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Entristecido, GEEZER BUTLER recorda o dia em que demitiram OZZY do BLACK SABBATH

O dia 27 de abril de 1979 foi determinante para a continuidade do Black Sabbath. Esgotados pelo comportamento fora de controle e autodestrutivo de Ozzy Osbourne, os demais integrantes, Tony IommiBill Ward Geezer Butler, tomaram uma decisão drástica: demitiram o vocalista. Tudo bem que nenhum deles ali era santo, afinal todos abusavam de drogas e álcool, porém Ozzy havia chutado o balde. Em entrevista ao podcast de Bob LefsetzButler contou como foi para ele quando a banda demitiu Ozzy.

“Foi de partir o coração, porque todos nós crescemos juntos. Lutamos contra as adversidades juntos. Realizamos milagres ao fazer a banda ter sucesso. E foi devastador. É como cortar um braço fora.”

É óbvio que a ideia de tirar um músico da banda não surge simultaneamente na mente de todos os integrantes. De acordo com o baixista, partiu de Iommi. Ainda que ele e Ward inicialmente não concordassem com a sugestão do guitarrista, Butler admite que foi necessário: 

“Eventualmente, Tony disse: ‘Ozzy tem que sair. Ele simplesmente não está interessado. A banda não vai a lugar nenhum se continuarmos assim. Estive numa festa outro dia e conversei com um cara chamado Ronnie James Dio. Ele tem uma voz absolutamente brilhante, e acho que deveríamos dar uma chance a ele.’ Tony tomou a decisão de dispensar Ozzy. Odiamos fazer isso, mas era necessário para o bem da banda e do próprio Ozzy. E, no final, tudo deu certo: Ronnie James Dio entrou na banda, cantou em algumas músicas que já tínhamos composto, e foi incrível, exatamente o que precisávamos. Assim acabou a era Ozzy.

Sobre a reação de Ozzy ao ser informado de sua demissão, Butler revela: “Ele não conseguia acreditar. Foi como se uma tonelada de tijolos tivesse caído sobre ele. Nós ainda tínhamos uns aos outros, mas Ozzy não tinha ninguém. Felizmente, foi nessa época que a Sharon (esposa e empresária de Ozzy) apareceu e o salvou.”

Apesar de Ozzy ter sido sumariamente abandonado por seus velhos companheiros e prosseguido com seus abusos, Geezer recorda que se sentiu aliviado ao vê-lo se reestruturar rapidamente, dando início a uma vencedora e respeitada carreira solo. “Me surpreendeu a rapidez com que ele deu a volta por cima. Ficamos realmente felizes pelo sucesso dele e pela forma como ele transformou sua vida. Foi ótimo, porque ele teve sucesso e nós também.”

Ironicamente, mesmo Ozzy tendo ingressado na década de 1980 ainda “nutrido” pelos vícios, teve a partir dali uma carreira mais bem-sucedida do que a do próprio Sabbath: o cantor revelou grandes músicos com sua banda solo e lançou álbuns bastante elogiados e influentes, ao contrário de sua ex-banda, que não conseguia manter a mesma qualidade entre os discos que lançava e nem estabilizar sua formação. Butler admitiu a “derrota”:

Tivemos alguns dos álbuns mais vendidos da era Sabbath, e ele (Ozzy) provavelmente se tornou maior do que o Sabbath.”.

Visão de Ozzy sobre sua demissão do Sabbath

Em seu livro I Am Ozzy, lançado em 2010, Ozzy Osbourne deu sua versão sobre quem capitaneou sua demissão do Black Sabbath. Em um trecho, o Madman diz:“Era óbvio que Bill tinha sido enviado pelos outros, porque ele não era exatamente o tipo que demitia. Não consigo me lembrar exatamente o que ele me disse, mas a essência era que Tony achava que eu era um perdedor bêbado e chapado de cocaína, e uma perda de tempo para todos.”

A resposta de Iommi

Também por meio de sua biografia, Iron ManTony Iommi se defende: Ozzy parece achar que fui eu quem impulsionou isso, mas eu estava apenas falando em nome da banda e tentando fazer as coisas andarem. Alguém precisava tomar uma atitude. Alguém precisava fazer algo, caso contrário ainda estaríamos lá e todos nós estaríamos fora de ação. Então foi isso. Estávamos juntos há uma década, mas chegou a um ponto em que não conseguíamos mais nos relacionar uns com os outros. Havia tantas drogas rolando, cocaína, Quaaludes e Mandrax, além de bebida, noites longas, mulheres e tudo o mais. E então você fica mais paranoico e pensa: ‘eles me odeiam’. Nós nunca brigamos, mas é difícil chegar às pessoas, comunicar-se e resolver as coisas quando todo mundo está fora de si.”

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