Assim que a introdução The Sanguine Legacy começa a tocar, você mergulha no túnel do tempo e revisita algumas pérolas do catálogo do Obituary e do Sepultura, mas não é esse o caminho que o Galvanizer seguirá. Basta a segunda faixa começar a rolar (Servants Of The Scourge) e você percebe que o assunto vai mais para uma mistura célere e brutal daquilo que Repulsion, Napalm Death e Terrorizer faziam nos velhos tempos, tudo isso ‘abençoado’ pelos vocais viciosos do guitarrista/baixista/vocalista Vili Mäkinen, que não poucas fazes fará o ouvinte retomar a memória dos primeiros dias do Benediction. Nascido em 2013 na Finlândia, e já contando com um álbum completo na bagagem (Sanguine Vigil, de 2013) o trio completado pelo guitarrista Aleksi Vähämäki e o baterista Nico Niemikko vai na contramão da atual tendência no cenário death metal, e não aposta as suas fichas em uma sonoridade repleta de elementos doom, não esbanja suas forças em melodias cativantes, e nem tampouco coloca os holofotes sobre uma técnica demasiado refinada, o lance aqui é ‘soco-na-fuça’ o tempo todo, algo que todo fã do estilo sempre gostou de ouvir. Mantendo a mesma atitude, pedradas como Chthonic Profanation, Grotesque Devotion, a curta Blaze from Within e The Ever-Crescent (que até tem algo ‘groove’ no início) se destacam nesta ótima meia hora de música brutal. Ah, que saudade que eu estava de um disco death/grind que fosse ‘voadora no lustre’ do início ao fim!