Em entrevista para a revista Fistful of Metal, o lendário baterista Dave Lombardo, sempre lembrado principalmente por seus anos de Slayer, falou sobre sua jornada musical, incluindo sua frustração com a banda em 1989.
Lombardo explicou que o novo álbum da banda Venamoris, To Cross Or To Burn, foi um projeto muito pessoal, criado junto com sua esposa, Paula Lombardo, em sua casa, onde eles tiveram total controle sobre o som, ritmos e texturas. Ele destaca a experiência libertadora de criar o disco, sem a pressão de prazos ou de um produtor sobre seu trabalho.
No entanto, ao refletir sobre sua carreira, Dave também comentou sobre a frustração que sentiu no final dos anos 80, especialmente em 1989, quando se sentia preso na rotina das turnês incessantes do Slayer. “Era um dia após o outro, e tudo estava ficando repetitivo”, revelou. Essa sensação o levou a buscar novos desafios e colaborações com outros músicos nos anos 90, como no caso do Testament e Fantômas, com as quais trabalhou.
Dave continuou refletindo sobre sua busca por novos horizontes: “Queria fazer algo que realmente desafiasse minha habilidade. Algo diferente”. Ele se viu como um “camaleão”, sendo capaz de se adaptar a estilos musicais diversos, como aconteceu principalmente com Fantômas, onde os arranjos mudavam rapidamente, exigindo uma adaptação constante de sua parte. “A dinâmica muda tão rápido com o Fantômas que eu tinha que me adaptar muito rapidamente aos arranjos”, explicou.
A colaboração com Mike Patton também foi fundamental nesse processo de transformação para Dave Lombardo, e ele expressou sua gratidão por ter sido convidado a participar de projetos desafiadores. “Foi muito divertido trabalhar juntos naquela época, e ainda é hoje. Sou eternamente grato a ele por me convidar para essa jornada selvagem”, disse. Além disso, ele destacou a importância de Patton em sua confiança artística, lembrando os conselhos que recebeu ao longo dos anos: “Ele sempre me dizia para seguir meus instintos e não ter medo de colocar minha arte para o mundo”.
Esses momentos de reflexão sobre sua carreira ajudaram Dave a entender melhor o que o motivava, especialmente quando comparado à frustração que sentiu em 1989. “Esse foi o momento em que eu realmente estava faminto por algo diferente”, concluiu Dave, lembrando o quanto aquele período de insatisfação o impulsionou a buscar novas possibilidades artísticas.
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