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FLOTSAM & JETSAM – I AM THE WEAPON [9,0/10]

AFM RECORDS – IMP.

Por Alessandro Bonassoli

O Flotsam & Jetsam jamais gravou algo tão poderoso quanto Doomsday For The Deceiver, seu incomparável trampo de estreia, lançado em 1986, ou a pérola No Place For Disgrace, que saiu em 1988 já sem Jason Newsted, que havia migrado para o Metalllica. E se você até hoje não ouviu nenhum destes álbuns, procure ambos e faça a si mesmo este favor. São duas aulas de thrash metal.

Não é que o grupo liderado por Eric “AK” Knutson (voz e único da formação original) tenha criado trabalhos ruins entre os anos de 1990 e 2016. Mas absolutamente tudo o que a banda surgida em Phoenix, no estado norte-americano do Arizona, fez durante aquela fase ficou abaixo do padrão inicialmente estabelecido. Não sei se foi a mudança das temáticas a partir de When The Storms Comes Down (1990), no qual o grupo passou a tratar de temas mais sérios, ou na alteração dos arranjos que, ainda baseados no thrash, ganharam um novo padrão, mais próximo da sonoridade que a turma do metal pesado buscou. O caminho era tentar não se afastar das raízes ou ser Nirvana ou Pearl Jam, mas manter olho no que o público de então queria escutar. O fato é que a resposta dos fãs e da crítica especializada foi morna.

Com as transformações da indústria musical, que abraçou o grunge durante aquela década, o Flotsam & Jetsam manteve-se no underground, sem sequer ter tido a oportunidade e avançar pelo mainstream como bandas contemporâneas conseguiram durante os anos 1980. A retomada pela qualidade acima da média começou a partir dos ótimos The End of Chaos (2019) e Blood In The Water (2021), trabalhos que mostraram o quinteto afiadíssimo, com faixas onde o peso e os arranjos acima da média dos dois primeiros álbuns voltou a aparecer com força total.

Não se tratava de emular o passado, mas de achar a receita perfeita para misturar todas as fases criativas construídas em uma longa carreira resultando em uma nova e melhor era. E o Flotsam & Jetsam fez exatamente isso!

Algo que volta ser comprovado com I Am The Weapon, 15o. registro da banda que recentemente fez uma elogiada apresentação no Summer Breeze, em São Paulo, no último mês de abril. Com um setlist curto em função das limitações que um festival sempre disponibiliza e com “a obrigação” de trazer os clássicos, nenhuma faixa nova foi tocada. Mas garanto que a qualidade das composições subiu ainda mais do que nos dois trabalhos anteriores.

Além do subestimado Knutson, Steve Conley (que faz parte do Fight Angel) e Michael Gilbert (guitarras), Bill Bodily (baixo) e o excelente Ken K. Mary (bateria, também Fifth Angel) trazem maravilhas como Primal, a faixa-título e A New Kind Of Hero, com o típico thrash rápido e agressivo costumeiramente criado pela banda. Mas ainda tem a boa Beneath The Shadows, com um groove totalmente fora do estilo deles, e a ainda mais rápida Burned My Bridges. Além delas, Running Through The Fire, The Head Of The Snake e Black Wings me fazem ter a certeza de que este é um sério candidato a melhor lançamento de 2024.

 

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