Em entrevista a Joel Gausten no último domingo (17), o baixista australiano Bob Daisley revelou que em 1983 ele não teve chance a não ser retornar à banda de Ozzy Osbourne.
Daisley tocou baixo, fez backing vocals e contribuiu para a composição e co-produção do primeiro álbum da carreira solo do Madman, Blizzard of Ozz (1980). O baixista também coescreveu todas as canções do próximo álbum de Ozzy, Diary of A Madman (1981). No entanto, ele e o saudoso baterista Lee Kerslake foram demitidos antes do lançamento do álbum e quem teve seus nomes nos créditos foram seus respectivos suplentes, Rudy Sarzo e Tommy Aldridge.
Bob Daisley seguiu trabalhando com Osbourne ao longo da década de 1980, contribuindo para os álbuns Bark at the Moon (1983), The Ultimate Sin (1986) e No Rest for the Wicked (1988). Em 1991, ele tocou baixo em todas as faixas do clássico No More Tears.
Na entrevista para Gausten, Daisley relembrou a época em que se reuniu com a banda de Ozzy Osbourne para seu terceiro álbum, Bark at the Moon. O baixista afirmou que voltou à banda de Ozzy porque estava descontente com sua carreira no Uriah Heep, com quem tocava na época.
“Para ser honesto, eu realmente não queria voltar para (a banda de) Ozzy, mas eu meio que tinha que voltar. As coisas não estavam decolando como eu esperava com o Uriah Heep, e foi uma questão de realmente conseguir com que a gravadora apoiasse e fizesse algo pela banda, porém eles não fizeram. Nós levantamos uma bola muito boa à eles, porém eles não a chutaram”.
Daisley também relembrou o ex-parceiro Lee Kerslake e falou da morte do baterista. “Sendo sincero, fiquei aliviado quando ele se foi, porque ele não estava se divertindo. Ele estava sofrendo; estava com dor – mas que soldado! Que homem valente ele foi, porque estava passando por tudo isso e ainda fez um bom álbum. Isso é incrível, sabe. É, tipo, ‘Ok, tenho que sair e estou passando por uma merda, mas vou deixar isso para o mundo ouvir depois que eu for’, foi ótimo”, opinou.
“O coração de Lee estava no lugar certo e ele tocou com o coração”, acrescentou. “Você pode ter músicos que são grandes e virtuosos, e eles podem ser espertos e impressionantes e tudo mais, mas tocar com o coração é a coisa mais importante. Lee era assim”.
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