Desfrutando do ótimo momento que o Skid Row tem passado, com elogios da imprensa e dos fãs em relação ao seu elogiado novo álbum de estúdio, The Gang’s All Here, e também pela performance do novo vocalista Erik Grönwall, o guitarrista fundador Dave “Snake” Sabo concedeu entrevista ao Metallerium e, entre esses assuntos, falou também sobre o modo com que as pessoas consomem música atualmente e o consequente declínio da indústria musical: “O Napster (serviço pioneiro de compartilhamento de arquivos, fundado no início dos anos 1990/início dos anos 2000) surgiu porque muitos universitários simplesmente não tinham escolha; eles não podiam pagar por um CD, especialmente se só gostaram de uma música no CD. E as gravadoras deveriam ter entendido isso, mas elas eram tão gananciosas que não queriam se adaptar às necessidades de um garoto de 17, 18 anos na faculdade, que mal tem dinheiro suficiente para um “McLanche Feliz” no McDonald’s”, explicou.
“Ele não tem 17, 18 dólares para pagar por um CD. E, então, o Napster apareceu porque deu às pessoas a opção de ouvir música… Quero dizer, era de graça, com o qual eu também não concordava, mas entendi absolutamente a premissa por trás disso”.
Snake disse estar de acordo com o fato de a música ser acessível para todos atualmente, desde que de modo justo: “Defendo que a música esteja disponível para todos a um preço muito justo e razoável. E também acredito sinceramente que os artistas devem ser compensados de forma justa; funciona nos dois sentidos”, justificou.
O guitarrista admitiu ser usuários dos serviços de streaming: “Sou fã dos serviços de streaming por causa do acesso imediato que as pessoas podem ter à sua música. Acho que está muito lotado. A indústria da música está mais lotada do que nunca. Mas no final do dia as coisas boas sempre parecem ser descobertas e chegar ao topo. Se alguém gosta de sua música o suficiente, ela sentará e dirá a alguém, “Eu adoro isso. Você tem que dar uma conferida’. Assim como nos velhos tempo com o comércio de fitas – o mesmo tipo de coisa, mas é apenas em uma escala maior”.
Dave “Snake” Sabo prosseguiu, dizendo ser um fã de música à moda antiga, daqueles que (assim como esse que voz escreve) não abrem mão de que uma banda lance discos e não apenas singles esporádicos: “Então, entendo a ideia de singles – entre aspas – sendo lançados, mas ainda estou pensando em um álbum, e a maneira como criamos a sequência de um disco e tudo mais, todas essas coisas ainda são importantes para mim”, afirmou. “Provavelmente não é tão importante para o consumidor como costumava ser, porque quando recebíamos um novo disco ou um novo CD, era um ritual, cara. Você chegava em casa o mais rápido possível ou em seu carro, desembalava e puxava a embalagem e pegava o encarte e via as letras e todos os créditos e os agradecimentos e via se reconhecia alguém neles. Era um ritual e nada mais importava naquela hora que você escutava aquele CD ou aquele álbum, era isso”, recordou. “E não é mais assim para a maioria dos consumidores de música. Não estou dizendo todos, porque eu ainda… Eu adoro pegar o vinil e colocá-lo, mas estou agradecido que ainda temos caminhos para as pessoas consumirem música. Parecia um pouco instável por um tempo, mas está começando a funcionar. Assim como quando os CDs vieram para substituir os discos (de vinil), o streaming veio para substituir o produto físico. Sempre haverá o produtor físico – as pessoas sempre vão querer ter propriedade disso -, mas a maneira como consumimos música é apenas diferente, e estou bem com isso”, concluiu.
Veja a entrevista completa:
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