DOMINGO AO EXTREMO

A última edição do Domingo Ao Extremo, realizada neste domingo (9) quente do mês de novembro, teve um sabor especial, principalmente para aqueles fãs de música pesada com mais de três décadas nas costas, pois o cast contou com os recém-reunidos Absyde e Empire of Souls, que fizeram muito barulho nas décadas de 1990 e 2000, além dos grupos Slov, Carnage e Torre de Ossos, que deu o pontapé inicial dos shows às 18h40.

Promovendo o lançamento da sua primeira demo, Earth’s Carcinoma, o quarteto formado por Zodd Nosferatu (guitarra e voz), Kruonos (guitarra), Kain (baixo) e para este show contaram com o baterista Holocaust Bloodthristy, que ainda se apresentaria com as bandas Absyde e Carnage. Voltando a falar da música do Torre de Ossos, eles executam um black metal com forte inspiração escandinava, mas com muitos momentos trabalhados, como Avtomat Kalashinikova 1947 e uma ótima versão para Curse You All Men do Emperor, que teve até baixo freetless. Uma banda que mostra um belo futuro pela frente.

Após oito anos de pausa, o Absyde volta ao circuito de shows. E esse show mostrou que o quarteto formado por Ayphos (voz), Kasdeya (guitarra), Black Romenian Blood (baixo) e o já citado baterista Holocaust Bloodthirsty continua com a faca nos dentes e com a mesma proposta sonora de início de carreira, mesclando o black metal escandinavo com o death mineiro dos anos 80, mas com a musicalidade mais apurada, mas sem perder a essência. O set teve como destaques Hate and Blasphemy, os vocais agonizantes de Born for Holocaust e a nova Atrocities in the Name Of…, que mostra que vem coisa boa por aí.

Já eram 20h40 quando o Carnage entrou no palco, com integrantes do Torre de Ossos (Zodd Nosferatu, aqui apenas como vocalista), Absyde (Black Romenian e Bloodthirsty) e o guitarrista Necro Inferum. Também bebendo nas raízes do black metal, principalmente na rispidez, o quarteto agradou os presentes, que vieram em ótimo número, principalmente nas canções O Filho de Lúcifer, Anti Christ Declaration e o encerramento com Rites of Infinity Darkness. Então, com músicas agressivas cantadas em norueguês, o Slov mostrou um set curtíssimo e com quase nenhuma comunicação com o público. Então fica para uma próxima oportunidade avaliar o som do trio.

Já eram quase 22h30 quando chegou o grande momento da noite com o Empire of Souls. Após um silêncio de cinco anos, Mário Cesar (voz), Cleber (guitarra), Fabio (guitarra), Cristian (baixo) e Paulo (bateria, No Sense) mostraram uma bela fusão de death  e black metal, fazendo deste o melhor show da noite. Com sangue nos olhos e um povo sedento para assistir o show, o quinteto baseou o set em canções do álbum Revenge Circle, de 2003, cujos destaques foram Mysteries of the Moon e Dark Prophecies of a New Cosmic Circle. Na faixa-título, o guitarrista Cleber passou por alguns perrengues com o instrumento, mas sem perder o entusiasmo, voltou para tocar o final da canção. Como havia tempo, o grupo mandou a nova Claim for Your God, que mantém o padrão de qualidade da banda.

Vale constatar que diferente da maioria dos shows e eventos, o Domingo Ao Extremo vem conseguindo atrair público em suas edições, o que nos deixa cada vez mais animados para as futuras datas que acontecerão nos próximos meses. Talvez pelo fato de ser realizado com um intervalo de dois meses faz com que o público se programe tanto pela parte logística e pelo fator financeiro e aí seja a solução para a escassez de pessoas nos shows, um pouco de organização. Mas isso é apenas uma alternativa, pois todas as partes envolvidas (produtores, donos de bares, bandas, imprensa) deveriam conversar e ver o que pode ser feito e melhorado.
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