Kerry King, guitarrista fundador do aposentado Slayer, não escondeu o seu descontentamento sobre o fim de sua banda, em vídeo divulgado na última terça-feira (12), no qual ele e diversos outros músicos enviam mensagens de felicitações ao Machine Head, banda americana que está completando 30 anos de carreira. Em meio aos seus cumprimentos ao Machine Head, King esbravejou ao mencionar a aposentadoria do Slayer: “Aparentemente, são 30 anos, o que é uma grande conquista (para o Machine Head). Não são muitas as bandas que chegam lá. Alcançamos isso e desistimos muito cedo. Foda-se a gente. Foda-se eu. Odeio pra caralho não estar tocando”.
Assista ao vídeo completo com mensagens de Kerry King, Metallica, Korn, System of a Down, Testament, Behemoth, Exodus, Halestorm, Trivium, Hatebreed, Anthrax e muitos outros:
A contragosto de King e por decisão do vocalista e baixista Tom Araya, o Slayer, uma das maiores potências da história do thrash metal, encerrou suas atividades em 2019, tendo feito o seu último show no Forum, em Los Angeles (EUA). Em 2016, Araya disse ao Loudwire: “Após 35 anos, é hora de receber minha aposentadoria”, desabafou. “Isto é uma decisão para a carreira… Vai se tornando cada vez mais difícil voltar à estrada. 35 anos é muito tempo”. Araya continuou explicando a sua compreensível decisão: “Quando começamos, tudo era ótimo, porque você é jovem e invencível”. Além da idade pesar, Araya demonstrou sentir falta de estar perto da família, algo que ele fez pouco ao longo da carreira: “Chegou um momento em que me tornei um cara de família e tive dificuldade de ir e vir. Agora, neste estágio, no nível em que estamos atualmente, posso fazer isso. Posso voar para casa quando quiser nos dias de folga e passar algum tempo com minha família, o que é algo que não fui capaz de fazer quando (meus filhos) estavam crescendo. Agora eles são mais velhos e maduros, então aproveito isso”.
Quanto a Kerry King, atualmente ele e seu ex-parceiro de Slayer, o baterista Paul Bostaph, trabalham em um novo projeto. Grande parte de 2020, a dupla passou trabalhando em música com a esperança de gravar adequadamente assim que a pandemia desse uma amenizada.
Em entrevista a empresa de guitarras Dean, King disse: “Tive muita, muita sorte com os riffs em 2020. Talvez porque eu não possa ir a lugar nenhum – não sei -, mas com os riffs certamente não têm sido um problema. E olhando para o futuro, o que isso significa para mim é que poderei escolher as melhores coisas. E isso é bom. Tenho mais de dois álbuns de música (compostos), mas ser capaz de passar por isso e escolher as 11 ou 12 melhores… Esse primeiro disco deverá ser foda!”.
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