Pelo repertório ser inconstante, pule a primeira faixa e comece ouvindo a absurdamente energética Defiance e siga com Kill your Idols, que conta com a presença de Tracii Guns. Pronto, aí você está com uma boa impressão do segundo álbum do grupo australiano Dellacoma, liderado pelo vocalista Dellacoma Rio (ex-Sunset Riot).
Por seu caráter multifacetado, do hard rock básico ao modern, meio Velvet Revolver e Burn Halo, o sucessor de South of Everything (2015) tem faixas de andamento mais lento e algumas pontas de melancolia. Ainda assim, algumas faixas dão aquela vontade de pular, o que não é bom – este é o caso de Leave a Light On, ainda que lembre a carreira solo de Kip Winger.
Fazendo uma analogia, ainda mais em tempos de Jogos Olímpicos, parece aquele boxeador que recebe um forte cruzado, bambeia e faz o juiz abrir a contagem, mas depois se recupera e vem com uma boa sequência, mas então toma um upper. Portanto, se I Don’t Want It anima, a balada Lady Undertaker me fez ir logo para a pesada e com tempero grunge Red Pill Pocketwatch. E, sim, pulei a chatíssima Seven Years para a pop Stay e apertei stop antes do término de Long as I Can See the Light. Poderia ser melhor e tem predicados para tanto, mas a inconstância imperou.
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