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GARY HOLT (EXODUS) fala de sua experiência como vítima do COVID-19

Em meio a pandemia de COVID-19, doença causada pelo Coronavírus, um dos primeiros músicos do metal a testar positivo foi o guitarrista do Exodus e ex-Slayer Gary Holt. Logo na sequência, o baterista Will Carroll do Death Angel, o vocalista Chuck Billy e o baixista Steve DiGiorgio, ambos do Testament, assim como membros das equipes das três bandas da Bay Area, também foram diagnosticados com o vírus. Não foi coincidência, o que aconteceu foi que Exodus, Death Angel e Testament retornaram juntos da Europa, onde fizeram a turnê conjunta “The Bay Strikes Back 2020” no mês de março, quando o contágio já estava tomando conta do velho continente. Na última quinta-feira, 30 de abril, Gary Holt concedeu entrevista à Robb Flynn no No Fuckin’ Regrets, canal do vocalista e guitarrista do Machine Head no You Tube, e falou sobre como foram os dias em que esteve combalido.

Apesar de Holt ter sido o único integrante do Exodus a ser testado positivo, ele acredita que mais alguém em sua banda pode ter sido infectado: “Quem sabe quantas pessoas eram assintomáticas?”, indagou. “Sou o único que ficou doente. Eu estava muito doente. Não saí da cama. Tudo o que fiz foi ficar dormindo durante algumas semanas. Parecia uma gripe muito desagradável, mas durou um pouco mais, talvez… Tenho sorte, já tive gripe antes, e também foi uma droga, e dessa vez foi mais ou menos no mesmo nível”, revelou o guitarrista.

De acordo com Holt, ele teve que “lutar” para conseguir fazer o teste. “Foram necessários vários e-mails e telefonemas, e eles finalmente testaram a mim e a Lisa (Holt). O (teste) dela deu negativo, apesar de dividir uma casa, um quarto e uma cama comigo. A única conclusão que posso chegar é que ela teve e era assintomática, porque, de tão fortemente contagioso que isso é, não tem como ela não ter pego”.

Ao ser perguntado por Flynn sobre a possibilidade de um “mundo melhor” após o desaparecimento da pandemia, Gary Holt não pareceu otimista: “Espero que você e eu ainda tenhamos uma merda de indústria (musical) quando sairmos disso. Quando você pensa a respeito, nós músicos e os atletas, somos os últimos a nos recuperar disso”, afirmou. “Estamos em um negócio no qual dependemos de muitas pessoas quanto nos for possível, e queremos mais e mais pessoas”, completou. “E quanto tempo levará antes de vermos a normalidade? Quem sabe? Acho que vamos ter muitas dificuldades”, concluiu.

Assista a entrevista completa de Robb Flynn com Gary Holt abaixo

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