Não há dúvidas de que, dentro das possibilidades, uma das bandas que os fãs da música pesada mais adorariam ver retomar as atividades inquestionavelmente é o Slayer. Desde que o gigante do thrash metal se aposentou em 2019, o sentimento ainda é de uma lacuna incomensurável no cenário, uma enorme cicatriz que não fecha. Gary Holt, guitarrista do Exodus que nos últimos anos de Slayer substituiu Jeff Hanneman depois que o mesmo faleceu em 2013, respondeu sobre o assunto em uma guitar clinic realizada na última segunda-feira (17), no Pitbull Audio, em National City, Califórnia.
Infelizmente, para quem ainda nutre algum tipo de esperança de ver a banda ressurgir, a fala de Holt é desanimadora. “Você tem que falar com outras pessoas. Isso está fora da minha alçada”, disse. “Olha, se alguém me pedisse para fazer isso, é claro que eu aceitaria”, admitiu. “Porém acho que isso nunca vai acontecer. Acho que a banda acabou”, opinou. “Ao contrário de todas as outras turnês de despedida que começam há cinco anos e ainda continuam, acho que (ao menos) esta acabou”.
Em 2022, Holt contou à Guitar World que para Kerry King o Slayer acabou antes do tempo: “A banda parou cedo demais? Isso é eles que decidem. Eu sei que é assim que Kerry se sente”. Como muitos sabem, se dependesse de King, o Slayer não teria parado. O próprio King admite que “a banda parou cedo demais”. Ainda sobre a entrevista à Guitar World, Holt disse que achava melhor o Slayer sair por cima do que passar os últimos anos se arrastando em palco, como acontece com alguns outros grupos: “Isso mancharia o legado da banda. Desse modo, eles saíram em sua melhor forma. Talvez seja melhor assim”.
