Enquando segue excursionando divulgando seu mais recente álbum, The Sick, The Dying… And the Dead!, lançado em setembro de 2022, o Megadeth já está dando os primeiros passos para o próximo, 17° de estúdio. No último mês de fevereiro, o líder da banda, Dave Mustaine, disse ao canal mexicano OsvAlex Comunicación: “No momento, estamos organizando para sair em turnê, mas em paralelo também estou preparando o estúdio e todo o equipamento para começar a compor. Ainda não comecei a escrever novas músicas, mas estou em preparação”. Passados cinco meses desde então, em uma nova entrevista para o site português Look Mag o baterista Dirk Verbeuren falou de seu sentimento por estar prestes a fazer parte de seu segundo álbum com o grupo. “Estou feliz com isso. Estou muito animado para fazer isso novamente. Foi muito divertido criar The Sick, The Dying… And the Dead! e sempre que ele (Dave Mustaine) estiver pronto, estarei lá”.
Dirk também se mostrou ansioso por trabalhar pela primeira vez em estúdio com o baixista James LoMenzo, que retornou ao Megadeth após as gravações de The Sick…, e com o guitarrista Teemu Mäntysaari, que no final de 2023 assumiu o posto deixado por Kiko Loureiro, que preferiu deixar a banda para passar mais tempo com sua esposa e filhos. “Estou feliz por começar a trabalhar com Teemu, que agora se juntou à banda. Acho que ele vai contribuir com muita coisa legal. E, claro, James LoMenzo também, que é um baixista incrível com muita história. Ele já esteve em alguns álbuns do Megadeth antes, então ele também sabe como o Megadeth soa. Então, sim, vai ser muito legal estar com esses dois caras. E, claro, com Dave, basta nos reunirmos e vermos o que podemos encontrar”.
“(…) ele (Dave Mustaine) tem uma coleção enorme de coisas, e nós realmente passamos por um monte delas enquanto estávamos escrevendo e usamos algumas delas” – DIRK VERBEUREN, sobre o processo de composição de The Sick, The Dying… and the Dead!
Relembrando o período de composição de The Sick, The Dying… And The Dead!, Dirk falou da abertura que Mustaine deu para os outros músicos da banda contribuírem: “Dave nos convidou desde o começo para trazer ideias, seja um riff de guitarra, uma levada de bateria, uma letra – qualquer coisa. Quaisquer ideias que tivéssemos, ele disse, ‘Apenas coloque isso… Nós temos algumas pastas, algumas pastas no Dropbox. Apenas coloque (suas ideias) lá. Então, enquanto estávamos trabalhando juntos em 2019, estávamos todos juntos nesta casa, e ele simplesmente escutava algumas coisas. E se algo surgisse que ele achasse, ‘Isso é legal!’, então nós trabalhávamos nisso juntos. E foi assim que Kiko, claro, acabou escrevendo uma boa parte do álbum – algumas músicas que ele trouxe e também algmas ideias que acabaram em músicas junto com os riffs de Dave. E o mesmo aconteceu comigo. Eu tenho um riff na música Night Stalkers. E então a música Life in Hell, que é a segunda música do álbum, é baseada em uma demo que eu também coloquei lá. E Dave simplesmente gostou. Ele achou, ‘Oh, há uma ideia legal aí’. E aí ele começou a aprender e a melhorar os riffs de guitarra e, eventualmente, se transformou na música que vocês conhecem. Ele foi muito aberto, e ainda é – ele sempre convida a gente a trabalhar como uma banda. Ele não quer que seja, ‘Eu sou o Dave. Eu vou dizer o que fazer’. Claro, no final, fazemos tudo juntos com ele, então ele toma a decisão final, porque isso é simplesmente normal. Mas é muito um processo da banda”.
Eu não quero ouvir alguém ignorando completamente o que Nick Menza fez com a banda ou o que Gar Samuelson fez com a banda ou qualquer um dos bateristas que estiveram lá – DIRK VERBEUREN
Perguntado sobre rumores de Dave Mustaine possuir um monte de riffs arquivados que compôs durante os anos 1980, que ele pesquisa e utiliza em novas músicas, o baterista belga disse: “Sim, ele tem. Há uma pasta que ele tem que contém tudo o que ele já gravou. Ele está sentado em 1984, talvez, no seu sofá em seu apartamento e, pensando, ‘Isso é um riff legal. Vou gravá-lo’. Está lá. Então ele tem uma coleção enorme de coisas, e nós realmente passamos por um monte delas enquanto estávamos compondo e usamos algumas delas. Como alguns dos riffs em We’ll Be Back, que é o primeiro single de The Sick, The Dying… And the Dead!“, eles remontam aos anos 80. Então, sim, é muito louco!”.
Sobre como avalia sua performance em seu primeiro álbum com o Megadeth, se acha que deixou sua marca como baterista, Verbeuren respondeu: “Eu gosto de pensar que sim. Meu objetivo era também respeitar e honrar o som do Megadeth, porque todos esses anos de música, eu sei, como fã da banda, eu quero ouvir isso. Eu não quero ouvir alguém ignorando completamente o que Nick Menza fez com a banda ou o que Gar Samuelson fez com a banda ou qualquer um dos bateristas que estiveram lá. Todos eles contribuíram para o som e fizeram parte da visão que Dave teve desde o início para a banda. Então, eu adaptei a forma como eu normalmente tocaria com base no que eu aprendi nos meus anos em turnê com a banda e realmente adquirindo um conhecimento muito íntimo sobre todas as músicas clássicas, aquelas que tocamos ao vivo, e aprendendo todas as partes. Mas, ao mesmo tempo, é claro, eu injetei um pouco do meu próprio tempero e meu próprio estilo e minhas ideias. Então, espero ter encontrado um bom meio-termo”.
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