A banda alemã Freedom Call, um dos nomes mais importantes do Power Metal melódico mundial, se apresentou pela primeira na América Latina, promovendo o álbum “Master Of Light” no último mês de dezembro. Com mais de 18 anos de carreira, o grupo é atualmente formado por Chris Bay (vocal e guitarra), Lars Rettkowitz (guitarra), Ilker Ersin (baixo) e Ramy Ali (bateria).
Por volta de 22h, a banda entrou no palco já realizando uma ótima performance no Manifesto Bar, em São Paulo, e levou os presentes ao delírio com um repertório abrangendo os grandes clássicos da carreira. O Freedom Call começou a apresentação com a música “Union of the Strong” e seu forte refrão com o público cantando em uníssono e pulando o tempo todo. Todos cantavam juntos com o vocalista cada palavra da música. A união entre fãs e banda se consolidava a cada momento e era muito legal, pois pela primeira vez o grupo estava no Brasil.
Por ser uma sexta-feira, esperava que o público lotasse o bar, mas os que foram ao Manifesto não fizeram feio, pelo contrário. A próxima faixa do repertório foi “The Eyes of the World”, do álbum “Eternity”, que mostrou uma banda calcada na raiz do Power Metal, com bastante melodia nas guitarras e no vocal. O vocalista Chris Bay, brincou algumas palavras em português como “Como vocês estão? ”, “Obrigado”, “Tudo bem? ”. O sotaque não ajudou muito, mas fez alguns fãs gargalharem após a tentativa, mas pelo menos valeu a insistência de Chris.
Em “Farewell” o mais legal foi ver o público acompanhar todas as orquestrações da música, além de ser uma das composições com mais apelo melódico da banda, realmente um dos clássicos da carreira do Freedom Call. A noite seguiu com “Island Of Dreams” e “The Quest”, ambas muito bem tocadas ao vivo.
“Vocês conseguiram derrubar a Colômbia, a Argentina e o México”, disse o eufórico vocalista Chris Bay antes de apresentar a trinca “Heart of a Warrior”, “Kings Rise and Fall” e “Island of Dreams”. Para quem é fã de Power Metal, aliás, vale perceber a influência de Gamma Ray nas composições, às vezes, muito perceptíveis e que trazem uma nostalgia aos fãs do estilo.
“The Quest” e “Metal Is For Everyone” foram umas das músicas que mais agradaram o público, pois as melodias delas são bem fáceis de cantar. Em algum momento entre as faixas “Tears of Babylon” e “We Are One” uma fã perguntou ao vocalista se ele queria casar com ela, o que gerou momentos de risadas gerais. A banda então fechou a primeira parte do show com a música que dá nome à banda: “Freedom Call”. Um petardo e clássico absoluto.
A primeira música após a volta para o Bis foi “Bleeding Heart” e foi dedicada a todas as vidas perdidas no acidente com o avião da Chapecoense. Segundo os músicos, eles estavam na Argentina quando ficaram sabendo do acidente. Para finalizar a apresentação mandaram ver as ótimas “Warriors” e “Land of Light”, que fizeram a alegria dos fãs mais novos da banda.
O Freedom Call pode não estar no panteão dos clássicos absolutos do Power Metal como Helloween, Stratovarius e Gamma Ray, mas ainda assim sempre foi fiel ao seu estilo e se manteve dessa maneira ao longo dos anos. Para quem gosta de músicas rápidas, riffs intricados, não deixe de conferir os próximos lançamentos da banda que vale muito a pena. E o show? Ele foi impecável!
Freedom Call – Set-list:
Union of the Strong
The Eyes of the World
Farewell
Heart of a Warrior
Kings Rise and Fall
Island of Dreams
The Quest
Metal Is For Everyone
Hammer of the Gods
666 Weeks Beyond Eternity
Power & Glory
Tears of Babylon
We Are One
Freedom Call
Bis:
Bleeding Heart
Warriors
Land of Light