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Os bastidores da implosão do DELAIN, sob o ponto de vista de MARTIJN WESTERHOLT

O fim do Delain como os fãs conheciam em 2021 foi bombástico. A formação se dissolveu e Martijn Westerholt, líder da banda, decidiu continuar o projeto com novos músicos contratados. Agora, ele deu os bastidores por trás da decisão.

Em entrevista à Loaded Radio (via Blabbermouth), o tecladista explicou que as tensões internas vinham se intensificando alguns anos antes da dissolução daquele lineup. Havia discórdia sobre a continuidade no ritmo de trabalho até então.

Ele disse:

“Tudo meio que começou no fim de 2019. Eu tive burnout porque eu cuidava de tudo no Delain com a Charlotte [Wessels, vocalista]. O resto dos músicos eram contratados e não tinham responsabilidade nesses processos. Nenhuma culpa deles, era apenas como a banda operava. Quando fiquei com burnout, quis dar um passo para trás e descansar, sair menos em turnê.”

Segundo Westerholt, os outros três integrantes — Timo Somers (guitarra), Joey De Boer (bateria) e Otto Schimmelpenninck van der Oije (baixo) — não gostaram da ideia, a ponto de sugerirem fazer turnês sem ele. Entretanto, essa ideia era inconcebível para o tecladista por questões de negócios.

“Isso era impossível, porque Delain é também uma empresa — é o meu trabalho e da Charlotte. É também minha responsabilidade. Se eles saíssem em turnê sem mim e algo desse errado, pessoas apareceriam na minha porta, não na deles.”

Foto via Facebook @martijn.westerholt

Oportunidade de compra do Delain

De acordo com o relato de Martijn Westerholt, Charlotte Wessels ameaçou se demitir do grupo caso não encontrassem um jeito da banda continuar. O músico, então, ofereceu aos três integrantes a oportunidade de comprar o Delain dele.

“Havia algumas questões ali, mas eu pensei: ‘Ok, se eles quiserem assumir o controle, é doloroso, mas aí eles podem comprar tudo e eu faço meus projetos separados’. Nós começamos a negociar, mas isso não funcionou.”

O tecladista se mostrou aliviado pela compra não ter ido adiante, pois havia a possibilidade da sonoridade da banda mudar bastante sem ele. No fim das contas, a formação foi dissolvida e Westerholt seguiu com a marca.

“Catei os cacos e precisei pensar em como continuar dali. E estávamos num ponto no qual precisávamos pensar: ‘Ok, projeto, banda e precisamos anunciar’. Foi mais ou menos assim que rolou. O engraçado é que tudo isso rolou durante a pandemia. Isso foi minha salvação em um jeito triste e estranho, porque me deu espaço e tempo para pensar.”

Charlotte Wessels também fora

Entretanto, além dos três músicos contratados, Charlotte Wessels também deixou de estar envolvida. A cantora expressou em entrevistas desde então que não quer entrar em detalhes sobre os acontecimentos, mas deixou claro como não existe muito contato entre ela e o tecladista desde então.

Quanto a Martijn, ele também não vê muitas chances de uma reunião com Wessels. Segundo o músico, os dois estão seguindo caminhos musicais bem diferentes e embora tenha elogiado o trabalho solo da sua ex-companheira, se mostrou cético quanto a uma renovação da parceria.

Além de Westerholt, o Delain conta hoje com Diana Leah nos vocais, Sander Zoer na bateria, Ronald Landa na guitarra e vocais e Ludovico Cioffi no baixo.

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