As três primeiras músicas do Elvenpath foram lançadas há 21 anos na demo 2002. Desde então, a banda de Frankfurt vem buscando seu espaço na sempre lotada arena do power metal com as demos de 2004 – Gateways – e de 2007 – Spyrol –, que acabou sendo o título do primeiro full lenght, de 2008. De lá para cá, já são mais quatro álbuns: Elvenpath (2011), Pieces Of Fate (2015), The Path Of The Dark King (2019) e o mais novo: Faith Through The Fire, lançado no último mês de junho pela El Puerto Records.
Ouvindo o trabalho atual é fácil notar que, apesar de virem da Alemanha, Dragutin Kremenovic (voz), Cris Flindt (baixo), Erthan Eric Söney (bateria), Till Oberboßel e Christina Schleicher (guitarras) estão distantes das as múltiplas formações que investem pela linha europeia do power metal. A participação de Harry “The Tyrant” Conklin, vocalista do Jag Panzer, na longa The Famine Year (com quase 10 minutos de duração) comprova que o quinteto é muito mais próximo de uma junção da escola norte-americana do estilo com o metal tradicional britânico.
Shajan – Legend Of The White Wolf e Satan´s Plan são pesadas e velozes, com solos tipicamente da NWOBHM, enquanto All Across The Universe mantém o ritmo em alta. Produzido por Uwe Lulis, guitarrista do Accept, o álbum tem outras boas canções e destaco a faixa-título e The Smoke That Thunders, com uma levada a la Manowar.
Basta ouvir mais um ou dois álbuns ou o EP Metal O´Clock (2020) para entender que o Elevenpath têm atributos positivos. Mas, apesar disso e da experiência de mais de 170 shows em palcos do Velho Mundo, festivais e tours com Sabaton, Doro, U.D.O., Cage e Skyclad, entre outros, estranhamente o grupo ainda não alcançou um espaço maior.
