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Fique em Casa (e ouça isso) #3: Ótima Música para tempos difíceis

A incerteza é uma sensação horrível. Nesse momento de tanta incerteza, em que todos lutamos para nos proteger e proteger aqueles que amamos (e fazer isso sem enlouquecer de vez), a música acaba tendo um papel ainda mais importante do que o costumeiro em nossas vidas. Ela é praticamente um bálsamo para as nossas dores, um alívio para as nossas incertezas. Pensando nisso, criamos mais uma lista com boas dicas de álbuns que poderão ajudar a melhorar os seus dias. Desta vez, sem nos prender a um ano específico, com o foco único na boa música, independente de época ou gênero. Apenas música boa e tranquila, que poderá servir como uma boa ajuda em momentos de reflexão profunda. Vamos então ao nosso terceiro capítulo.

10) SPOCK’S BEARD – The Kindness Of Strangers (1998)

Formado em 1992 em Los Angeles pelos irmãos Alan (guitarra) e Neal Morse (voz, teclados), o SPOCK’S BEARD é uma das principais bandas do chamado ‘new prog’, e iniciou sua jornada brilhantemente com o ótimo The Light, de 1995. Já no ano seguinte eles lançaram seu segundo álbum, Beware Of Darkness, e o nosso indicado de hoje é o terceiro álbum completo de estúdio dos norte-americanos, The Kindness Of Strangers, de 1998. Embora a música progressiva sempre compreenda mudança e transformação, a banda manteve as suas principais características neste terceiro álbum, trazendo à tona toda a classe do progressivo típico do GENTLE GIANT, mesclado a partes pop típicas dos BEATLES. Ouça os elementos folk nos três movimentos de The Good Don’t Last, e mergulhe de vez na alma deste ótimo disco.

09) NEIL YOUNG – Harvest (1972)

Neil Young é uma das principais personalidades da história do rock, e você ouve muito da sua genialidade espalhada por atos como o BUFFALO SPRINGFIELD e o CROSBY, STILLS, NASH & YOUNG, mas confesso, foi em seus álbuns solo (acompanhado do CRAZY HORSE) que ele me ganhou definitivamente como fã. Embora seja tarefa quase impossível escolher um favorito na imensa discografia do cara, sempre tive e terei um carinho especial pelo quarto álbum da sua jornada solo, justamente este incrível Harvest. Com participação especial dos velhos parceiros David Crosby, Graham Nash e Stephen Stills, este álbum, que chegou ao topo da Billboard na época, destaca alguns dos momentos mais belos do folk rock, como você perceberá ao ouvir a sensacional Heart Of Gold, ou ainda nas ótimas Out On The Weekend, Old Man e A Man Needs A Maid. Um dos meus artistas favoritos, e não por poucos motivos.

08) DEVIN TOWNSEND – Empath (2019)

Assim como comentamos anteriormente com Neil Young, o também guitarrista/vocalista Devin Townsend é outro caso de genialidade a serviço da música. Se Young sempre se manteve conectado às raízes folk, Townsend desde o começo viveu a música como um todo, sem limites e sem amarras. E, depois de anos dedicados ao mais diversos projetos (que incluem a ótima banda STRAPPING YOUNG LAD), ele chegou a perfeição absoluta no ano passado, com o lançamento deste Empath. Da abertura, Castaway, até o fechamento com Singularity, você nunca sabe o que virá a seguir. Numa viagem que vai dos blast beats e vocais guturais até os coros celestiais, Townsend entrega algumas das canções mais belas dos últimos anos. Não deixe de ouvir atentamente Genesis, Spirits Will Collide e Why?.

07) OM – Advaitic Songs (2012)

Existem certas canções que só podem ser puramente trabalhadas se você se desprender completamente de qualquer preconceito estilístico. Da mesma forma, existem músicas que você só conseguirá apreciar em toda a sua grandeza se adotar essa mesma postura, completamente aberta e receptiva. Apostando em um misto de rock psicodélico e stoner com música do Oriente Médio, o OM é um dos principais nomes da música sem fronteiras estilísticas, e este Advaitic Songs é o seu álbum mais recente. Lançado originalmente em 2012, o álbum dividiu opiniões até entre os velhos fãs da banda, então você já pode imaginar o nível que as coisas aqui chegaram. Apesar de tanto, não se deixe levar por ideias pré-concebidas, e mergulhe em profundo relaxamento com Addis, ao passo que State Of Non-Return te devolve ao mundo dos riffs pesados e guitarras distorcidas.

06) FATES WARNING – Disconnected (2000)

Muito tempo depois de se tornar uma das principais referências do prog metal, o FATES WARNING seguia adiante ainda como uma banda surpreendente e imprevisível. No ano 2000, um dos anos em que estava ‘previsto’ que o mundo acabaria, eles lançaram o seu nono álbum completo de estúdio, Disconnected. Mesmo que muito longe dos anos clássicos, o álbum apresenta ótimos momentos, que podem ser ouvidos já no clima pungente e introspectivo das instrumentais que abrem e fecham o álbum, Disconnected Pt. 1 e Disconnected Pt. 2, que realmente cumprem o seu papel de colocar o ouvinte no clima ideal para curtir a obra. Mas, é claro que são nas faixas com voz que o álbum brilha, e a longa e climática Something From Nothing é uma das melhores canções que você ouvirá hoje, pode ter certeza.

05) PINK FLOYD – Atom Heart Mother (1970)

Embora pouco precise ser dito sobre qualquer disco do PINK FLOYD nos dias de hoje, Atom Heart Mother certamente não é um dos álbuns mais bem comentados do grupo, especialmente entre aqueles que não são fãs de carteirinha. O motivo para isso eu desconheço, já que este é sim um dos melhores registros de toda a carreira dos ingleses. Recheado de referências musicais variadas e em certos momentos absolutamente bizarras, a audição desafia o ouvinte, e revela ótimos prêmios em movimentos sublimes, como você ouvirá no segundo movimento da incrível suíte que dá nome ao álbum, ou ainda no incrível folk de If, a levada pura e simples de Summer ’68… Enfim, ouça por completo, essa é uma joia que com certeza precisa tocar os seus ouvidos.

04) DAVID BOWIE – “Heroes” (1977)

Ele lançou o seu primeiro álbum em 1967, em 1969 já era um dos ‘donos’ do mundo do rock, atravessou as mais diversas fases musicais ao longo das décadas, experimentou de tudo um pouco, e não por acaso é o ‘Camaleão do Rock’. Admirável, relevante e extremamente talentoso desde o seu primeiro ato ato, Bowie lançou seu último registro, Blackstar, em 8 de janeiro de 2016, dia do seu aniversário, e dois dias antes da sua morte. Pois é, um artista deste naipe merece todas as nossas reverências, e o meu escolhido para esta lista é o fantástico e irrepreensível “Heroes”, de 1977. Obviamente você reconhecerá a faixa-título, um pop-rock tão bem sacado que se tornou referência básica para todo o cenário gothic surgido logo na sequência. Mas você também terá ótimos momentos com Moss Garden, The Secret Life Of Arabia, V-2 Schneider e Beauty And The Beast.

03) JETHRO TULL – Benefit (1970)

Eles se vestiam como bandoleiros da Idade Moderna, mas quando começavam a tocar, tinham a concentração e o talento dos bardos medievais. Sim, o JETHRO TULL era uma banda única em todos os sentidos, e até hoje poucos conseguem emular aquilo que eles produziram desde os seus primeiros dias. Além do talento, eles também sentiam a necessidade da evolução, e é justamente isso que o seu terceiro álbum completo, Benefit, representa na trajetória dos britânicos. Ao colocar o álbum para rodar, você imediatamente recebe a mistura de riffs de guitarra rock com doses fortes e firmes de música folk, sempre o grande trunfo da banda. E convenhamos, With You There To Help Me é uma faixa de abertura lindíssima, que mereceria ser premiada! Vá sem medo, e confira o ótimo vídeo sobre esse álbum no canal “Som de Peso”, com Bruno Ascari.

02) STEVE HACKETT – Voyage Of The Acolyte (1975)

Por conta dos seus anos ao lado do GENESIS, o guitarrista Steve Hackett já era uma das personalidades mais reconhecidas da época, e não por poucos era (e continua sendo) visto como um dos grandes mestres do instrumento. Ainda em seus tempos de GENESIS, Hackett começou a sua escalada solo com este Voyage Of The Acolyte. A bem da verdade, a discografia dele não é grande, mas é grandiosa. Neste primeiro álbum, ele envereda por todos os caminhos: folk, pop, rock, progressivo… As misturas e voltas são tantas e tão intensas que o álbum foi categorizado como ‘Art Rock’, exatamente o termo que usamos quando não fazemos ideia de como classificar a música que ouvimos… Mas, não se preocupe, mesmo que pouco acostumado com experimentalismos e visões artísticas etéreas, você vai assimilar tranquilamente a inesquecível Shadow Of The Hierophant, uma das músicas mais belas já escritas, e dona de uma das melhores performances de Hackett.

01) BAND OF HORSES – Cease To Begin (2007)

Talvez o álbum mais inesperado dessa lista, e dentre estes provavelmente o que desempenhou um papel mais forte na minha vida. O estranhamento pode vir do fato do BAND OF HORSES não ser exatamente o tipo de grupo que você costuma ver nas páginas da ROADIE CREW, mas todas as qualidades necessárias estão ali: grandes partes de folk, nuances do Southern rock, pop bem encaixado, letras inteligentes… E mais do que tudo, ótimas músicas, embaladas por melodias extremamente belas e absolutamente encantadoras! Em um álbum onde todas as faixas são perfeitas, não existe nenhuma que fique abaixo da média, pode apostar. Confira por si mesmo, com atenção especial para as mudanças de clima em Ode To LRC, a beleza melodiosa de Detlef Schrempf, a pose caipira de Mary’s Song e Window’s Blues, e claro, o pop elegante e cativante de Is There A Ghost, que você provavelmente conhece da cena do Grand Canyon, no filme Um Parto de Viagem (“Due Date”, 2010).

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