A música pesada nunca teve grande espaço no mercado musical brasileiro. Entretanto, isso não impediu a cena de se desenvolver no underground, com várias gerações de artistas inovadores que surgiram diante de um público mais específico e cresceram organicamente.
Atualmente, alguns desses nomes estão ascendendo em relevância. Segundo FERNANDA LIRA, isso mostra como o gênero não apenas está vivo no país, como também serve como prova de prosperidade artística.
A vocalista e baixista da CRYPTA deu uma entrevista ao Wikimetal durante a qual argumentou que a resiliência adquirida através da realidade local tornou a cena brasileira uma das melhores do planeta. Esse ambiente, por sua vez, contribuiu para o surgimento de uma nova geração de bandas dignas de atenção.
Ela falou:
“Eu vejo o rock no Brasil vivíssimo. Não só o rock como o metal, o crossover, toda essa parte da música pesada no Brasil, eu acho que ela respira e muito. Eu acho que a gente tem uma das melhores cenas de rock and roll e metal do mundo. Uma cena guerreira, uma cena que luta contra tanta adversidade e mesmo assim é tão forte. Eu acho que a gente tem qualidades muito únicas. Não sei se por conta de tantas coisas que a gente passa aqui, que a gente acaba expressando através da nossa música. Nossa música, nosso rock and roll, nosso metal, tem uma agressividade, um jeito muito particular de expressar.”
O principal exemplo oferecido pela integrante da CRYPTA é o BLACK PANTERA. O power trio mineiro se tornou uma das bandas mais badaladas da música nacional, seja por sua sonoridade crossover thrash ou por suas letras questionadoras.
FERNANDA teceu elogios a eles e bandas formadas por mulheres:
“São muitas as bandas que tão aí incríveis representando a gente, o BLACK PANTERA com dois álbuns recentes, é incrível o Ascensão e o PERPÉTUO, trazendo tudo que o rock, resgatando muito bem essa veia do rock and roll, a veia de protesto, de baladas bonitas, mas também músicas agressivas, de energia incrível no palco, de muito movimento e tudo mais, representatividade. Eu acho que o BLACK PANTERA é um ótimo exemplo de como o rock’n’roll tá vivo e, claro, dentro do metal a gente também tem várias outras bandas incríveis. Pô, a gente tem o SURRA, né? Acabou de lançar o disco novo. Tem a ESKRÖTA aí representando as minas, DEMONIA representando as manas também. Então, são muitas as bandas e eu acho que a gente respira muito bem. É uma cena que tem um rock’n’roll metal de muita qualidade, muito guerreira e é isso.”
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