Por Rodolfo Bragantini
Fotos: Daniel Croce
Nem a caótica segunda feira, palco de ataques a ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, impediu a banda Evanescence de lotar o Qualistage. Por causa de um confronto entre a polícia e a milícia, cerca de 35 ônibus foram queimados na região onde se situa a casa de shows. Isso deixou o trânsito bastante complicado, porém os fãs compareceram em massa.
A banda brasileira, radicada em São Paulo, Ego Kill Talent, ficou encarregada de fazer a abertura do show. Formada em 2014, a Ego Kill Talent já abriu shows de Metallica, Foo Fighters, Queens of the Stone Age, System of a Down, Greta Van Fleet, Shinedown e Within Temptation, tocou em grandes festivais, como Rock Am Ring, Rock Im Park, Hellfest, Rock In Rio Lisboa, Rock In Rio Brasil, Download Paris, Lollapalooza Brasil, Lollapalooza Chile, Aftershock, Louder Than Life e muitos outros.
O Ego Kill Talent tem feito as primeiras apresentações com a nova cantora Emmily Barreto, da banda Far From Alaska, que tem uma ótima presença de palco, além de ser bastante enérgica. E ela foi bem recepcionada pelo público. Desfalcados de Jean Dolabella, que assumiu as baquetas da banda da cantora Pitty, o grupo veio completado por Theo van der Loo (guitarra e baixo), Niper Boaventura (guitarra e baixo) e Raphael Miranda (bateria). Apesar de executar um repertório não muito conhecido pela maioria do público presente, o grupo fez um show competente para uma plateia bastante participativa e com boa parte dela cantando suas músicas.
Com o piscar das luzes e lasers atingindo o palco, o Evanescence começa seu show (de ingressos esgotados) com Artifact/The Turn. Enquanto isso, o ansioso público começa a gritar e o barulho vai aumentando ao entrar dos músicos. Ao ver a líder Amy Lee ganhar o palco, a plateia grita ensandecida, em uma vibração ensurdecedora. Logo em seguida, a banda ataca com a “pedrada” Broken Pieces Shine, canção de seu último álbum, The Bitter Truth, de 2021. Além de Amy, o Evanescence é completado pelos super competentes Tim McCord, Will Hunt, Troy McLawhorn e Emma Anzai, músicos esses que formam uma parede pesada e coesa.
Depois de cerca de 90 minutos, fãs voltaram à realidade do dia caótico na cidade, mas estavam sorrindo de orelha à orelha e mega felizes e satisfeitos com o ótimo show dessa banda que continua aclamada, mesmo depois de quase 30 anos de existência e de 20 anos do lançamento de “Fallen”.