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Dark Dimensions Folk Festival II – TÝR / ARKONA – 20 DE OUTUBRO DE 2018, São Paulo/SP

Falar do crescimento do cenário folk/viking metal no Brasil já deixou de ser assunto original há um bom tempo. Basta ver a quantidade de festivais que temos por ano, o bom público que cada um deles movimenta, a quantidade (e, principalmente, a qualidade) de novas bandas surgindo, e como tudo o que parece ter ligação com essa temática tem sido mais apreciada em solo nacional. No sábado, 20 de outubro, a Capital Paulista recebeu a segunda edição do Dark Dimensions Folk Festival – a primeira edição, no ano passado, contou com as apresentações de Armored Dawn, Kalevala, Elvenking e Ensiferum – que promete (e torcemos!) se manter firme como uma das boas opções do calendário de shows anual paulistano.

Se por um lado houve um clima meio triste pelo cancelamento do show dos brasileiros do Arandu Arankuaa (a banda alegou ‘problemas de logística’), os fãs ali presentes foram agraciados com shows mais longos das atrações principais, o que, convenhamos, é sempre uma boa pedida.

Para o merecido esquenta, duas bandas brasileiras que vivem situações ainda opostas no cenário: Primeiro, o Burning Christmas, ainda desconhecido de boa parte do público headbanger (e isso não é demérito), e que está lançando o seu primeiro trabalho, o EP Übermensch (2018). Trazendo o som mais ‘diferenciado’ dessa edição do Festival, a banda fez uma apresentação segura, e que agradou o público que ia, cada vez mais, lotando a casa de shows. Logo em seguida veio o sensacional Hugin Munin, que não por acaso é considerado um dos melhores nomes da cena nacional na atualidade. Com um vasto repertório a sua disposição (a banda está ativa desde 2007, e vem lançando material desde o ano seguinte), eles deram o tom da festa, com peso, fúria e altas doses de riffs, cortesia da sempre efetiva dupla Thorgrim e Hjalmar. E existe algo menos do que a perfeição que se possa esperar do vocalista Surt? Pois bem, se perdeu este show, tenha a certeza de garantir seu lugar no próximo.

Surt, vocalista do Hugin Munin

Era então chegada a vez do TÝR, um dos nomes mais prestigiados no mundo do folk/viking metal. Dividindo o protagonismo com a próxima atração da noite, o TÝR subiu ao palco sob fortes gritos da plateia, alguns desde o início sugerindo o nome de suas canções favoritas para o repertório da apresentação. Heri Joensen (Eri Johnson? Eita…) é um ótimo vocalista e um bom guitarrista, e logo de cara ele deu seu cartão de visitas, com Blood Of Heroes, uma pedrada do álbum mais recente do grupo, Valkyrja, de 2013. Com linhas vocais bem trabalhadas e linhas de guitarra dotadas de fortes melodias, era curioso ver o público se dividindo entre aqueles que cantavam a letra da música, e aqueles que berravam as linhas de guitarra. Sim, existem coisas que só um festival incrível como o Dark Dimensions Folk Fest pode trazer para você.

O trabalho do ‘novato’ guitarrista Attila Vörös (ele já tocou ao vivo com bandas como Satyricon, Nevermore e Sanctuary) se destacou em The Lay of Thrym (The Lay of Thrym, 2011), que destaca as linhas das duas guitarras, e que é um hino obrigatório em quase todas as apresentações desde o ano em que foi originalmente lançada. Do mesmo álbum ainda viria Hall of Freedom, e então um dos momentos mais legais da noite, com Regin Smiður, clássico de Eric The Red (2003), um álbum que adoraríamos ver lançado por aqui.

Claro que álbuns como Ragnarok (2006) e Land (2008) não poderiam ficar de fora da festa, e do primeiro, a sequência Grímur á Miðalnesi / Wings of Time foi para emocionar qualquer fã. Do álbum que comemora dez anos, duas pedradas vieram para felicitar os seguidores de Odin: Gandkvæði Tróndar e Sinklars Vísa, duas canções que fizeram por merecer o status de clássicos de que dispõe. Para encerrar um show que ninguém queria ver acabar, duas músicas de By The Light Of The Northern Star (2009), talvez o mais bem sucedido da saga do TÝR: By The Sword In My Hand e Hold The Heathen Hammer High, talvez uma das mais perfeitas canções escritas sob o rótulo ‘folk metal’.

Para dar fim à noite e ao festival, era a vez dos russos do ARKONA, certamente a atração mais esperada desta edição. Presentes no mundo do pagan/folk metal desde o início dos anos 2000, o Arkona está lançando álbuns regularmente desde 2004, e a mais nova peça dessa trajetória, o álbum completo Khram, foi lançado recentemente, em janeiro de 2018. Com um palco decorado e vestimenta condizente, a banda começou sua apresentação com Shtorm, uma das mais interessantes faixas do novo álbum. Era difícil dizer quem estava mais empolgado, se público ou banda, mas é fato que todos estavam se divertindo.

Tseluya Zhizn’ e V pogonie za beloj ten’yu seguiram com o foco em Khram, e é necessário salientar o quanto Tseluya Zhizn’ é uma canção que cresce ao vivo, com inserções climáticas certeiras, ora vindas das boas linhas de guitarra, ora do baixo hipnotizante, ora ainda dos excelentes vocais de Maria “Masha Scream” Arkhipova. Claro que não poderíamos deixar de mencionar a clássica Goi, Rode, Goi! (do álbum de mesmo nome, 2009), uma das mais conhecidas do público brasileiro, e que recebeu uma acolhida fenomenal, além da performance sempre perfeccionista de seus intérpretes.

Do mesmo álbum, a incrível Arkona chegou arrancando aplausos do público. É incrível a aura de força e bravura que estas músicas conseguem despertar, seja em seus atos mais extremos, ou ainda nas suas passagens mais calmas e atmosféricas. Mesmo em um show de qualidade linear, confesso que me emocionei ao ouvir Stenka na Stenku (Slovo, 2011) e Yarilo (Goi, Rode, Goi!, 2009), duas das minhas composições favoritas, executadas em sequência. Que Masha Scream e seus parceiros permaneçam ainda muitos anos na ativa e criando grandes músicas, e que sempre tenhamos grandes e bem organizados festivais como este Dark Dimensions para nos colocar diante de ótima música! Que venha o próximo!

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