Os BEATLES foram o estopim para uma geração inteira de jovens pelo mundo todo explorarem as possibilidades da música. O impacto foi tamanho a ponto de décadas depois eles ainda terem esse efeito e qualquer artista com uma influência semelhante em alguém ser comparado a eles. Como foi o caso do KISS com DEEN CASTRONOVO.
Em entrevista a Daniel Dutra para a edição 280 da revista ROADIE CREW (clique aqui para comprar), o baterista do JOURNEY e líder do REVOLUTION SAINTS abordou sua admiração pela banda mascarada. Segundo o músico, ele planejou ir no último show do grupo, mas desistiu. Era emoção demais.
Ele falou:
“O aniversário do meu filho é dia 1º de dezembro, e meu plano era levá-lo para assistir ao último show do KISS (realizado em duas datas, 1º e 2 de dezembro de 2023, em Nova York), mas acabamos fazendo outra coisa. A verdade é que eu mesmo não sabia se queria ir, porque seria bem difícil para mim. Pense nos fãs que estão com eles desde o primeiro dia, porque sou um desses.”
CASTRONOVO foi mais a fundo na sua trajetória como integrante do KISS Army, a alcunha adotada pelos fãs da banda. Ele ficou emocionado ao considerar o impacto deles.
“Dressed to Kill (1975) foi a minha primeira experiência com o KISS e tudo o que veio depois mudou a minha vida. Eles foram os meus BEATLES! Eu queria ser exatamente como eles! Saber que a banda chegou ao fim, cara…”
DEEN CASTRONOVO e KISS
Ainda durante a entrevista, o baterista do JOURNEY revelou que teve a oportunidade de expressar esses sentimentos a um dos integrantes. DEEN contou sobre uma conversa com PAUL STANLEY na qual abriu seu coração sobre o quanto o KISS significou para ele.
“Eu conversei recentemente com PAUL e disse a ele: ‘Sei que isso tem um lado bom e um ruim, mas você não imagina quantas vidas você tocou, quantas pessoas você inspirou, então deve ser difícil parar depois de 50 anos’, e ele respondeu: ‘É isso. Mesmo as coisas boas têm um fim’.”
O músico reconheceu também uma realidade que muitos fãs esquecem em meio a emoção. Se é difícil para o público, imagina para a banda.
“Ser fã é uma coisa, mas ser PAUL STANLEY ou GENE SIMMONS ou PETER CRISS ou ACE FREHLEY ou ERIC SINGER e decidir que chegou a hora de parar… Deve ser muito difícil! Porque isso é a vida deles, é a identidade deles.”
Mesmo assim, CASTRONOVO ficou convencido que ao menos o KISS saiu de cena da melhor maneira possível. E com o maior nível de espetáculo possível, a ponto de lhe dar inveja.
“O KISS encerrou com graça, saiu tocando do jeito da banda, não economizaram em nada! Foi isso que sempre me pegou com o KISS. Eu amava a música, mas quando os vi ao vivo pela primeira vez, cara! Era isso que eu queria fazer da minha vida! Tenho enchido o saco do NEAL (SCHON, guitarrista do JOURNEY) há meses para termos fogo no palco! (risos) Explosões, fogos, sei lá, alguma coisa divertida assim! O KISS foi um catalisador para mim, então foi difícil testemunhar o fim da banda. Partiu o meu coração, mas as coisas são como são.”
Discos favoritos
DEEN CASTRONOVO é muito fã de KISS. A ponto de ter oferecido o grupo US$ 10 mil para tocar com eles de brincadeira. Na mesma entrevista à ROADIE CREW, o baterista listou seus cinco álbuns preferidos — e não houve surpresa quanto à presença da banda mascarada.
Em uma lista na qual registros ao vivo reinaram, Alive! (1975) e Alive II (1977), ficaram no topo do ranking. Após eles, All The World’s a Stage (1976), do RUSH, seguido do único álbum de estúdio entre os cinco, Ride the Lightning, do METALLICA. O top 5 foi completado por Captured, do JOURNEY, a banda com a qual toca atualmente.
- KISS – Alive!
- KISS – Alive II
- RUSH – All the World’s a Stage
- METALLICA – Ride the Lightning
- JOURNEY – Captured
A entrevista completa de DEEN CASTRONOVO (JOURNEY e REVOLUTION SAINTS) pode ser lida na edição #280 da ROADIE CREW. Para adquirir a revista e recebê-la em casa, acesse nossa loja oficial ou entre em contato pelo fone (11) 96380-2917 (WhatsApp).
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