O ex-baixista do Megadeth, David Ellefson, falou recentemente sobre suas turnês solo “Basstory” e “Bass Warrior”, nas quais explora clássicos de sua carreira e compartilha histórias marcantes de seus 40 anos no mundo da música. Em entrevista ao Border City Rock Talk, do Canadá, Ellefson relembrou o início de suas apresentações solo e explicou como a ideia de incluir seu baixo nas performances deu origem à turnê “Basstory”. “Foi um pouco de performance, um pouco de narrativa… Com o passar do tempo, fiz disso uma turnê mundial. E então, no ano passado, criei a ‘Bass Warrior’, que é realmente mais uma performance completa”, disse ele.
Ellefson também comentou sobre sua conexão com a banda que o acompanha nas turnês, composta por músicos italianos, como o guitarrista Andy Martongelli. “Eles são minha banda de turnê. Podemos mergulhar no meu catálogo e em todo o meu corpo de trabalho. É divertido, cara,” afirmou.
Ao abordar a cena musical nos Estados Unidos, Ellefson foi direto: “O rock está morto na América – realmente está… Quando Gene Simmons (KISS) disse isso, todo mundo o odiou por isso, mas ele está certo. A menos que você seja uma banda estabelecida como Linkin Park, Metallica, KISS ou Slayer, as crianças não gostam mais disso. Suas vidas estão em seus telefones.”
Ele destacou, no entanto, que o cenário é bem diferente fora da América do Norte. “Na América Latina, Ásia, Austrália, o rock and roll está muito vivo e bem… Eles gostam tanto das coisas novas quanto das históricas.” Segundo o ex-Megadeth, essa receptividade global é essencial para continuar sua carreira.
No mês passado, Ellefson anunciou a turnê “Bass Warrior” pela Europa, marcada para a primavera de 2025, com performances de clássicos do Megadeth, faixas solo e outros sucessos do hard rock e metal. O músico também se uniu a James Durbin, ex-concorrente do “American Idol”, para lançar uma nova versão de Metal Gods, clássico do Judas Priest. Sobre a colaboração, Ellefson ressaltou que “A música já está disponível em todas as plataformas digitais.”
Após sua saída conturbada do Megadeth em 2021, Ellefson tem mostrado resiliência e criatividade, explorando novas formas de conectar-se com seu público e expandir sua longa trajetória musical.
A situação do rock and roll na América, segundo Gene Simmons
Em sua declaração ao Border City Rock Talk, David Ellefson endossou a recente afirmação de Gene Simmons de que “o rock está morto” durante sua participação no programa The Zak Kuhn Show. Simmons argumentou que, enquanto a música de 1958 a 1988 gerou ícones culturais inigualáveis como The Beatles, Elvis Presley e Led Zeppelin, os últimos 35 anos não produziram “novos Beatles“. Contudo, suas afirmações receberam críticas por ignorarem a relevância e o impacto de artistas contemporâneos.
“É. E as pessoas não entendem como posso dizer isso quando todos temos nossas músicas favoritas e amamos nossas bandas favoritas. Mas o que quero dizer é… bem, vamos brincar, já fiz isso antes. De 1958 até 1988, foram 30 anos. Então, o que aconteceu nesse período? Tivemos Elvis, The Beatles, os Rolling Stones, Jimi Hendrix, Pink Floyd, artistas solo como David Bowie… música que pensamos durar para sempre. E, no mundo do disco, tivemos Madonna. Guitarras pesadas? Tivemos AC/DC, Aerosmith e muitos outros. Ao mesmo tempo, teve a Motown, Prince. Era um menu musical muito rico. Já de 1988 até hoje, quase 40 anos… quem são os novos Beatles?”, disse Simmons.
Quando o apresentador sugeriu Nirvana, Simmons interrompeu: “Pare. Estamos cegos. Sou um grande fã. Mas, se você parar alguém de 20 anos na rua e perguntar: ‘Quem é o baixista do Nirvana?’, eles não saberão. Ou, ‘Você consegue cantar uma música do Nirvana?’ Não, não conseguem. Os Beatles — e, em menor escala, os Stones e Elvis — todo mundo conhecia os Beatles. Mesmo quem odiava rock sabia quem eles eram.”
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