no More e outras em seus álbuns “Plays Metallica by Four Cellos” (1996) e “Inquisition Symphony” (1998), o quarteto de violoncelistas apresentou em seu terceiro trabalho, “Cult” (2000), onze faixas autorais e, para manter a tradição, três versões, sendo duas do Metallica. Este foi o último de Max Lilja ao lado de Eicca Toppinen, Paavo Lötjönen e Perttu Kivilaakso. “Reflections” (2003) foi o primeiro dos finlandeses somente com músicas próprias.

Atualmente, os finlandeses promovem “Cell-0” (2020), o primeiro totalmente instrumental desde “Reflections”. Você já se imaginou agitando, batendo cabeça ao som de violoncelos? Pois bem, a experiência de ver o Apocalyptica causa esse impacto.

 

EVERGREY

“O Brasil é sempre maravilhoso! Não podemos mais esperar para voltar, tocar para uma plateia incrível, beber caipirinhas (risos)… Houve uma vez em que estivemos aí que nós mesmos compramos uma garrafa de cachaça e fizemos nossa própria caipirinha na piscina. Depois fomos jogar futebol com uns brasileiros, comemos churrasco…”. O depoimento é de Tom S. Englund, líder, vocalista, guitarrista e compositor da banda sueca Evergrey, que veio ao Brasil pela primeira vez em 2005 e atualmente é completada por Henrik Danhage (guitarra), Johan Niemann (baixo), Jonas Ekdahl (bateria) e Rikard Zander (teclado).

O grupo de prog metal de Gotemburgo divulga seu 13º álbum de estúdio, “A Heartless Portrait (The Orphean Testament)” (2022), sucessor de “Escape of the Phoenix” (2021), gravado durante a pandemia e o isolamento social. Estilística e musicalmente, o Evergrey tem um som obscuro, com melodias melancólicas, interpretações emocionais, muito peso e trabalhando a técnica em favor da música. Um ponto interessante é que o “Summer Breeze” homenageará o saudoso Andre Matos, que tinha o álbum “Recreation Day” do Evergrey como um de seus preferidos.

 

FINNTROLL

Na ativa desde 1997, os finlandeses do Finntroll retornam ao Brasil para mostrar sua sonoridade única, que vai do folk metal ao black metal, algo que enriquece a cena que tem por característica o uso de elementos folclóricos. Acostumados a encarar grandes públicos, Mathias “Vreth” Lillmåns (vocal), Samuli “Skrymer” Ponsimaa e Mikael “Routa” Karlbom (guitarras), Sami “Tundra” Uusitalo (baixo), Heikki “Mörkö” Saari (bateria), Aleksi Virta (teclado) prometem um grande show no “Summer Breeze”.

Com o debut “Midnattens Widunder” (1999), apresentou sua mescla de black metal com música folk, englobando ainda elementos de power metal, thrash, death, doom e o que mais vier à mente de Henri “Trollhorn” Sorvali (Moonsorrow), tecladista, guitarrista e principal compositor, que atualmente atua somente em estúdio. “Vredesvävd” (2020), até então o último de estúdio, pode ter levado muito tempo para ser lançado, mas manteve o nome Finntroll em evidência. “Este álbum poderia ser considerado como uma ponte entre o que foi feito entre ‘Jaktens Tid’ (2001) e ‘Nifelvind’ (2010). Buscamos aquela aura do black metal do início dos anos 2000, mesclado com muito folk”, afirma Vreth.

 

BITTENCOURT PROJECT

O Bittencourt Project é o projeto de Rafael Bittencourt, fundador e guitarrista da mundialmente renomada banda de power metal Angra. O projeto, no entanto, é mais rock do que heavy metal, fundindo diferentes vertentes do rock com a música brasileira, música clássica e outros estilos de uma maneira original. Assim, consegue agradar uma boa parte dos fãs do Angra, mas também seguidores de outras tendências, facilitando sua inclusão em circuitos e projetos culturais. Ao longo dos anos, Bittencourt vinha colecionando ideias consideradas “especiais” e composições que não se enquadram no formato de sua banda principal. Em 2008, com a ajuda de amigos músicos veio a oportunidade de gravar algumas delas e assim nasceu “Brainworms I”. 

O debut do grupo mostra um lado mais autobiográfico de Bittencourt, de maneira mais livre e sem as molduras do power metal melódico, sinfônico e prog do Angra. Com forte influência do rock progressivo de Pink Floyd, Rush e Genesis, o Bittencourt Project propõe a mescla com a música regional brasileira, música erudita, ritmos latinos e Raul Seixas, um de seus grandes heróis na música. Rafael hoje apresenta o podcast Amplifica nos Estúdios Flow, no qual toca, se diverte e conversa com diversas personalidades. Com foco nas fusões musicais, ele segue o que faz desde a ideia inicial do Angra, que é mostrar ao público que tudo é possível dentro da música.

 

BEAST IN BLACK

Após deixar o Battle Beast, o guitarrista finlandês Anton Kabanen criou o Beast in Black em 2015. O grupo, que se apresentou como suporte ao Nightwish e obteve boa receptividade do público brasileiro, retornará para o “Summer Breeze” ainda promovendo seu terceiro álbum, “Dark Connection” (2021). Formado por Yannis Papadopoulos (vocal), Anton Kabanen e Kasperi Heikkinen (guitarras), Mate Molnar (baixo) e Atte Palokangas (bateria), o grupo mescla elementos de power metal, hard rock, AOR e metal tradicional, envolto em uma temática inspirada no mangá Berserk, escrita e ilustrada pelo saudoso Kentaro Miura, e jogos de RPG. O próprio disco de estreia, “Berserker” (2017), entrega a referência. 

Sobre a variedade de estilos, Kabanen enfatiza: “Muitas pessoas vão dizer que deveríamos simplesmente ‘tocar metal’, isso é arte. Não existe certo ou errado, é apenas arte. Tenho orgulho do que alcançamos em ‘Dark Connection’ e ainda mais quando converso com pessoas que compreendem e apreciam esse universo em que mergulhamos”. É, fazer versões de “Battle Hymn” (Manowar) e “They Don’t Care About Us” (Michael Jackson) numa mesma tacada realmente faz parte desta liberdade artística do Beast in Black.

 

PROJECT46

Há décadas o Brasil não presenciava a ascensão de uma banda pesada em sua cena. O Project46, formado por Caio Macbeserra (vocal), Jean Patton e Vini Castellari (guitarras), Baffo Neto (baixo) e Betto Cardoso (bateria), quebrou esse tabu ao se tornar a primeira banda desde o início dos anos 90 a ascender nacionalmente na cena pesada. E o fez através de anos de um árduo trabalho em equipe e de forma 100% independente. Refinando-se a cada álbum, os riffs modernos e ferozes dos guitarristas Jean Patton e Vini Castellari, combinados aos vocais explosivos do vocalista Caio MacBeserra, arredondados pelas grossas e vibrantes linhas de baixo de Baffo Neto somados ao estilo veloz, violento e de pegada regional do baterista Betto Cardoso, formam uma música extremamente pesada e de estética exuberante. Ao ser apreciada, transmite ferocidade e beleza, uma música visceral e altamente cativante que carrega mensagens claras e incitadoras construídas sob uma dinâmica moderna e com o passo da geração atual.

Escalado para o Summer Breeze, o Project46 é uma banda já experiente em grandes eventos. A combinação entre as músicas da banda, a grande habilidade e talento no manejo de seus instrumentos, somados ao carisma dentro e fora dos palcos, proporcionou o rápido crescimento de uma base de fãs frenética e devotada por todo o Brasil e na América do Sul.

 

CRYPTA

O quarteto brasileiro de death metal Crypta vem chamando a atenção dos fãs tanto por seu trabalho em estúdio, com o debut “Echoes of the Soul”, quanto ao vivo, com shows energéticos e empolgantes pelo mundo. E é justamente isso que Fernanda Lira (vocal e baixo), Tainá Bergamaschi (guitarra), Jessica Di Falchi (guitarra) e Luana Dameto (bateria) prometem mostrar no “Summer Breeze”. A banda foi criada em meados de maio de 2019 por Luana Dametto e Fernanda Lira, inicialmente com a intenção de que fosse apenas um projeto paralelo de death metal, algo diferente do que vinham fazendo em sua outra banda, Nervosa. 

Apresentada oficialmente ao público, a Crypta rapidamente assinou com a Napalm Records, além de um contrato de booking com a Napalm Events. A partir daí, finalizaram as primeiras canções e iniciaram a pré-produção do álbum de estreia. Em janeiro de 2021, se reuniram no Family Mob Studio (SP) para gravar o debut, “Echoes of the Soul”. O material foi gravado em três semanas por Otávio Rissato, com produção de Thiago Vakka (Fossilization, Jupiterian), mixagem de Arthur Rizk e masterização de Jens Bogren. Até 2023, a banda planeja estender a turnê de “Echoes Of The Soul” para vários lugares que ainda não foram visitados, e já começa a confirmar alguns importantes eventos, como a participação na primeira edição do “Summer Breeze”.

 

KRISIUN

O Krisiun, maior representante brasileiro do death metal no mundo, atualmente promove o seu 12º álbum de estúdio, “Mortem Solis”, lançado em julho de 2022 pela Century Media Records. Os irmãos Alex Camargo (vocal e baixo), Moyses Kolesne (guitarra) e Max Kolesne (bateria) já se apresentaram nos principais festivais pelo mundo, entre eles Rock in Rio, Wacken Open Air, Hellfest, Summer Breeze Open Air, Rock Castle, Rock Al Parque, Barge to Hell, Day of Decay, Milwaukee Metalfest, Rock Hard Festival, Metalfest, With Full Force, Obscene Extreme, entre muitos outros. O trio costuma rodar o mundo em suas extensas turnês e, com “Mortem Solis” (“Morte do Sol” em latim), não vem sendo diferente. Assim, uma das datas ocorrerá em abril de 2023, na primeira edição da versão brasileira do “Summer Breeze”.

Nem mesmo a pandemia foi capaz de barrar o ímpeto do trio, que retornou com “Mortem Solis” trazendo um som mais direto e visceral, soando, inclusive, mais sujo, bruto e agressivo. “A gente é ‘old school’, somos três irmãos latinos fazendo música feia e brutal, temos muita coisa que não se encaixa no padrão do sucesso e levamos isso tudo no peito”, sentenciou Moyses. É, talvez esse seja o segrego do trio, que promete mostrar toda a experiência de décadas de carreira no “Summer Breeze”.

 

LORD OF THE LOST

A banda alemã de dark rock, gothic e industrial metal, Lord of the Lost, é formada por Chris “The Lord” Harms (vocal, guitarra), Class Grenayde (baixo), Gared Dirge (teclado, sintetizador), Pi Stoffers (guitarra) e Niklas Kahl (bateria). Criada na cidade de Hamburgo em meados de 2007, inicialmente era um projeto solo de Chris Harms, multi-instrumentista, vocalista, produtor (Hammer Studios e Chameleon Studios) e engenheiro de áudio formado no Instituto SAE. Harms também compõe música para filmes, produz videoclipes e dá aulas de violoncelo. Em 1999, Harms formou sua primeira banda, Philiae, e saiu em 2004, quando ajudou a fundar o The Pleasures. Posteriormente, se juntou à banda electro Unterart e, paralelamente, iniciou o projeto solo Lord, que mais tarde se tornou Lord of the Lost. Enquanto trabalhava nas músicas iniciais e as publicava no MySpace, obteve receptividade positiva e percebeu que precisaria de uma banda completa para tocá-las ao vivo. Assim, recrutou outros músicos e amigos da cena musical de Hamburgo para formar a banda e começar a trabalhar no primeiro álbum, “Fears”, de 2010.

Atualmente, o Lord of the Lost divulga seu sétimo álbum, “Judas” (2021), mostrando uma musicalidade ampla, trabalhando em vários gêneros, incluindo o gothic, metal, dark, industrial, glam rock e música clássica. Chris Harms cita Rammstein, Nine Inch Nails, Marilyn Manson e Lady Gaga como alguns dos muitos artistas que escuta e é influenciado. Além de seus próprios projetos de banda, Harms também trabalha como produtor para vários outros artistas, como Joachim Witt, e esteve envolvido na composição, produção e instrumentação do álbum de Nino de Angelos. Na turnê de “Judas”, o grupo abriu para o Iron Maiden. Já tendo sida elogiada por Steve Harris, gravou uma versão de “Children of the Damned”, faixa do clássico “The Number of the Beast” (1982). Ao vivo, o Lord Of The Lost tem um show vibrante e performático e é isto que os fãs poderão ver no “Summer Breeze” no Brasil.

 

NAPALM DEATH 

Com o Venom, a Inglaterra, berço do heavy metal, estava começando a ter traços de que ficaria cada vez mais extrema. Assim, vindo de Birmingham, cidade que revelou os pilares da música pesada, Black Sabbath e Judas Priest, apareceu o Napalm Death. Pronto, a partir daí o mundo tomou conhecimento de um subgênero conhecido como grindcore. A ideia para o primeiro registro seria como um EP, gravado por Nick Bullen (vocal e baixo), Justin Broadrick (guitarra) e Mick Harris (bateria). Então, enquanto resolviam por qual selo seria lançado o material, houve a saída de Broadrick e depois de Bullen. A ideia era que a então iniciante Earache Records soltasse o material, mas Harris assumiu a responsabilidade de reestruturar o grupo. O escolhido foi Bill Steer, que depois faria história com o Carcass. Para os vocais, um velho amigo, Lee Dorian. Assim, o Lado B foi gravado e a junção dos dois registros fez surgir “Scum”. O segundo álbum, “From Enslavement To Obliteration” (1988), deu continuidade ao estilo apresentado no “lado B” de “Scum”. Porém, Harris recrutou o baixista Shane Embury e a nova formação surpreendeu.

Após a turnê, que passou até pelo Japão, Bill Steer passou a se concentrar somente com o Carcass e o vocalista Lee Dorrian montou o Cathedral. Sobrou para Mick Harris e Shane Embury escolherem os novos integrantes. Entre eles estava Mark “Barney” Greenway. Após uma infinidade de lançamentos e várias trocas de formação, daqueles da época hoje apenas Barney e Shane ainda integram o Napalm. O álbum mais recente do grupo é “Throes of Joy in the Jaws of Defeatism” (2020), que os ingleses promoverão nos palcos do “Summer Breeze” junto aos clássicos do grindcore que seus fãs brasileiros tanto curtem. Por sinal, o Napalm Death é tão adorado que recebeu um tributo só de bandas brasileiras intitulado “Siege of Grind”. Isso diz muito…

 

VIXEN

O festival “Summer Breeze” marcará a estreia do Vixen em território brasileiro. Formada atualmente por Lorraine Lewis (vocal, ex-Femme Fatale), Britt Lightning (guitarra), Roxy Petrucci (bateria) e a brasileira Julia Lage (baixo), a banda americana de hard rock foi criada em Saint Paul/Minnesota no início dos anos 80. No auge do sucesso comercial, com os álbuns “Vixen” e a formação contava com Janet Gardner (vocal e guitarra), a saudosa Jan Kuehnemund (guitarra solo), Share Ross Pedersen (baixo) e Roxy Petrucci (bateria). Porém, muita coisa aconteceu até as garotas chegarem ao sucesso com seu álbum de estreia, “Vixen” (1988). Contando com Gardner e Petrucci, saiu o álbum “Tangerine” em 1998, que apresentou uma mudança no estilo musical, próximo do grunge. Entretanto, justamente por causa de “Tangerine”, a guitarrista Jan Kuehnemund moveu uma ação judicial e acabou obtendo os direitos sobre o nome da banda.

Em 2001, o Vixen foi reformado por Kuehnemund ao lado de Janet Gardner, Roxy Petrucci e Pat Holloway, formação que excursionou pelos EUA como parte da turnê “Voices of Metal”. Porém, desentendimentos com o gerenciamento fizeram com que a banda se separasse, restando apenas Kuehnemund, que recrutou Jenna Sanz-Agero (Jenna Piccolo), Lynn Louise Lowrey e Kathrin “Kat” Kraft para completar a turnê. Em 2004, o canal VH1 procurou o Vixen com as quatro integrantes da formação clássica para o programa Bands Reunited, gravando um show em agosto de 2004 e transmitido nos EUA em novembro. Em 2004, o canal VH1 procurou o Vixen com as quatro integrantes da formação clássica para o programa Bands Reunited, gravando um show em agosto de 2004 e transmitido nos EUA em novembro. Em 2013, Kuehnemund faleceu. Gardner, Petrucci, Ross e Gina Stile reformaram a banda e passaram a se apresentar com o nome JSRG. Stile e Gardner deixaram a banda, que hoje atua normalmente como Vixen, com Lorraine Lewis, Roxy Petrucci, Britt Lightning e Julia Lage tocando todos os clássicos, inclusive um cover para “Waiting for the Big One”, sucesso do Femme Fatale.

 

VOODOO KISS

Devido à falta de oportunidade no agendamento de shows para a banda Voodoo Kiss, o baterista Achim Ostertag criou o “Summer Breeze Festival”, em Abtsgmünd. O festival se tornou um dos mais populares de metal da Europa. Em contrapartida, o Voodoo Kiss foi deixado de lado em 2000. Porém, como parte do 25° aniversário do “Summer Breeze”, a banda alemã criada em 1995 realizou um show de reunião na cidade medieval histórica da Baviera, Dinkelsbühl, em agosto de 2022. Mais que isso, pois o homônimo álbum de estreia finalmente foi lançado pela Reaper Entertainment. A formação atual traz três integrantes originais – Marin Beuther (guitarra), Klaus Wieland (baixo) e Achim Ostertag (bateria) –, além do vocalista Gerrit Mutz (Sacred Steel, Angel of Damnation, Dawn of Winter), figura conhecida da cena do metal do sul da Alemanha.

Ao pegar em suas mãos o CD e o vinil, Achim Ostertag disse que se sentia como se estivesse no Natal. “Colocar as minhas mãos nos CDs terminados há algumas semanas e especialmente o vinil acabado há alguns dias foi um objetivo incrível. Nos 22 anos que terminamos, sempre me arrependi de nunca termos conseguido gravar direito as músicas antigas. O fato de termos nos reunido, retrabalhado as oito músicas e gravado o CD, definitivamente nos deixa um pouco de orgulho. E a ideia de tocar no ‘Summer Breeze’ tornou-se muito mais”. Se Ostertag já estava assim antes, imagine quando vier ao Brasil com sua banda na primeira edição do festival que ajudou a criar? Não é o roteiro de um filme, mas poderia…

 

TUATHA DE DANANN

A banda mineira Tuatha de Danann, formada atualmente por Bruno Maia (vocal, flauta, guitarra, bandolim e banjo), Giovani Gomes (baixo e vocal), Edgard Britto (teclados), Raphael Wagner (guitarra), Rafael Delfino (bateria) e Nathan Viana (violino), iniciou suas atividades em 1995 sob o nome de Pendragon. O intuito dos então adolescentes, com idade entre 13 e 16 anos de idade, era mesclar heavy metal com a música celta e medieval. O folk metal, tão em voga mais recentemente, ainda não era realidade, mas os mineiros de Varginha estavam pensando à frente.

Em 2021, com o incontestável título de “pioneiro do folk metal brasileiro”, o grupo lançou sua primeira antologia em CD, “…of trovas and spells”, reunindo faixas que contemplam os sete álbuns da carreira e foram escolhidas pelos fãs e pelos músicos. São 16 faixas que apresentam as diferentes facetas do Tuatha de Danann em seus mais de 25 anos de história, que também serão representadas por um show vibrante e energético na versão brasileira do “Summer Breeze”.

 

JOÃO GORDO (BRUTAL BREGA)

Brutal Brega, uma até então improvável união de estrelas da música pesada, lançou o disco de estreia, com interpretações de clássicos da música “brega”, em outubro de 2022. Contando com o vocalista e ícone do punk/hardcore João Gordo (Ratos de Porão), em parceria com o produtor e multi-instrumentista Val Santos (Toyshop, Viper), o disco é um divertido tributo com clássicos da música brasileira transformados em versões punk rock. O projeto surgiu como uma brincadeira durante a pandemia: Val Santos começou a desenvolver as versões por diversão, e quando João Gordo ouviu as músicas, se interessou. Em pouco tempo, os dois haviam gravado dezenas de versões juntos e formado um disco. As músicas incluídas foram escolhidas pela forte memória afetiva que a dupla tinha pelas canções, originalmente lançadas por artistas como Sidney Magal, Reginaldo Rossi, Ângelo Máximo, Jane e Herondy, e muitos outros.

Irreverente, o Brutal Brega está pronto para fazer suas versões punk de clássicos da música brasileira no palco do “Summer Breeze”. “É um festival diversificado então vai ser muito legal ver a reação do público. É sempre divertido tocar para mais gente. Estou com grande expectativa para a apresentação com o Brutal Brega e também para ver shows de outras bandas do cast do ‘Summer Breeze’. Será que algum gringo de banda vai agitar ‘Fuscão Preto’ com a gente?”, conclui Val Santos.

www.summerbreezebrasil.com

Ingressos em www.ticket360.com.br

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