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FALLING IN REVERSE

Pode ser que muita gente nunca tenha ouvido sequer falar dos americanos do Falling in Reverse. Mas, dos grandes nomes do Post-Hardcore/Metalcore/HC Melódico, eles são certamente um dos mais badalados da atualidade na gringa. Por aqui também não é diferente. Prova disso foi a multidão que lotou o Carioca Club para (finalmente) vê-los ao vivo em palcos brasileiros. A tour contou com duas datas brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, além de shows por países como Chile e Argentina.

A banda é um dos nomes da consagrada Vans Warped Tour 2013, foi eleita, entre vários prêmios e indicações, ‘artista do ano’ em 2012 pela Alternative Press, está liderando as paradas internacionais e tem clipe com milhões de views Youtube. Mas, se por um lado alguns exaltam, por outro tem que ache a banda mais sem vergonha do estilo. Não palavras minhas, mas do Robert Foster da Vice e, cá entre nós, não é difícil concordar com ele. O vocal Ronnie Radke (ex- Escape the Fate) não é nenhum gênio inovador super criativo, mas um dos caras mais controversos do atual Rock, considerado egocêntrico e não exatamente dono de originalidade. Sua banda é quase uma mistura de Glam com vampirismo numa mensagem melancólica e sem direito direcionar o alvo que querem atingir. Mas, quem somos nós, os velhos que acham que ele afronta o Punk tradicional, distorce o discurso e vem embalado numa bela estampa pra vitrine de shopping, para questionar o fenômeno, dirão os seguidores. Não é muito simples entender que de repente é justamente a contradição que explica o nome da banda ou o seu lifestyle?

Pois bem. Como ao vivo, em cima do palco é o que define, o show em São Paulo contou com parte dos integrantes de um fã-clube brasileiro bem ativo. Reza a lenda que a banda, ou melhor, o líder e vocal, atendeu pedidos de alguns desses fãs para agendar alguns shows por aqui. O encontro com os ídolos rolou com um Meet & Greet promocional. Na casa muita gritaria antecedeu o show de abertura com a brasileira December. Esta é também considerada um fenômeno local, com muitas visualizações nos videoclipes, muitos hits e admiradores conquistados nos seus quase cinco anos de estrada. O Post-Hardcore agitou, rolou até um ousado cover da banda principal, mas só deixou ainda mais ansiosos os fãs que já se acumulavam na frente do palco para ter a melhor visão da banda principal.

Para quem a espera era quase insuportável, debaixo de gritos histéricos e garotas enlouquecidas, o FIR até que fez um show bastante modesto, com um set curto, mas repleto de hits e alguns covers. Parte dos sons é do mais recente disco, “Fashionably late”, lançado em junho deste ano, o segundo deles pela Epitaph.  Abriram com “Rolling Stone”, um das músicas mais novas, seguida por “I´m not a vampire” e faixa título do atual disco já citado.

O público ia cada vez mais à loucura, cantando junto todos os “wows”, pontos e vírgulas das letras e a banda correspondia agitando ainda mais no palco. O ponto alto da apresentação foi quando tocaram “Bad girls club”, outra dos novos hits. Na sequência, veio “Champion” e “Sink or swim”. Fecharam primeira parte do show com “Goodbye graceful”.

Como a maioria do público ainda esperava por mais e, principalmente, pela faixa título do primeiro disco, ninguém achou que realmente fosse o encerramento definitivo do show. Até porque se mexer ou circular era missão quase impossível.

 

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