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DELAIN/NIGHTWISH – São Paulo/SP, 28 de setembro de 2018

Por Nelson De Souza Lima

E lá estava eu de volta ao Tom Brasil, casa que Tarja Turunen havia se apresentado semanas antes e que agora abrigaria seu ex-grupo, Nightwish, em que foi vocalista por 11 anos, mas acabou demitida em circunstâncias nada agradáveis. Coisas do show bizz… Embora eu curtisse mais o grupo finlandês na época da Tarja, não posso negar que Floor Jansen se encaixou muito bem. Tremenda vocalista, canta as músicas da fase inicial dos finlandeses com personalidade.

Cheguei bem cedo, pois gosto de acompanhar o pré-show. Conferir a chegada do público e trocar ideias com os colegas da imprensa. Os fãs do Nightwish têm o mesmo perfil dos de Tarja. Tem cabeludos headbangers, aqueles muitos jovens e também os mais idosos. Como já cansei de dizer: o rock não tem idade. Basta curtir e bater cabeça – não foi estranho ver um sujeito que aparentava uns 65 anos, de cabelos brancos, bangueando. Com o show sold-out, as filas na área externa eram enormes.

A abertura ficou a cargo da holandesa Delain. Com arranjos elaborados, virtuosos e competentes, a banda, que tem nos vocais a estonteante Charlotte Wessels, apresenta a mesma pegada dos anfitriões, com aquele metal sinfônico e operístico. Além disso, Wessels, Timo Somers e Merel Bechtold (guitarras), Otto Schimmelpenninck van der Oije (baixo e vocal), Martijn Westerholt (teclado) e Joey de Boer (bateria) estão percorrendo o mundo com o Nightwish nesta turnê, que traz na bagagem o mais recente álbum, “Moonbathers”, quinto de sua discografia. Durante 45 minutos, os músicos aqueceram o público, mandando bem, entre outras, “Hands of Gold”, “Suckerpunch”, “Fire with Fire” e “Don’t Let Go”. A surpresa ficou por conta de presença de Marco Hietala, baixista da Nightwish, que atendeu ao convite de Wessels para, juntos, detonarem em “Sing To Me”. A vocalista estava visivelmente emocionada com os fãs brasileiros. Agradecia a todo momento e pedia para a galera cantar e levantar os braços, gerando uma interação bem legal. Às 21h30, o Delain encerrou o set com “We are the Others”. Agora era esperar pelos finlandeses…

Surpreendentemente, o show começou um pouco antes do horário previsto, que seria às 22h. As luzes se apagaram e imagens no telão gigante no fundo palco indicavam que seria uma grande apresentação. Na ‘intro’, Troy Donockley entrou primeiro, fazendo um belo solo de guitarra e foi ovacionado pela galera. Na sequência, foram entrando Tuomas Holopainen (teclados), Emo “Emppu” Vuorinen (guitarra), Marco Hietala (baixo) e Kai Hahto (bateria). Porém, quem roubou mesmo a cena foi Floor Jansen. Grande vocalista, em todos os sentidos, a moça tem um vocal impressionante e está bem à vontade na banda. Assim, chegava o momento de São Paulo conferir a “Decades World Tour”, que traz músicas de todas as fases do Nightwish.

Assim, numa sequência alucinante, mandaram “End of All Hope”, “Wish I Had an Angel”, “10th Man Down”, “Come Cover Me”, “Gethsemane” e “Élan”, comprovando ser uma engrenagem sonora que funciona perfeitamente. Todos são virtuosos, os arranjos de alto nível e Floor é uma banger de primeira – dá até uma aflição vê-la bangear numa velocidade absurda –, além de ótima frontwoman, que levanta e sabe comandar o público.

O repertório revisitou todas as fases da banda, inclusive a época da sueca Anette Olzon, que ficou entre 2007 e 2012, gravando os álbuns “Dark Passion Play” e “Imaginaerum”, mas também foi demitida numa situação desconfortável e atribulada. Parece que Tuomas Holopainen precisa de alguém um pouco mais maleável no departamento pessoal para lidar com suas vocalistas. Da fase Olzon, apresentaram “I Want My Tears Back” e “Amaranth”.

Outro detalhe que chamou atenção foram as belíssimas imagens no telão gigante que, junto com a avalanche sonora, levou os presentes a uma experiência músico/sensorial de primeira. Ao final, foram duas horas de muito virtuosismo e porradarias operísticas que deixaram os fãs satisfeitos. Assim, em uma pontualidade absurda, para deixar qualquer inglês com inveja, o Nightwish terminou sua ótima apresentação à meia-noite, com “The Greatest Show on Earth Chapter IV”. Sem direito a bis, mas o público estava satisfeito com o que tinha visto neste ótimo show.

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